Helena Greco

política brasileira

Helena Greco (Abaeté, 15 de junho de 1916 - Belo Horizonte, 27 de julho de 2011) foi uma ativista política brasileira.

Helena Greco
Nascimento 15 de junho de 1916
Abaeté
Morte 27 de julho de 2011
Cidadania Brasil
Alma mater
Ocupação política

Atividades

editar
 
Helena Greco, então presidenta do núcleo mineiro do Movimento Feminino Pela Anistia, presta depoimento no Departamento de Polícia Federal, como parte de inquérito que investiga atentados a bombas em 1978.

Graduou-se em Farmácia, em 1937, pela Faculdade de Farmácia da Universidade Federal de Minas Gerais, sendo reconhecida em âmbito nacional e internacional por sua atuação política. Helena Greco foi a primeira vereadora eleita da capital mineira, nas eleições de 1982, e uma das fundadoras do Partido dos Trabalhadores na cidade.[1] Exerceu dois mandatos, de 1982 a 1992. Já tinha sessenta anos quando se engajou na luta contra a ditadura militar. Fundou e dirigiu o Movimento Feminino pela Anistia, em Minas Gerais.

Teve participação ativa em praticamente todos os movimentos e lutas que envolvem o binômio direitos humanos e cidadania. Foi idealizadora e criadora de várias entidades - entre elas, a Coordenadoria de Direitos Humanos e Cidadania da Prefeitura de Belo Horizonte,[2] o Conselho Municipal dos direitos da Mulher,[3] o Fórum Permanente de Luta pelos Direitos Humanos de Belo Horizonte, o Grupo de Trabalho Contra o Trabalho Infantil e o Movimento Tortura Nunca Mais.

Homenagens

editar

Em 2002, foi homenageada pela Universidade Federal de Minas Gerais, por indicação da Faculdade de Farmácia, com a Medalha de Honra[4] no âmbito do Programa Sempre UFMG.[5] D. Helena é mãe do professor Dirceu Greco, da Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais e de Heloisa Greco, professora aposentada da rede pública municipal de ensino de Belo Horizonte, doutora em História pela Universidade Federal de Minas Gerais, militante da luta pelos Direitos Humanos e membro fundadora do Instituto Helena Greco de Direitos Humanos e Cidadania – BH/MG.[6]

Recebeu prêmios e distinções em sua grande maioria de cunho político, entre os quais a Medalha Chico Mendes de Resistência (1995), Prêmio Cidadania Mundial (1999) e Prêmio “Che” Guevara (2002). Além disso, foi designada para receber o Prêmio Estadual de Direitos Humanos, em 1998. A volta em segurança dos exilados tornou-se a preocupação de todos os seus dias. Escapou de um atentado a bomba e de uma série de ameaças a sua integridade física. Com o fim do Regime Militar, Helena continua com sua posição de esquerda. Participou ativamente do Grupo Tortura Nunca Mais. Elegeu-se vereadora e criou a primeira Comissão Permanente de Direitos Humanos na Câmara Municipal de Belo Horizonte. No dia 2 de maio de 2014 a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte modificou o nome do “Elevado Castelo Branco” que passou a se chamar “ Viaduto Dona Helena Greco”. A mudança de nome foi uma iniciativa do então vereador Tarcício Caixeta (PT).[7][8][9]

Referências

  1. Morre aos 95 anos a 1ª vereadora de Belo Horizonte Paraná-Online
  2. «Coordenadoria de Direitos Humanos (CMDH)». portalpbh.pbh.gov.br. Consultado em 6 de dezembro de 2016 
  3. «Conselho Municipal dos Direitos da Mulher - CMDM». www.belohorizontemais.com.br. Consultado em 6 de dezembro de 2016 
  4. «COPI :: Programa Ex-alunos». www.ufmg.br. Consultado em 5 de dezembro de 2016 
  5. «COPI :: Programa Ex-alunos». www.ufmg.br. Consultado em 5 de dezembro de 2016 
  6. «Heloísa Greco (Bizoca) – Resistência, Substantivo Feminino». Consultado em 17 de dezembro de 2022 
  7. «A partir desta 6ª, elevado passa a se chamar Viaduto Dona Helena Greco». Minas Gerais. 2 de maio de 2014 
  8. Minas, Estado de. «Viaduto que homenageava ditador ganhará nome de uma militante na luta contra a ditadura». Estado de Minas 
  9. «Elevado Castelo Branco passará a se chamar Dona Helena Greco». Cidades. 25 de março de 2014 

Ligações externas

editar
  Este artigo sobre uma pessoa é um esboço. Você pode ajudar a Wikipédia expandindo-o.