Maomé Amade
Maomé Amade ibne Saíde Abedalá[1] (Muhammad Ahmad ibn as Sayyid abd Allah) conhecido também como Mádi (12 de agosto de 1844 - 22 de junho de 1885), foi um núbio,[2] líder religioso sufi da ordem Samaniyya no Sudão que, quando jovem, estudou o islamismo sunita. Em 1881, ele alegou ser o Mahdi. Ele liderou uma guerra bem sucedida contra o domínio militar otomano-egípcio no Sudão e alcançou uma vitória notável sobre os britânicos, no cerco de Cartum. Ele criou um vasto estado islâmico que se estende do Mar Vermelho à África Central e fundou um movimento que permaneceu influente no Sudão um século depois.[3]
Maomé Amade | |
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Nascimento | 12 de agosto de 1844 Dongola |
Morte | 22 de junho de 1885 (40 anos) Cartum |
Sepultamento | The Mahdi's tomb |
Ocupação | político, ulemá, chefe militar, membro da resistência, traficante de escravos |
Religião | Islamismo |
Causa da morte | tifo |
De seu anúncio do Mahdiyya em junho de 1881 até 1898,[2] o crescente número de apoiadores do Mahdi, os Ansars, estabeleceram muitas de suas doutrinas teológicas e políticas. Após a morte inesperada de Muhammad Ahmad em 22 de junho de 1885, seu vice-chefe, Abdallahi ibn Muhammad, assumiu a administração do nascente estado mahdista.
Após a morte de Ahmad, Abdallahi governou como Khalifa, mas seu governo autocrático, bem como a força militar britânica aplicada diretamente, destruiu o estado Mahdi após a conquista anglo-egípcia do Sudão em 1899. Apesar disso, o Mahdi continua sendo uma figura respeitada na história do Sudão. No final do século XX, um de seus descendentes diretos, Sadiq al-Mahdi, serviu duas vezes como primeiro-ministro do Sudão (1966–67 e 1986–89). Ele seguiu políticas democratizantes.[3]
Referências
- ↑ Alves 2014, p. 60; 204; 761.
- ↑ a b Holt, P.M.: "The Mahdist State in Sudan, 1881-1898". Oxford: Clarendon Press, 1970. p. 45
- ↑ a b «al-Mahdī | Sudanese religious leader | Britannica». www.britannica.com (em inglês). Consultado em 2 de fevereiro de 2022
Bibliografia
editar- Alves, Adalberto (2014). Dicionário de Arabismos da Língua Portuguesa. Lisboa: Leya. ISBN 9722721798