José Júlio da Ponte Filho

agrônomo, pesquisador e professor universitário brasileiro

José Júlio da Ponte Filho (Maranguape, junho de 1935Fortaleza, 19 de fevereiro de 2013) foi um agrônomo, pesquisador e professor universitário brasileiro.

José Júlio da Ponte Filho
Conhecido(a) por uso da manipueira como substituto natural para agrotóxicos
Nascimento junho de 1935
Caucaia, Ceará, Brasil
Morte 19 de fevereiro de 2013 (77 anos)
Fortaleza, Ceará, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater
Prêmios Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2009)
Orientador(es)(as) Luiz Gonzaga Engelberg Lordello
Instituições Universidade Federal do Ceará
Campo(s) Agronomia
Tese Subsídio ao conhecimento de plantas hospedeiras e o controle dos nematóides das galhas, Meloidogyne spp (1968)

Comendador da Ordem Nacional do Mérito Científico (2009), era professor emérito e livre-docente da Universidade Federal do Ceará e fundador e presidente da Academia Cearense de Ciências. José Júlio foi pioneiro na pesquisa de alternativas naturais ao uso de agrotóxicos no Brasil e descobriu que a manipueira, extrato líquido que sobra no processo de fabricação da farinha de mandioca, pode ser aplicada no combate a pragas e doenças nas plantações e age como um substituto natural para agrotóxicos.

Biografia editar

José Júlio nasceu na cidade de Caucaia, no Ceará, em junho de 1935. Era filho de José Júlio da Ponte e Zeneida Almeida de Barros da Ponte e o terceiro entre os dez filhos do casal. Ingressou no curso de agronomia da Universidade Federal do Ceará em 1955, vindo a se formar em 1958. Pela Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, da Universidade de São Paulo defenderia o mestrado em fitopatologia em 1968.[1]

Carreira editar

Foi professor da graduação da Escola Superior de Agricultura de Mossoró, hoje parte da Universidade Federal Rural do Semi-Árido. Foi professor na graduação e pós-graduação na Faculdade de Agronomia da Universidade Federal do Ceará até sua aposentadoria. José Júlio José tinha forte presença na universidade, tendo sido essencial para o estabelecimento da atual universidade federal de seu estado.[2][3] Foi pioneiro na implantação de hortas para uso medicinal na universidade.[4]

Recebeu a comenda da Ordem Nacional do Mérito Científico em 2007 por ter se destacado na pesquisa com alternativas naturais aos agrotóxicos, descobrindo que a manipueira, extrato líquido que sobra no processo de fabricação da farinha de mandioca, pode ser aplicado, com sucesso, ao controle de fito nematoides.[2]

Morte editar

José Júlio estava internado havia 15 dias no Hospital Regional da Unimed, em Fortaleza, para tratar de uma infecção urinária e uma pneumonia. Ele morreu em 19 de fevereiro de 2013, aos 77 anos, devido a um infarto. Ele foi velado e sepultado no cemitério Parque da Paz, na capital cearense. Deixou esposa e sete filhos.[2][5]


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Referências

  1. «Obituário - José Júlio da Ponte Filho». Summa Phytopathologica. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  2. a b c «Falece professor José Júlio da Ponte Filho». Universidade Federal do Ceará. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  3. Carolina Campos (ed.). «Cearenses lamentam a morte do cientista José Júlio da Ponte». O Vermelho. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  4. «O Homem de Alma Verde». Universidade Estadual do Ceará. Consultado em 12 de janeiro de 2021 
  5. Lusiana Freire (ed.). «Cientista José Júlio da Ponte morre aos 78 anos». O Povo. Consultado em 12 de janeiro de 2021