Jônathas Nunes

professor universitário, escritor, ex-coronel do Exército e político brasileiro

Jônathas de Barros Nunes, ou apenas Jônathas Nunes, (Jerumenha, 5 de junho de 1934) é um professor universitário, Doutor em Física, bacharel em Direito, escritor, Coronel do Exército e político brasileiro que foi deputado federal pelo Piauí.[1]

Jônathas Nunes
Jônathas Nunes
Jônathas Nunes
Deputado federal pelo Piauí
Período 1983-1987
Dados pessoais
Nascimento 5 de junho de 1934 (89 anos)
Jerumenha, PI
Cônjuge Maria Helena Madeira Nunes
Partido PDS, PFL, PDT, PTB, PMDB
Profissão professor, Doutor em Física, Coronel do Exército e político
Assinatura Assinatura de Jônathas Nunes

Dados biográficos editar

 
Jônathas de Barros, no plenário do Senado Federal, em 21 de maio de 2018, durante sessão solene do Congresso Nacional destinada à comemoração do centenário da Academia Piauiense de Letras, o primeiro da direita para a esquerda.

Filho de Aurino da Rocha Nunes e Maria Balduíno Nunes, é Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro e Bacharel em Física pela Universidade de Brasília, além de ter cursado a Academia Militar das Agulhas Negras. Coronel da reserva do Exército Brasileiro, possui Curso Superior de Proficiência em Língua Inglesa pela Universidade de Cambridge e em 1973 tornou-se Doutor (Ph.D) em Física pela Universidade de Londres defendendo a tese intitulada Massive Spin Two Fields and General Relativity.[2]

Assessor do Ministério da Educação e do Conselho Nacional de Educação, foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, onde lecionou. Foi professor também na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, na Universidade de Brasília e na Universidade Federal do Piauí. Sua carreira política começou em 1982 ao eleger-se deputado federal pelo PDS. Durante a legislatura votou a favor da emenda Dante de Oliveira em 1984 e em Tancredo Neves no Colégio Eleitoral em 1985,[3][4] passando pelo PDT quando foi candidato a prefeito de Teresina em 1985.[5] Sob a legenda do PFL figurou como segundo suplente de deputado federal em 1986 e ficou na décima sexta suplência como candidato a deputado estadual em 1990. Filiado ao PTB, perdeu a eleição para deputado federal em 1994.[6]

Ao longo da gestão de Francisco de Assis de Moraes Souza, o Mão Santa, como governador do Piauí foi Reitor da Universidade Estadual do Piauí de janeiro de 1995 a novembro de 2001 e em 1998 acumulou esse cargo com o de Secretário de Educação. Como reitor, foi responsável por um revolucionário processo de expansão e interiorização da UESPI, que chegou aos mais distantes rincões do Estado do Piauí e invadiu o Maranhão e a Bahia, com a criação de 23 núcleos universitários nos estados vizinhos. A instituição saltou de 4 campi para 45, 12 cursos para quase 400, 2 mil alunos para 40 mil, menos de mil inscritos no vestibular 1995 para 61 mil inscritos em 2001. Foram criados cursos pioneiros na instituição e até no estado, como psicologia, medicina, eng. civil, eng. elétrica, segurança pública, direito, fisioterapia, odontologia, comunicação social, além de cursos pré-matutinos e cursos sequenciais de curta duração em áreas específicas do saber. Foram celebrados convênios para cursos de mestrado e doutorado com diversas universidades brasileiras e do exterior. Candidato a governador pelo PMDB em 2002, foi nomeado Superintendente de Ciência e Tecnologia no primeiro governo Wellington Dias. Disputou um mandato de deputado estadual pelo PTB em 2006 e 2010, mas não foi eleito.[5][6]

Perseguição da ditadura editar

Pertencia aos quadros do Exército Brasileiro, mas foi cassado pelo Ato Institucional Número Um outorgado nos primeiros dias do Regime Militar de 1964, preso em Brasília e levado ao quartel-general da 33ª Zona Aérea do Rio de Janeiro, onde permaneceu preso por dez dias, por ser considerado de esquerda.[7] Em 4 de dezembro de 2013 publica a segunda edição do livro 1964: O DNA da conspiração em coautoria com o também ex-militar cassado pela Ditadura de 1964, Gastão Rúbio de Sá Weyne.[8]

É membro da Academia Piauiense de Letras e da Academia de Ciências do Piauí, a qual preside desde 2015.

Obras editar

Lista a completar.

  • Notas Técnicas de Física (1992)
  • Tempo de universidade (1994)
  • Caminhando no Tempo (1998)
  • Educação em Dois Tempos (1999)
  • Jonathas com a Palavra (2008)
  • Maria Helena: Farol de Olhos Azuis (2009)
  • 1964: O DNA da Conspiração (2012)
  • 1964: O DNA da Conspiração - Ed. Atualizada (2013)
  • A Moça da Igreja e o Homem da Rosa Vermelha (2016)

Fontes de pesquisa editar

  • NUNES, Jônathas. Tempo de Universidade. Teresina, Edufpi, 1994.
  • SANTOS, José Lopes dos. Novo Tempo Chegou. Brasília, Senado Federal, 1983.
  • SANTOS, José Lopes dos. Política e Políticos: Eleições 86. Vol. II. Teresina, Gráfica Mendes, 1988.
  • SANTOS, José Lopes dos. A Vida e Seus Caminhos. Vol. II. Teresina, Gráfica Mendes, 2002.

Referências

  1. BRASIL. Fundação Getúlio Vargas. «Biografia de Jônathas Nunes no CPDOC». Consultado em 17 de novembro de 2022 
  2. BRASIL. Câmara dos Deputados. «Biografia do deputado Jônathas Nunes». Consultado em 17 de novembro de 2022 
  3. Clóvis Rossi (26 de abril de 1984). «A nação frustrada! Apesar da maioria de 298 votos, faltaram 22 para aprovar diretas. Capa». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de novembro de 2022 
  4. Redação (16 de janeiro de 1985). «Sai de São Paulo o voto para a vitória da Aliança. Política, p. 06». acervo.folha.com.br. Folha de S.Paulo. Consultado em 17 de novembro de 2022 
  5. a b BRASIL. Tribunal Regional Eleitoral do Piauí. «Eleições Anteriores». Consultado em 17 de novembro de 2022 
  6. a b BRASIL. Tribunal Superior Eleitoral. «Repositório de Dados Eleitorais». Consultado em 17 de novembro de 2022 
  7. Jornal Diário do Povo do Piauí, edição de 3 de dezembro de 2013. página 17
  8. Idem, referência 2
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