Antônio Jacó da Paixão

Foi um advogado mineiro formado na Faculdade de Direito de São Paulo. Foi político e um dos signatários da Constituição Federal de 1891. Primo de Rodolfo Gustavo da Paixão. Emancipou o município de São João Nepomuceno em Minas Gerais.
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Antônio Jacó da Paixão[nb 1] (nascido no então arraial do Senhor do Bom Jesus do Rio Pardo (atual Argirita), então um distrito de São João Nepomuceno; em 28 de novembro de 1842 e falecido em Rio Novo, 26 de setembro de 1912) foi um dos signatários da Constituição brasileira de 1891.[1]

Jacob da Paixão
Antonio Jacob da Paixão
Antônio Jacó da Paixão
Deputado provincial mineiro
Período 1880-1885
Deputado geral (federal)
Período 1891-1893
Dados pessoais
Nome completo Antônio Jacó da Paixão
Nascimento 28 de novembro de 1842
Senhor do Bom Jesus do Rio Pardo, (atual Argirita), então um distrito de São João Nepomuceno, Minas Gerais
Morte 26 de setembro de 1912 (69 anos)
Rio Novo, Minas Gerais
Progenitores Mãe: Maria Eudóxia de Miranda
Pai: Antônio Júlio da Paixão
Alma mater Faculdade de Direito de São Paulo
esposa Virgília Maria da Silva Leal
Partido Partido Liberal: até 1886; Partido Republicano Mineiro: de 1886 em diante
Profissão Advogado
Assinatura Assinatura de Antônio Jacó da Paixão
Antônio Jacob da Paixão
Foto de 1882 ou 1883
Constituição brasileira de 1891, página da assinatura de Antonio Jacob da Paixão (vigésima quarta assinatura). Acervo Arquivo Nacional

Advogado, bacharelou-se em 1875 em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade de Direito de São Paulo.[2] Após a conclusão do curso de Direito, estabeleceu-se em Rio Novo, Minas Gerais, onde iniciou a carreira política.[1]

Ex-aluno do Externato Aquino, no Rio de Janeiro, outrora uma das melhores instituições de ensino do Brasil.[1][3]

Estudou Humanidades no externato do Mosteiro de São Bento, no Rio de Janeiro, tendo concluído o curso de Filosofia. Habilitou-se para o exercício do magistério com a especialização em Aritmética, Álgebra e Geometria.[1][4]

Foi eleito para a Assembleia Provincial de Minas Gerais nos biênios de 1880-1881, 1882-1883 e 1884-1885, onde foi líder do Partido Liberal na casa legislativa.[1][5] No seu primeiro ano de mandato, foi o autor do projeto e principal articulador da 3ª e definitiva emancipação política de S. João Nepomuceno, precisamente em relação a Rio Novo, cidade na qual então residia.[6][7]

Tornou-se republicano em 1886, portanto, antes da proclamação da república[8]. Já como membro do Partido Republicano Mineiro (PRM), foi eleito deputado ao Congresso Nacional Constituinte, exercendo o mandato de deputado geral na 1ª legislatura (1891-1893) e na 3ª legislatura (1897-1899).[1][5]

Foi um dos sete notáveis escolhidos para elaborarem a Constituição do Estado de Minas Gerais em 15 de junho de 1891. O projeto foi aprovado ad referendum da futura assembleia constituinte.[9]

Antônio Jacó da Paixão é pai de Leovigildo Leal da Paixão[3][10] e primo de Rodolfo Gustavo da Paixão[1] (presidente do estado de Goiás no governo provisório do marechal Deodoro da Fonseca).[1]

Fernando Pimentel, ex-governador do estado de Minas Gerais, é sobrinho-bisneto de Antônio Jacó da Paixão.[11][12]

Ver também editar

Notas editar

  1. A grafia original do nome do biografado, Antonio Jacob da Paixão, deve ser atualizada conforme a onomástica estabelecida a partir do Formulário Ortográfico de 1943, por seguir as mesmas regras dos substantivos comuns (Academia Brasileira de Letras – Formulário Ortográfico de 1943). Tal norma foi reafirmada pelos subsequentes Acordos Ortográficos da língua portuguesa (Acordo Ortográfico de 1945 e Acordo Ortográfico de 1990). A norma é optativa para nomes de pessoas em vida, a fim de evitar constrangimentos, mas após seu falecimento torna-se obrigatória para publicações, ainda que se possa utilizar a grafia arcaica no foro privado (Formulário Ortográfico de 1943, IX).

Referências

  1. a b c d e f g h Alzira Alves de Abreu (2015). «PAIXÃO, Antônio Jacó da» (PDF). Dicionário histórico-biográfico da Primeira República (1889-1930), Fundação Getulio Vargas 
  2. Almeida Nogueira (1909). «A Academia de São Paulo: Tradições e Reminiscencias, Estudantes, Estudantões, Estudantadas» 
  3. a b Carlos Eduardo de Almeida Barata (1864). «Ex-alunos do Externato Aquino» (PDF) [ligação inativa]
  4. Daniel do Val Cosentino (2014). «A tributação sobre a escravidão e o comércio de escravos na província de Minas Gerais». Revista Mundos do Trabalho 
  5. a b MONTEIRO, Norma de Góis (Coord.) (1994). «Dicionário biográfico de Minas Gerais: período republicano 1889-1991». Assembleia Legislativa de Minas Gerais 
  6. «Antônio Jacó da Paixão: o deputado liberal que, há 140 anos, conseguiu a emancipação definitiva de S. João Nepomuceno, onde ninguém mais se lembra dele». São João Nepomuceno: dois séculos de história. 4 de maio de 2020. Consultado em 2 de junho de 2020 
  7. «A chave para a emancipação política definitiva são-joanense». São João Nepomuceno: dois séculos de história. 25 de maio de 2020. Consultado em 2 de junho de 2020 
  8. «A tardia formatura em direito de Antônio Jacó da Paixão, e a ascendência "são-joanense" do Governador Fernando Pimentel». São João Nepomuceno: dois séculos de história. 11 de maio de 2020. Consultado em 2 de junho de 2020 
  9. Felipe Martins Pinto (Organizador). «300 anos de Minas Gerais» (PDF) 
  10. MONTEIRO, Norma de Góis (Coord.) (1994). «Leovigildo Leal da Paixão». Dicionário biográfico de Minas Gerais: período republicano 1889-1991, v.2, p. 502. 
  11. Constante Leal Paixão (1952). Escorço Biográfico e Genealógico das Famílias: Miranda, Leal e Paixão. [S.l.: s.n.] 
  12. Itamar Paixão Souza (1976). Reminiscências. [S.l.: s.n.] 
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