Mary Malahela (Pietersburg, 2 de maio de 1916 - Joanesburgo, 8 de maio de 1981) foi uma médica sul-africana.[1] Mary foi a primeira mulher negra em seu país a se formar e exercer medicina, graduando-se em 1947. Foi também fundadora da YWCA em seu país.[2][3]

Mary Malahlela
Nome completo Mary Susan Makobatjatji Malahlela-Xakana
Nascimento 2 de maio de 1916
Pietersburg, Limpopo, África do Sul
Morte 8 de maio de 1981 (65 anos)
Joanesburgo, África do Sul
Ocupação Médica
Instituições McCord Hospital
Especialidade Clínica médica
Conhecido por primeira mulher formada em medicina na África do Sul (1947)
Alma mater
Prêmios relevantes Ordem do Baobá

Biografia editar

Mary nasceu em Pietersburg, em 1916[2], filha de Thadius Chweu Malahlela, um cristão convertido que foi expulso de casa ao se recusar a matar seus filhos gêmeos, já que o bebês gêmeos eram considerados uma maldição.[4] Quando ainda era criança, a família de Mary se mudou para Joanesburgo, onde ela estudou em uma escola metodista, no bairro de Juliwe.[1][5]

Ingressou na Universidade de Fort Hare e em 1941 recebeu apoio financeiro para estudar medicina na Universidade de Witwatersrand, que erigiu uma placa em sua homenagem, em 2015, para lembrar aos alunos do campus sobre a luta contra o Apartheid.[5] Mary se formou em 1947, ganhando o registro de prática de medicina em seguida, tornando-se a primeira mulher negra sul-africana a fazê-lo.[6]

De 1947 a 1949 trabalhou no McCord Hospital[1] e em seguida abriu um consultório em Kliptown, subúrbio de Soweto, trabalhando em seguida em Dobsonville.[2][5] Mary foi fundadora da YWCA na África do Sul e membro ativo da resistência contra o apartheid no país. Membro do Women's Peace Movement, também foi parte do conselho da Universidade de Fort Hare e diretora da Roodepoort School Board.[4]

Morte editar

Mary em 8 de maio de 1981[4], aos 65 anos, devido a um infarto, enquanto trabalhava como voluntária na clínica Witkoppen, do médico e ativista Nthato Motlana, no bairro de Sandton, em Joanesburgo. Ela deixou duas filhas.[1]

Legado editar

Uma escola primária em Dobsonville, em Soweto, leva seu nome. Em 2015, Mary foi premiada postumamente com a Ordem do Baobá, por seu pioneirismo na área médica e pelo avanço nos direitos civis no país.[7]

Referências

  1. a b c d «Dr Mary Susan Makobatjatji Malahlela (Posthumous)». The Presidency. Consultado em 17 de julho de 2019 
  2. a b c «Mary Susan Malahele-Xakana». South African History Online. Consultado em 17 de julho de 2019 
  3. «The heroes of the South African women's struggle-Top Women». Business Women. Consultado em 17 de julho de 2019 
  4. a b c Human Sciences Research Council (2000). Women Marching Into the 21st Century: Wathint' Abafazi, Wathint' Imbokodo. Cidade do Cabo: HSRC Press. p. 202. ISBN 978-0-7969-1966-3 
  5. a b c «Wits Med School honours first black woman graduate from 1947». News24. Consultado em 17 de julho de 2019 
  6. Anne Digby (ed.). «Black Doctors and Discrimination under South Africa's Apartheid Regime». 'Medical History. Consultado em 17 de julho de 2019 
  7. «Pics: Zuma Bestows National Orders». IOL: Independent Online. Consultado em 17 de julho de 2019