Justino Bivar Weinholtz

advogado, notário, museólogo e autarca português

Justino Henrique Cúmano de Bivar Weinholtz (Faro, Algarve, 8 de Março de 1885 - 1954) foi um advogado, notário, museólogo e autarca português.

Justino Bivar Weinholtz
Dados pessoais
Nome completo Justino Henrique Cúmano de Bivar Weinholtz
Nascimento 8 de março de 1885
Faro, Algarve
Morte 1954 (69 anos)
Nacionalidade Portugal Portugal
Alma mater Universidade de Coimbra
Profissão Advogado, museólogo e notário

Biografia editar

Nascimento e formação editar

Justino de Bivar Weinholtz nasceu em 8 de Março de 1885, no Palácio Bivar, em Faro.[1] Depois de ter concluído os estudos liceais, frequentou a Universidade de Coimbra, onde se licenciou em Direito.[1]

 
Igreja de Santo António dos Capuchos, em Faro.

Carreira profissional editar

Voltou a Faro após a conclusão do curso, onde se estabeleceu como advogado e notário.[1]

Foi presidente da Câmara Municipal de Faro em 1915.[1] Também foi presidente do Senado Municipal entre 1925 e 1932, e ocupou a posição de vice-provedor na Santa Casa da Misericórdia, onde foi provedor de 1947 a 1954.[1]

Em 1914 começou a trabalhar como conservador no museu de Faro, cuja posição ocupou durante cerca de quarenta anos, sempre em regime de voluntariado.[1] Descatou-se principalmente por ter mudado o Museu Infante D. Henrique do edifício dos paços do concelho para a Igreja de Santo António dos Capuchos, alteração que permitiu melhorar as condições de serviço do museu.[1] Também aumentou de forma considerável o acervo do museu, através da transferência dos quadros do Palácio Episcopal e do Seminário de Faro.[1] De forma a obter algumas das obras, envolveu-se em conflitos com outras instituições museológicas, tendo ficado célebre uma disputa que teve com o director do Museu Nacional de Arte Antiga, José de Figueiredo, pela posse de um quadro do Século XVIII do pintor Vieira Portuense, representando Santo Agostinho.[1] Demitiu-se do museu em 1954, depois de ter sido criticado no jornal Diário de Lisboa.[1] Também exerceu como secretário no Instituto Arqueólogo do Algarve.[1]

Falecimento editar

Justino Bivar Weinholtz faleceu em 1954.[1] Casou com Laura Júdice Guerreiro de Brito e teve três filhos, Isabel Maria Brito de Bivar Weinholtz, Manuel Brito de Bivar Gomes da Costa Weinholtz e Luis Frederico de Bivar Gomes da Costa Weinholtz.[1]

Homenagens editar

Justino Bivar Weinholtz foi homenageado com uma exposição no museu de Faro em Março de 2004, no âmbito do 110º aniversário daquela instituição.[1]

Referências

  1. a b c d e f g h i j k l m n MARREIROS, 2015:265-267

Bibliografia editar

  • MARREIROS, Glória Maria (2015). Algarvios pelo coração, algarvios por nascimento. Lisboa: Edições Colibri. 432 páginas. ISBN 978-989-689-519-8 


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