Maria Irene Baggio

geneticista brasileira

Maria Irene Baggio (Bom Jesus, 1940) é uma geneticista brasileira, uma das pioneiras da citogenética no Brasil.

Maria Irene Baggio
Conhecido(a) por precursora da engenharia cromossômica e cultura in vitro de embriões híbridos no Brasil
Nascimento 1940 (84 anos)
Bom Jesus, Rio Grande do Sul, Brasil
Residência Brasil
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Universidade Federal do Rio Grande do Sul
Orientador(es)(as) Francisco Mauro Salzano
Instituições
Campo(s) Genética
Tese Citogenética e Evolução de Gramíneas Nativas do Rio Grande do Sul (1971)

Em sua carreira, destaca-se seu trabalho sobre biotecnologia e engenharia cromossômica, considerados referência no Brasil.[1]

Biografia editar

Maria Irene nasceu na cidade gaúcha de Bom Jesus, em 1940. Em 1963, formou-se no curso de História Natural pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Nessa mesma época, foi convidada a trabalhar no recém-inaugurado Departamento de Genética da universidade, onde Laboratório de Citogenética Vegetal realizando pesquisas sobre Pastagens Nativas, assunto que foi tema de seu doutorado em 1971, sob a orientação do precursor e pioneiro na pesquisa genética no Brasil, Francisco Mauro Salzano.[1]

Atuou nos cursos de pós-graduação em Genética e Agronomia, onde foi organizadora e participante de diversos projetos da instituição. Por seu trabalho com citogenética e adaptação do sistema genético do trigo aos estresses da agricultura, foi convidada para ingressar na recém-criada Embrapa Trigo, em 1975, onde liderou projetos e equipes com a orientação e/ou colaboração de consultores da América e Europa.[1][2]

Os trabalhos feitos nos laboratórios de Citogenética, Cultura de Tecidos e Biologia Molecular são ainda hoje referências no país. Foi precursora da engenharia cromossômica e cultura in vitro de embriões híbridos no Brasil. Introduziu no país a cultura de anteras in vitro, para a obtenção de plantas haploides, derivadas apenas do pólen, ou seja, com a metade do patrimônio genético. Com seu pioneirismo, foram introduzidos no mercado cinco cultivos novos de trigo, mais dez de cevada, sendo que a primeira foi nomeada BRS Mirene em sua homenagem.[1][2]

Maria Irene continuou até 2001 na UFRGS como professora e coordenadora do programa de Pós-Graduação em Genética e como pesquisadora na Embrapa. Aposentada, ainda continuou sua carreira científica na Universidade de Passo Fundo, até 2009, trabalhando com citogenética de aveia, batata e alcachofra, orientando e formando novos especialistas.[1]

Maria Irene hoje está aposentada, convivendo com filhos e netos.[1] Recebeu o Prêmio "Futuro da Terra", em 2011.[3] Em 2019, recebeu o título de Pesquisadora Emérita do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq).[4][5]

Referências

  1. a b c d e f Sandra Patussi Brammer (ed.). «Maria Irene Baggio». Portal CNPq. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  2. a b Teresa Nunes (ed.). «10 mulheres brasileiras importantes para a biologia». Ponto Biologia. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  3. «Pesquisadora gaúcha desbrava citogenética e biotecnologia». Jornal do Comércio. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  4. «CNPq anuncia Pesquisadores Eméritos 2019». Agência FAPESP. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
  5. «Professor da UFRJ recebe título de pesquisador emérito do CNPq». Universidade Federal do Rio de Janeiro. Consultado em 19 de fevereiro de 2020 
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