Eduardo Alberto Plácido

Eduardo Alberto Plácido ([[Lisboa, 15 de Novembro de 1874 — Lisboa, 26 de Fevereiro de 1937) foi um empresário português.

Eduardo Alberto Plácido
Eduardo Alberto Plácido
Nascimento 15 de Novembro de 1874
Lisboa
Morte 26 de Fevereiro de 1937
Lisboa
Nacionalidade português
Ocupação Empresário

Biografia editar

Carreira editar

Destacou-se na área dos seguros, a nível nacional e internacional, tendo participado em vários congressos internacionais sobre seguros, e foi o responsável pelo estabelecimento das primeiras ligações de resseguro entre as firmas alemães e francesas, após a Primeira Guerra Mundial.[1] Também fundou as companhias de seguros A Mundial, Europeia, Fomento Agricola e Portugal Previdente[1]

Foi igualmente o fundador da Sociedade de Casas Economicas de Vila do Conde e da Companhia de Carruagens Lisbonenses, no âmbito do aparecimento dos primeiros automóveis de aluguer na capital portuguesa, tendo iniciado uma empresa semelhante em Madrid.[1]

Em 1926, Eduardo Plácido fundiu a Companhia do Caminho de Ferro do Porto à Póvoa e Famalicão com a Companhia do Caminho de Ferro de Guimarães, formando a Companhia dos Caminhos de Ferro do Norte de Portugal.[2] Este processo já se tinha iniciado nos princípios do Século XX, mas foi consecutivamente atrasado por vários problemas.[2] Eduardo Plácido, com o apoio da seguradora A Mundial, tomou uma posição preponderante em ambas as companhias, e conseguiu concluir a fusão.[2] Sob a gestão de Eduardo Plácido, a Companhia do Norte iniciou um programa de desenvolvimento das suas linhas,[3] que incluiu a aquisição de novo material circulante, o prolongamento da Linha da Póvoa até à Trindade, na cidade do Porto, e a continuação da Linha de Guimarães até à Senhora da Hora em 1932, de forma a ligar as duas linhas.[2] Também se arrendou à Companhia dos Caminhos de Ferro Portugueses a exploração da Linha do Tâmega, que foi prolongada até Celorico de Basto.[2]

No entanto, em 1929 a companhia entrou em crise financeira, o que levou à criação em 1933 de uma comissão governamental que tomou posse da empresa, afastando Eduardo Plácido e o resto do conselho de administração.[2] Ao mesmo tempo iniciou-se uma campanha de difamação contra Eduardo Plácido por parte do governo e da imprensa, incluindo o arresto dos seus bens e algum tempo de prisão.[4] Esta situação agravou consideravelmente os seus problemas de saúde, tendo sofrido várias crises cardíacas.[2]

Falecimento e família editar

Faleceu em 26 de Fevereiro de 1937, na sua residência na Rua da Luta (posterior Rua Duques de Bragança), na cidade de Lisboa, aos 62 anos de idade.[1] O funeral teve lugar em 28 de Fevereiro, tendo o corpo sido guardado no jazigo da família, no Cemitério dos Prazeres.[5]

Na altura da sua morte, estava casado com Maria Antonia Tedeschi Placido, e era pai de Maria Antonia Placido Melo Breyner, Maria da Conceição Placido Torres Pereira e Maria Alice Placido.[1]

Referências

  1. a b c d e «De Luto». Diário de Lisboa. Ano 16 (5126). Lisboa: Renascença Gráfica. 27 de Fevereiro de 1937. p. 9. Consultado em 7 de Março de 2021 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 
  2. a b c d e f g SOUSA, José Fernando de (1 de Março de 1937). «Eduardo Plácido, ferroviário: Justa homenagem» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1181). p. 128-132. Consultado em 31 de Dezembro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  3. AGUILAR, Manuel Busquets de (1 de Junho de 1949). «A Evolução Histórica dos Transportes Terrestres em Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 62 (1475). p. 383-393. Consultado em 31 de Dezembro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  4. «O nosso director, engenheiro Fernando de Sousa, concedeu uma sensacional entrevista ao "Jornal de Notícias" sôbre os serviços da rêde ferroviária do Norte de Portugal» (PDF). Gazeta dos Caminhos de Ferro. Ano 49 (1183). 1 de Abril de 1937. p. 180-183. Consultado em 31 de Dezembro de 2017 – via Hemeroteca Digital de Lisboa 
  5. «De Luto». Diário de Lisboa. Ano 16 (5127). Lisboa: Renascença Gráfica. 28 de Fevereiro de 1937. p. 2. Consultado em 7 de Março de 2021 – via Casa Comum / Fundação Mário Soares 


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