A eslavística (emprestado do russo славистика ou polonês slawistyka), ou estudos eslavos, é a disciplina acadêmica dos estudos de área relacionado ao estudo das línguas, literatura, história e cultura eslavas. Originalmente, um eslavista (do russo славист ou polonês slawista) era principalmente um linguista ou filólogo que estudava os eslavos. Historiadores e outros humanistas e cientistas sociais que cada vez mais estudam as culturas e sociedades eslavas também foram incluídos.[carece de fontes?]

Na América do Norte, os estudos eslavos são dominados pelos estudos russos; Ewa Thompson descreve a situação dos estudos eslavos não russos como "invisíveis e mudos".[1]

No Brasil editar

No Brasil, os estudos eslavos ainda são pouco desenvolvidos, no entanto, existe também um crescente interesse pela eslavística. Há, na UFRJ, o SLAV – Núcleo de estudos em eslavística, que surgiu em 2017 em uma parceria entre a UFRJ e a UFF. Existe também o Núcleo de Estudos Eslavos (NEES) na Unicentro desde 2001, parte do Programa de Extensão Permanente da universidade. O núcleo está em uma região com muitos descendentes de eslavos.[2]

Estudos Russos editar

 Ver artigo principal: Estudos Russos

Há, na Universidade de São Paulo, o Laboratório de Estudos Russos (LERUSS), inaugurado em 2011 em um convênio entre a USP e a Fundação Rússkiy Mir.[3] Na UFF, por sua vez, há o Centro de estudos Russos, que tem como objetivo "os estudos da língua, da cultura e de temas russos entre pesquisadores e estudantes de graduação e pós-graduação brasileiros".[4]

Em Portugal editar

Em Portugal, existe o «Centro de Estudos Eslavos», no seio da Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, o qual é representado pelo diretor, o Professor Doutor Gueorgui Hristovsky, oferecendo instrução superior relativa ao âmbito das «Literaturas Eslavas» e da «Introdução à Linguística Eslava», bem como entre 6 a 8 níveis de ensino de línguas eslavas.[5]

No dia 26 de Maio, em celebração do dia dos santos Cirilo e Metódio, a FLUL organiza uma celebração das culturas eslavas em prol da promoção da celebração da diversidade cultural na Europa.[5]

Na Universidade do Minho, por seu turno, existe o «Departamento de Estudos Germanísticos e Eslavos».[6]

Pessoas notáveis editar

Históricos
Contemporâneos

Referências

  1. Thompson, Ewa M. «Slavic but not Russian: Invisible and Mute» (PDF). Porównania. 16: 9–18. Consultado em 25 de fevereiro de 2020 
  2. Puh 2020, p. 674–691.
  3. «Laboratório de Estudos Russos (LERUSS)». USP. Consultado em 15 de agosto de 2021 
  4. Puh 2020, p. 687.
  5. a b Timenova, Zlatka (25 de Maio de 2015). «Celebrar as línguas e culturas eslavas | ÍPSILON | PÚBLICO». Público. Consultado em 15 de agosto de 2021 
  6. «Instituto de Letras e Ciências Humanas - Departamento de Estudos Germanísticos e Eslavos». Universidade do Minho. Consultado em 15 de agosto de 2021 

Bibliografia editar

  • Puh, Milan (2020). «Estudos eslavos no Brasil: constituição de uma área». Revista X. 15 (6). 674–691. doi:10.5380/rvx.v15i6.76848