Francisco Barahona

Francisco Eduardo de Barahona Fragoso Cordovil de Gama Lobo, mais conhecida como Francisco Barahona (vila de Cuba, 7 de Outubro de 1843 - 25 de Janeiro de 1905), foi um proprietário agrícola e benemérito português.

Francisco Barahona
Francisco Barahona
Nome completo Francisco Eduardo de Barahona Fragoso Cordovil de Gama Lobo
Nascimento 7 de Outubro de 1843
Cuba
Morte 25 de Janeiro de 1905
Nacionalidade Portuguesa
Progenitores Mãe: Maria Margarida de Barahona Fragoso da Fonseca Pessanha
Pai: José Maria de Barahona Fragoso Cordovil Gama Lobo
Alma mater Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra
Ocupação Proprietário agrícola
Monumento comemorativo a Francisco Barahona, em Évora.

Biografia editar

Nasceu na vila de Cuba, em 7 de Outubro de 1843,[1] filho do Conde da Esperança, José Maria de Barahona Fragoso Cordovil Gama Lobo, e de Maria Margarida de Barahona Fragoso da Fonseca Pessanha.[2] Aos cinco anos de idade mudou-se para Coimbra, onde se formou em 1866 na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra.[2]

Fixou-se depois na vila de Cuba,[2] e posteriormente em Évora.[1] Apesar de se ter formado em direito, dedicou-se principalmente à lavoura, tendo sido um abastado proprietário agrícola.[2] Em 1887 casou com Inácia Angélica Fernandes Ramalha, que era viúva de um outro grande proprietário agrícola, José Maria Ramalho Dinis Perdigão.[2] A sua residência na vila de Cuba foi considerada como uma das mais ricas do país, tendo reunido um valioso recheio, incluindo mobiliário, peças em prata e ouro e outras obras de grandes artistas nacionais e estrangeiros.[2] Destacou-se igualmente como benemérito, especialmente na cidade de Évora, e nas suas propriedades dava emprego aos trabalhadores que ficavam desempregados durante as crises agrícolas.[2] Impulsionou a fundação de asilos, fez grandes donativos à Casa Pia e à Associação Filantrópica Académica, atribuiu subsídios a estudantes de recursos limitados, criou instituições de apoio aos trabalhadores seus já idosos, e apoiou famílias pobres.[2] Uma das suas principais obras em Évora foi a construção do Teatro Garcia de Resende.[1]

Também enveredou pela política, tendo sido par do reino, e ingressado no Partido Progressista.[2] Tinha uma forte ligação com a casa real portuguesa, da qual foi oficial-mor.[2] Travou amizade com grandes figuras da política e cultura nacional, tendo contado entre os seus hóspedes o rei D. Carlos, os escritores Ramalho Ortigão e Eça de Queirós, e o Conde de Arnoso.[1]

Segundo uma notícia publicada no jornal Diario Illustrado de 26 de Janeiro de 1905, Francisco Barahona tinha falecido por volta das oito horas da manhã do dia anterior.[2] A sua morte foi muito sentida na cidade de Évora, devido à sua vasta obra assistencial.[2] No seu testamento deixou ao Museu Regional de Évora um grande número de quadros e esculturas de autores conceituados, como Simões de Almeida, Costa Mota, Alberto Nunes e Teixeira Lopes.[1]

Em homenagem a Francisco Barahona, foi erguido um monumento nas imediações do templo romano, em Évora.[1]

Referências

  1. a b c d e f «Um grande benemerito» (PDF). Album Alentejano: Distrito de Evora. p. 334. Consultado em 30 de Janeiro de 2024. Arquivado do original (PDF) em 20 de Janeiro de 2024 – via Biblioteca Digital do Alentejo 
  2. a b c d e f g h i j k l «Dr. Francisco Barahona» (PDF). Diario Illustrado. Lisboa. 26 de Janeiro de 1905. p. 1. Consultado em 30 de Janeiro de 2024 

Ligações externas editar


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