História da Macedónia do Norte

A Macedónia do Norte (português europeu) ou Macedônia do Norte (português brasileiro) foi colonizada pela primeira vez pelos eslavos no século VI e sofreu uma série de conquistas. No século VII foi conquistada pelos búlgaros, em 1014 pelos bizantinos e pela Sérvia no século XIV. Passou a fazer parte do Império Otomano em 1355 e ficou dividida entre a Sérvia, a Bulgária e a Grécia depois da guerra dos Balcãs, já em 1912-1913. Após a Primeira Guerra Mundial os sérvios da (Vardar)-Macedónia passaram a fazer parte do Reino da Iugoslávia.

Macedônia do Norte.
Macedônia do Norte.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a atual Macedônia do Norte passou a constituir uma das seis repúblicas que formavam a República Socialista Federativa da Iugoslávia. A Macedônia do Norte declarou sua independência da Iugoslávia em 1991.

Segunda Guerra Mundial editar

Durante a Segunda Guerra Mundial, a Banovina do Vardar foi ocupada entre 1941 e 1944 pela Albânia, governada por italianos, que anexou as regiões ocidentais povoadas por albaneses, e a Bulgária pró-alemã, ocupou o restante. As potências de ocupação perseguiram os habitantes da província que se opunham ao regime; Isso levou alguns deles a se juntarem ao movimento de resistência comunista de Tito. No entanto, o exército búlgaro foi bem recebido pela maioria da população quando entrou na Macedônia[1] e conseguiu recrutar a população local, que formava até 40% a 60% dos soldados em certos batalhões. No período do pós-guerra fez parte da República Socialista Federativa da Iugoslávia, o que não fez diminuir as tensões entre a etnia da (Vardar)-Macedônia e a Sérvia.

O fim da Jugoslávia editar

Após a morte do presidente jugoslavo Tito, em 1980, tornou-se claro que a estrutura da República Socialista Federal da Iugoslávia não se iria manter unida, e cada uma das seis repúblicas que a compunham (Sérvia, Croácia, Eslovénia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro e Macedónia) começou a buscar seu próprio caminho. A República Socialista da Macedónia tentou obter a independência, mas a presença de uma larga minoria albanesa e as objecções impostas pelo governo grego sobre a ideia de nascer um Estado com o mesmo nome de uma região do norte da Grécia tornou a transição difícil.

A independência editar

 
Bandeira da Macedônia do Norte.

Depois de a Croácia e a Eslovénia se terem separado da Jugoslávia, a República Socialista da Macedónia também, por recear o domínio sérvio, foi conduzida a declarar a independência da Jugoslávia em 1991, ano em que foi adoptada uma nova constituição que consagrou o multipartidarismo.

O novo Estado foi admitido nas Nações Unidas em Abril de 1993 com o nome de Antiga República Jugoslava da Macedónia / FYROM. A Grécia não aprovou e bloqueou o reconhecimento deste país junto à União Europeia, contestando o nome do país e a utilização, na bandeira, do Sol de Vergina de Alexandre, o Grande e símbolo greco-macedónio. Seis países membros da União Europeia reconheceram o novo Estado em Dezembro de 1993, assim como os Estados Unidos em Fevereiro de 1994. A Grécia respondeu com um embargo comercial à nova república. Em Abril de 1994, a Comissão Europeia deu início a um processo contra a Grécia no Tribunal de Justiça Europeu, após a sua recusa em retirar o embargo.

Já depois da independência, o presidente Kiro Gligorov foi reeleito em Outubro de 1995.

História recente editar

Proposta de mudança de nome editar

Em 17 de junho de 2018, o primeiro-ministro macedónio, Zeran Zaev, e o grego, Aléxis Tsípras, fazem um acordo para mudar o nome da República da Macedónia para "República da Macedónia do Norte", diminuindo as tensões entre o país e a Grécia. Porém, esse processo ainda não está ativo e não há previsão para quando entrará em prática. Além disso, o presidente Gjorge Ivanov pretende exercer o direito de veto, o que a oposição nacionalista chama de "rendição", algo que pode atrasar um pouco a ratificação do acordo. Apesar dessa ação ajudar a República da Macedónia a entrar na União Europeia ou na OTAN, a maior parte da população macedónia se opõe a isso, provavelmente pelo sentimento nacionalista da nação e do fato de que a mudança do nome alterará a Constituição.[2] [3] No mesmo dia, milhares de macedónios começam a protestar contra o novo nome da República da Macedónia.[4] Assim, em 26 de junho, o presidente Gjorge Ivanov acaba se recusando a assinalar lei sobre a mudança de nome. [5]

Adesão na OTAN editar

No mesmo ano da proposta da mudança de nome, dia 14 de julho, após convite da OTAN, o país se junta à organização. Milhares de macedônios comemoram o objetivo perseguido há muito tempo. [6]

Cronologia editar

Idade Média editar

Submissão do território macedónio aos diversos impérios que se sucederam na região (romano, bizantino, búlgaro).

Idade Contemporânea editar

 
Mapa de Vardar Banovina, uma província do Reino da Iugoslávia (1929-1941)

Referências

  1. Marshall Lee Miller, Bulgaria During the Second World War, Stanford University Press, 1975, p.123
  2. «Grécia e Macedônia encerram impasse de 27 anos, e país poderá trocar de nome». Folha de S.Paulo. 17 de junho de 2018 
  3. «Grécia entra em acordo com a Macedônia para seu novo nome: República da Macedônia do Norte». G1 
  4. Lusa, Agência. «Milhares de pessoas manifestam-se na Macedónia contra acordo sobre novo nome para o país». Observador. Consultado em 17 de junho de 2018 
  5. «Presidente da Macedônia se recusa a assinar lei para alterar nome do país». G1 
  6. a b Sputnik. «Macedônia 'entra' na OTAN e milhares comemoram nas ruas». br.sputniknews.com. Consultado em 26 de julho de 2018 
  7. «ONU - Former Yugoslav Republic of Macedonia - FYROM». Consultado em 8 de abril de 2008 
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