Frederico Leopoldo Cezar Burlamaqui

Frederico Leopoldo Cezar Burlamaqui (Oeiras, 16 de dezembro de 1803Rio de Janeiro, 14 de janeiro de 1866) foi um cientista brasileiro, botânico e mineralogista, filho de Carlos César Burlamaqui e D. Dorothea da Silveira Pedegache[1]. Foi diretor do Museu Nacional entre 1847 e 1866.[2]

Frederico Leopoldo Cezar Burlamaqui
Frederico Leopoldo Cezar Burlamaqui
Nascimento 1803
Oeiras
Morte 1866 (62–63 anos)
Cidadania Brasil
Ocupação botânico, diretor, curador

Foi casado em primeiras núpcias com D. Carlota Carolina da Silva, com quem teve 13 filhos, e em segundas núpcias com D. Maria Genoveva de Mello[1].

Burlamaqui serviu como cadete no 1º Batalhão de Fuzileiros da Corte e, como membro dessa unidade militar, foi enviado para a província de Pernambuco, onde combateu os rebeldes da Revolução de 1817[1].

Contribuiu para a ampliação do acervo do Museu Nacional, incorporando itens à coleção marinha e providenciando a construção de novas instalações para a entidade [3].

Esteve associado à Academia Nacional de Belas Artes, ao Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro[3], à Sociedade Auxiliadora da Indústria Nacional[4], entidade da qual foi Secretário Perpétuo, e à Sociedade Velosiana de Ciências Naturais.

  • Memória analytica acerca do comércio d´escravos e acerca dos malles da escravidão doméstica, Rio de Janeiro: Tipographia Comercial Fluminense, 1837 .
  • Resumo do curso da historia e da arte militar, de l. B. Rocquancourt. Rio de Janeiro, 1842.
  • Curso elementar de historia e de arte militar: compendio de ensino para a academia militar. Rio de Janeiro, 1842.
  • Compendio de montanistica e de metallurgia para uso dos alumnos do quarto anno da escola militar. Rio de Janeiro, 1848.
  • Riquezas mineraes do Brazil. Rio de Janeiro, 1850.
  • Memoria sobre o salitre, a soda e a potassa. Rio de Janeiro, 1851.
  • Systema de rnedidas para a progressiva e total extincção do trafico e da escravatura no Brazil. Rio de Janeiro, 1852.
  • Ensaio sobre a regeneração das raças cavallares do imperio do Brasil pelo Dr. F. L. C. Burlamaqui. Rio de Janeiro, P. Brito, 1856.
  • Acclimatação do dromedario nos sertões do norte do Brazil e cultura da tamareira, com a traducção do relatorio de Mr. Dareste, apresentado à sociedade zoologica de acclimação de Paris sobre o mesmo assumpto. Rio ele Janeiro, 1857.
  • Manual dos agentes fertilizadores. Rio de Janeiro: Typographia de L. N. Vianna e Filhos. 1858.
  • Manual das rnachinas, instrumentos e motores agricolas: segundo manual publicado por ordem da Sociedade Auxiliadora da Industria Nacional. Rio de Janeiro, 1859.
  • Monographia do cafeeiro e do café: terceiro manual, etc. Rio de Janeiro, 1860.
  • Monographia da canna de assucar: quarto manual, etc. Rio de Janeiro, 1862.
  • Monographia do algodoeiro, Rio de Janeiro, Tipographia de N. L. Vianna & Filhos, 1863.
  • Manual da cultura do arroz e de agricultura, publicado, etc. Rio de Janeiro, 1864.
  • Manual da cultura, colheita e preparação do tabaco; oitavo manual agricola, etc. Rio de Janeiro, 1865.
  • Cathecismo de agricultura. 2. ed. 1870.

Referências

  1. a b c Moreira, Nicoláo Joaquim (Junho de 1866). «Elogio Histórico do Conselheiro Doutor Frederico Leopoldo Cézar Burlamaqui». O Auxiliador da Industria Nacional (6): 210-220 
  2. «A concepção de museu educativo na produção científica de Bertha Lutz no Museu Nacional (1922-1932)» 
  3. a b «Os Diretores do Museu Nacional / UFRJ» (PDF). webcache.googleusercontent.com. Consultado em 23 de setembro de 2018 
  4. BEDIAGA, Begonha (out–dez 2012). «A moléstia da cana-de-açúcar na década de 1860: a lavoura em busca das ciências» (PDF). Fundação Oswaldo Cruz. História, Ciências, Saúde - Manguinhos. 19 (4): 1255-1273. Consultado em 29 de maio de 2024 

Precedido por
Frei Custódio Alves Serrão
Diretor(a) do Museu Nacional
1847 — 1866
Sucedido por
Francisco Freire Allemão de Cysneiros
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