Sexto Pompeu (cônsul em 14)

 Nota: Para outros significados, veja Sexto Pompeu (desambiguação).

Sexto Pompeu (em latim: Sextus Pompeius; m. depois de 37) foi um senador romano eleito cônsul em 14 com Sexto Apuleio. Era filho de Sexto Pompeu, cônsul em 35 a.C..

Sexto Pompeu
Cônsul do Império Romano
Consulado 14 d.C.

Carreira editar

Pompeu e Apuleio eram cônsules quando o imperador Augusto morreu e foram os primeiros a jurar lealdade ao novo imperador Tibério.[1] Segundo Dião Cássio, Pompeu quebrou a perna no funeral de Augusto.[2]

Durante o reinado de Tibério, Pompeu foi uma das sete testemunhas do "Senatus consultum de Cn. Pisone patre", o ato oficial do Senado Romano sobre o julgamento e condenação de Cneu Calpúrnio Pisão, a quem Pompeu se recusou a defender, pelo assassinato de Germânico e publicado 10 de dezembro de 20.[3] Em 20, Pompeu discursou no Senado contra Mânio Emílio Lépido, que havia sido cônsul em 11 para impedi-lo de conseguir o governo de uma província, mas fracassou e ele recebeu a Ásia. Posteriormente, o próprio Pompeu serviu como procônsul da Ásia entre 27 e 30.[4][5]

Era um patrono da literatura romana e o poeta Ovídio endereçou a ele várias cartas enquanto estava no exílio. Nelas, Pompeu é descrito como sendo uma pessoa espirituosa e muito inteligente.

Pompeu era dono de vastas propriedades na Campânia, na Sicília e na Macedônia[6] e por causa delas acabou morrendo durante o reinado de Calígula, que as desejava para si.[7]

Ver também editar

Cônsul do Império Romano
 
Precedido por:
Caio Sílio

com Lúcio Munácio Planco
com Aulo Cecina Largo (suf.)

Sexto Pompeu
14

com Sexto Apuleio

Sucedido por:
Druso Júlio César

com Caio Norbano Flaco
com Marco Júnio Silano (suf.)


Referências

  1. Tácito, Anais I.8
  2. Dião Cássio, História Romana 56.45.2
  3. CIL VI, 31689
  4. Ronald Syme, "The Early Tiberian Consuls", Historia: Zeitschrift für Alte Geschichte, 30 (1981), p. 196
  5. Der Neue Pauly, Stuttgardiae 1999, T. 10, c. 111
  6. Syme, Ronald (1989). Augustan Aristocracy (em inglês). [S.l.]: Clarendon Press. p. 132. ISBN 978-01-9814-731-2 
  7. Sêneca, De tranquillitate animi XI, 10