Max Weinberg

músico norte-americano

Max Weinberg (Newark, Nova Jérsia, 13 de abril de 1951) é um músico e personalidade de televisão norte-americano. Ele é conhecido por ser o baterista de longa data da E Street Band de Bruce Springsteen e líder da banda de Conan O'Brien no Late Night with Conan O'Brien e The Tonight Show with Conan O'Brien. Ele é pai do ex-baterista do Slipknot Jay Weinberg.

Max Weinberg
Informação geral
Nome completo Max Weinberg
Também conhecido(a) como Poderoso Max
Nascimento 13 de abril de 1951 (73 anos)
Origem Newark, Nova Jérsia
País Estados Unidos
Gênero(s) Rock, jump blues, big band
Instrumento(s) Bateria
Período em atividade 1964 - presente
Gravadora(s) Columbia Records
Afiliação(ões) E Street Band, The Max Weinberg 7, Max Weinberg and The Tonight Show Band

Weinberg cresceu no subúrbio de Nova Jérsia e começou a tocar bateria ainda jovem. Ele cursou no ensino superior planejando ser advogado, mas teve sua grande chance na música em 1974, quando venceu uma audição para se tornar o baterista de Springsteen. Weinberg acabou se tornando um pilar das longas apresentações de Springsteen. Após Springsteen dissolver a banda em 1989, Weinberg passou vários anos considerando uma carreira jurídica e no lado comercial da indústria musical antes de decidir que queria continuar tocando bateria.

Em 1993, Weinberg conseguiu o papel de líder da banda The Max Weinberg 7, que se apresentaria no Late Night with Conan O'Brien. O som jump blues da banda somada à sua bateria e seu papel como um comediante prosperaram junto com o talk-show, dando a ele uma segunda carreira. Em 1999, Springsteen anunciou a volta da E Street Band para uma série de turnês e álbuns; Weinberg reorganizou sua agenda para que pudesse tocar com O'Brien e Springsteen. Em 2009, Weinberg foi transferido para o Tonight Show with Conan O'Brien como líder da Max Weinberg and The Tonight Show Band. Após a conclusão deste programa, Weinberg não recebeu o convite para tocar no novo talk-show de Conan. Weinberg então continuou tocando com Springsteen e, em 2014, foi introduzido no Rock and Roll Hall of Fame como membro da E Street Band.

Início de vida

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Weinberg nasceu no dia 13 de abril de 1951 na cidade de Newark, em Nova Jérsia, filho de Bertram Weinberg, um advogado, e Ruth Weinberg, uma professora de educação física do ensino médio.[1][2][3][4] Ele tem três irmãs, Patty, Nancy e Abby. Ele cresceu em Newark e nas cidades suburbanas vizinhas de South Orange e Maplewood.[5]

Weinberg foi exposto à música desde cedo, frequentando shows da Broadway semanalmente desde os dois anos de idade e apreciando o grande som produzido pelo fosso de orquestra.[6] Ele então passou a se interessar pelos ritmos da música country.[6] Ele sabia que queria ser baterista desde os cinco anos de idade, quando viu Elvis Presley e seu baterista, D. J. Fontana, se apresentarem no The Milton Berle Show em abril de 1956.[6][7] Décadas depois, Weinberg disse: "Acho que qualquer pessoa que quisesse desenvolver uma vida no rock 'n' roll teve um momento. Este foi o meu momento", e Fontana passou a ser uma grande influência para ele.[7] Weinberg recebeu um tambor de conga infantil de seu pai após assistir a um programa de TV com Xavier Cugat. Em um artigo de 2020 no The Wall Street Journal, Weinberg descreveu o tambor como tendo uma "cabeça de couro de bezerro e uma pulseira branca. Toquei por toda a casa".[8]

Weinberg também nomeou o The Ventures como uma grande influência para ele em uma entrevista realizada em 1988 para comemorar o 30º aniversário da banda, no qual ele tocou bateria durante as apresentações.[9]

Weinberg começou a tocar aos seis anos de idade.[4] Sua primeira aparição pública ocorreu aos sete anos de idade, quando ele tocou "When the Saints Go Marching In" na bateria junto com uma banda local durante um Bar Mitzvá.[3][4][8] O líder da banda, Herbie Zane, ficou impressionado com o jovem Weinberg e passou a levá-lo para outros compromissos.[4][6] Weinberg então se tornou uma estrela infantil local, e sempre se apresentava utilizando um terno de lã mohair.[10] Ele passou a ter um apreço pelo showmanship e era fã de Liberace e Sammy Davis Jr..[10][11] Ele então passou a idolatrar o baterista Buddy Rich, se tornou um fã de Gene Krupa, classificou o baterista Ed Shaughnessy como tendo o trabalho ideal e expressou admiração pelo nível de execução e estilo dos músicos do Tonight Show.[10][12][13] Weinberg tocou com Zane até o ensino médio e aprendeu ritmos como chá-chá-chá, merengue, polca e hora, além de ter tocado estilos como dixieland.[6]

Weinberg frequentou o Temple Sharey Tefilo-Israel, uma congregação do judaísmo reformista em South Orange, classificado por ele como "uma maravilhosa formação judaica".[3] Mais tarde, ele afirmou que o conceito judaico de sêder, que significa ordem, tornou-se a chave para a sua visão de como um bom baterista transforma a música de sua banda.[7] As dificuldades financeiras de seu pai também motivaram Weinberg a encontrar um trabalho estável como baterista ainda na adolescência, para que assim ele pudesse ajudar sua família a pagar as contas.[8]

Quando a invasão britânica ocorreu em 1964, os Beatles e seu baterista, Ringo Starr, se tornaram uma grande influência para Weinberg.[1][3][6] Ele começou a se apresentar com bandas de rock locais em Nova Jérsia, tocando músicas do The Rolling Stones, Mitch Ryder e The Rascals.[1] Enquanto membro do The Epsilons, ele tocou na Feira Mundial de Nova Iorque de 1964-65.[1] Ele estudou na Columbia High School em Maplewood, onde conheceu Leigh Howard Stevens, que mais tarde se tornaria um conhecido percussionista.[14] Weinberg se formou na Columbia High School em 1969.[15] Uma outra banda em que ele esteve, Blackstone, gravou um álbum pela Epic Records em 1970.[1]

Weinberg frequentou a Universidade Adelphi e, mais tarde, a Universidade Seton Hall, onde concluiu uma especialização em filmologia.[16] Seu objetivo geral era se tornar advogado, mas ele ainda estava interessado em uma possível carreira musical e mantinha sua bateria em seu carro, caso surgisse alguma oportunidade de tocar.[16] Ele passou a se apresentar em casamentos e bares, quando conseguiu um emprego na banda de apoio do teatro da Broadway.[1][10]

Carreira

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Sucesso com a E Street Band

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Weinberg ainda morava em casa quando conheceu Bruce Springsteen no dia 7 de abril de 1974, quando sua banda, The Jim Marino Band, abriu o show de Springsteen no Seton Hall.[17] No início daquele ano, Springsteen havia se separado de seu baterista, Vini Lopez, e seu substituto, Ernest Carter, durou apenas seis meses antes de sair da banda junto com o pianista David Sancious para formar a banda Tone. Weinberg respondeu a um anúncio de jornal do The Village Voice que informava sobre esta vaga de baterista. Ele então fez um teste com Springsteen e a E Street Band em meados do final de agosto daquele ano nos estúdios da SIR em Midtown Manhattan, trazendo consigo uma baterista minimalista composta apenas por chimbal, uma caixa e um bumbo.[17][18][19][10] Ele conhecia uma música de Springsteen, "Sandy", e a tocou.[18] Sua performance na música "Let the Four Winds Blow" de Fats Domino garantiu sua vaga como novo baterista.[17] Uma semana depois, ele recebeu a oferta de emprego de US$ 110 por semana (US$ 680 dólares na cotação atual), que o fez abandonar a faculdade imediatamente.[16][18] Sua primeira apresentação ocorreu no dia 19 de setembro de 1974 no The Main Point em Bryn Mawr, na Pensilvânia.[17]

 
Durante sua passagem pela E Street Band, o olhar de Weinberg permanecia fixo em Springsteen durante todo o show.

Weinberg alcançou o sucesso como baterista da E Street Band, uma vez que sua batida poderosa, porém controlada, resolveu as instabilidades que a banda vinha sofrendo com a bateria. Em Born to Run (1975), a bateria de Weinberg evocou dois de seus ídolos, Ringo Starr e Levon Helm.[20] Enquanto viajava em turnê, Weinberg ficou conhecido por seus pedidos específicos, como a marca de toalhas a serem utilizadas em sua bateria ou quartos de hotel.[21][22] Weinberg nunca adotou o "estilo de vida rock and roll"; ele tratava sua música com seriedade e seguia o mantra: "Apareça, faça um bom trabalho e dê a eles mais do que o valor do dinheiro deles".[19] Um compromisso que Weinberg firmou em fazer foi tocar nas grandes festas no judaísmo quando pudesse.[3][4] Durante os shows, Springsteen costumava dar apelidos aos seus companheiros de banda, e Weinberg passou a ser chamado de "o Poderoso Max".[23] Weinberg passou a criar o hábito de olhar fixamente em Springsteen durante todo o show, mesmo quando Springsteen estivesse atrás do palco, pois ele nunca conseguia prever quando Springsteen mudaria o ritmo ou saia repentinamente do set list.[24][25] Décadas depois, o guitarrista da E Street, Steven Van Zandt, diria sobre Weinberg: "O que ninguém entende é que Max não é apenas um grande baterista, Max lê a mente do Bruce. Você não pode aprender isto".[26] Weinberg comprou uma casa com vista para o mar em Atlantic Highlands, Nova Jérsia, desencadeando um interesse vitalício em imóveis e projetos de casas.[27]

Weinberg passou a sofrer com uma "estagnação" na bateria por volta de 1980, e suas habilidades em manter o andamento das músicas foram criticadas por Springsteen.[28] O que poderia passar despercebido em um show tornou-se aparente no disco Darkness on the Edge of Town (1978), e Weinberg passou a estudar o instrumento por meses para recuperar sua boa marcação de tempo.[29] Weinberg também sofreu com lesão por esforço repetitivo e tendinopatia, que acabaram exigindo sete operações em suas mãos e pulsos.[19] Ele estudou por um tempo com o famoso baterista de jazz Joe Morello; Weinberg creditou Morello por ajudá-lo a aprender a tocar com tendinite.[30] Os shows da The River Tour com a E Street Band em 1981 se tornaram um dos destaques da carreira de Weinberg.[31]

No dia 22 de junho de 1981, Weinberg se casou com Rebecca Schick, uma metodista que ele conheceu por meio de um amigo em comum.[4][32] Springsteen e a banda tocaram em seu casamento.[33] Eles tiveram dois filhos, Ali (nascida por volta de 1987) e Jay (nascido em 1990).[34]

Em 1984, eles compraram uma fazenda com 5 hectares no Condado de Monmouth; após sentir que fez um bom negócio, Weinberg se tornou um pesquisador no ramo imobiliário, muitas vezes passando dias em prefeituras examinando regulamentações de zoneamento.[27] Durante a turnê, ele leu livros sobre arquitetura e sonhou em construir casas no estilo de Frank Lloyd Wright ou Richard Meier.[27]

Ele se recuperou totalmente de suas lesões a tempo para o álbum Born in the U.S.A., lançado em 1984.[35] Na turnê subsequente, Springsteen geralmente intercalava algumas sequências de músicas de hard rock para dar chance de Weinberg se recuperar com suas mãos.[36] A esposa de Weinberg, Becky, acabou desencadeando um dos episódios mais celebrados da turnê.[37] Ela era fã do programa de televisão This Week e convidou o palestrante George Will para o show no Capital Centre.[37] Após ver a banda se apresentar, Will se convenceu de que eles eram exemplares do patriotismo e valores tradicionais americanos, no qual ele escreveu: "...veja os dedos enfaixados de Max Weinberg. Seu trabalho na bateria causaram cinco operações de tendinite. Ele molha as mãos na água quente antes dos shows e depois dorme com luvas apertadas".[37] Will ponderou ainda que Springsteen poderia apoiar Ronald Reagan na campanha presidencial de 1984 e conversou com a campanha do então candidato. Springsteen, no entanto, deu uma resposta negativa.[37]

Por seus esforços, Weinberg foi nomeado o Melhor Baterista na pesquisa de música pop e jazz da Playboy em 1985 e novamente o Melhor Baterista pela revista Rolling Stone em 1986.[7]

Em 1984, Weinberg publicou o livro The Big Beat: Conversations with Rock's Greatest Drummers, que contém uma série de entrevistas conduzidas ao longo de dois anos com bateristas de várias épocas, incluindo Starr, Helm, D. J. Fontana, Charlie Watts, Dino Danelli, Hal Blaine e outros.[7][38] O livro capturou alguns destes bateristas revelando suas abordagens musicais de forma mais aberta do que costumavam fazer para a imprensa e, portanto, foi considerado uma adição importante à literatura do rock.[38] Em 1986, Weinberg começou a realizar apresentações solo em campus universitários de todo o país.[39] Estas apresentações continham alguns curtas-metragens produzidos por Weinberg, bem como uma sessão de perguntas e respostas.[39]

Weinberg também atuou como músico de sessão para o cantor e produtor Jim Steinman. Neste projeto, ele tocou bateria nas músicas escritas por Steinman no álbum Bat Out of Hell de Meat Loaf, lançado em 1977. Em 1983, Weinberg foi destaque com as músicas Total Eclipse of the Heart e Making Love Out of Nothing at All, ambas compostas por Steinman e número um e número dois da Billboard Hot 100, respectivamente.[7]

No dia 18 de outubro de 1989, Springsteen ligou para Weinberg e anunciou de forma inesperada que estava dissolvendo a E Street Band.[40]

Término da banda e atividades posteriores

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A notícia do término da banda o deixou como "um zumbi por cerca de seis meses".[41] No início de 1989, ele havia retornado para a Universidade Seton Hall, e a separação da banda ocorreu durante seu segundo semestre de estudos, próximo de completar os 21 créditos restantes necessários para obter seu diploma de bacharel em comunicação social.[40][42] Weinberg acabou se formando ainda naquele ano.[39] Ele então frequentou brevemente a Cardozo School of Law da Universidade Yeshiva, mas trancou o curso após seis semanas.[43] Weinberg chegou a procurar Ringo Starr para pedir conselhos sobre como seguir em frente após a banda que fez sua vida se separar.[44] Apesar disto, Weinberg e Springsteen permaneceram amigos durante este período.[40][45]

Weinberg pensou que sua carreira como músico havia acabado e chegou a se considerar um baterista aposentado.[46] Ele passou a trabalhar como executivo para a gravadora Music Master, e em 1990, abriu sua própria gravadora, a Hard Ticket Entertainment.[39] Um ano depois, a gravadora lançou um álbum produzido por ele chamado Scene of the Crime, da banda Killer Joe.[45] Porém, ele não ficou satisfeito com a vida empresarial e sentiu que precisava voltar a se apresentar. Weinberg refletiu mais tarde: "Depois que a E Street Band se separou, eu me sentia tão anônimo que era doloroso".[46]

Weinberg passou a verificar as páginas amarelas em busca de emprego e tocou em um bar mitzvá por US$ 25.[10] Pouco tempo depois, ele passou a se apresentar com a banda 10,000 Maniacs após o baterista Jerry Augustyniak se machucar cinco dias antes de uma turnê que duraria cinco semanas.[46] Ele também tocou na posse de Bill Clinton em 1993.[41]

Late Night with Conan O'Brien

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Weinberg liderando o grupo The Max Weinberg 7 durante uma gravação do Late Night with Conan O'Brien em 2006.

Em julho de 1993, Weinberg teve um encontro casual na calçada do lado de fora do Carnegie Deli com o recém-selecionado apresentador do Late Night, Conan O'Brien, onde ele comentou sobre suas ideias musicais para o programa. O'Brien então prometeu que faria uma audição com ele.[40] Em poucos dias, Weinberg estruturou o grupo The Max Weinberg 7, recrutando músicos com quem já havia trabalhado durante sua carreira.[40] Foi decidido que o jump blues seria utilizado como ponto de partida para o som do grupo.[47][40] Na audição realizada no início de agosto, a equipe impressionou O'Brien pela habilidade de tocar não apenas rock, mas também rhythm and blues, soul, jazz, pop e swing.[45] Weinberg estava tão ansioso para conseguir o emprego que chegou a vomitar depois da audição.[40] Após uma reunião final com o produtor executivo Lorne Michaels, eles foram contratados como a house band do talk-show.[40] O grupo se apresentou no programa todas as noites desde sua estreia no dia 13 de setembro de 1993.[48] Mais tarde, O'Brien comentou sobre a escolha de Weinberg: "A energia e o entusiasmo de sua música coincidiram com o show que eu queria fazer. Além disto, seu bronzeado compensava a minha pele fantasmagórica".[47] Weinberg também era o diretor musical do programa, enquanto o guitarrista do grupo, Jimmy Vivino, criava a maior parte dos arranjos.[49][41]

Nas fases iniciais do show, Weinberg esteve envolvido em alguns momentos de comédia, mas passava a maior parte do tempo focado em suas responsabilidades musicais, incluindo a seleção da música de entrada para os convidados.[47] Com o passar do tempo, Weinberg se tornou uma personalidade de televisão, e sua visibilidade fez com que ele consolidasse sua imagem como músico além de seu trabalho com Springsteen.[45] Na verdade, muitos fãs jovens do programa, e alguns dos funcionários do próprio programa, desconheciam seu papel anterior como baterista da E Street Band.[46]

Em 1994, a Rhino Entertainment lançou o Max Weinberg Presents: Let There Be Drums, um CD de três volumes que destacava as linhas de bateria que Weinberg admirava em canções das décadas de 1950 a 1970.[50] Algumas recapitulações dos primeiros cinco anos do Late Night concluíram que o grupo foi um elemento importante para a sobrevivência do programa, com a personalidade de Weinberg contrastando com a de O'Brien. Seu som também se encaixava no swing revival, um movimento que ocorreu no final dos anos 1990.[51][19]

Weinberg retornou brevemente à E Street Band quando Springsteen reuniu a banda no início de 1995 para gravar algumas músicas novas para o lançamento da coletânea musical Greatest Hits.[52] Porém, esta reunião foi apenas temporária e a banda logo voltou à inatividade.[52] Em 2000, o grupo Max Weinberg 7 lançou um álbum autointitulado pela Hip-O Records.[19] Weinberg afirmou que havia esperado até então porque "eu queria mudar meu estilo de tocar e aprimorar ainda mais minhas habilidades antes de me comprometer com um disco".[31] Ele estava orgulhoso de que o grupo havia apoiado com sucesso o cantor Tony Bennett durante uma aparição no Late Night no final dos anos 1990: "Dois anos atrás, se você me perguntasse se eu poderia tocar com Tony Bennett, eu teria dito que não. Não estou no nível dele. Mas tocamos com ele na outra noite e foi maravilhoso".[4]

Equipamento

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Por muitos anos, o equipamento de Weinberg incluiu marcas como Slingerland, Ludwig, Pearl e pratos Zildjian.[21] Posteriormente, ele passou a utilizar DW Drums, embora tenha continuado a usar pratos Zildjian.[53] Ele também utiliza peles Remo e baquetas Vater 5A.[54][55][56] Sua configuração sempre foi minimalista, consistindo principalmente de uma caixa, tom, bumbo e surdo, enquanto sua configuração de pratos consiste em dois pratos de ataque, um prato de condução e um par de chimbal. Ao comentar sobre seu kit, Weinberg afirmou: "Tenho quatro tambores. Qualquer coisa a mais é redundante. Além disso, costumo tropeçar nas coisas".[21]

Vida pessoal

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Em julho de 2020, Weinberg e sua esposa Becky passaram a morar em Delray Beach, na Flórida.[8] Entre os seus bens valiosos está o tambor de conga dado a ele por seu pai em 1957.[8] Durante uma entrevista ao Wall Street Journal em 2020, ao ser perguntado sobre a razão de ainda estar ansioso para fazer uma turnê com Springsteen, Weinberg disse: "Uma chance de provar que ainda consigo. Tocar com o Bruce e a E Street Band é o auge do que eu faço".[8]

Weinberg tem fortes laços com Nova Jérsia e a Costa Leste. Ele possui uma casa em Jersey Shore e viaja para lá frequentemente com sua esposa e filhos.[53][48] Ele e sua família são torcedores do New Jersey Devils e costumavam jogar hóquei no gelo em um lago de 2 hectares em frente à casa deles.[19] Seu filho Jay, mesmo sem receber muitas instruções, se tornou baterista de bandas locais de punk rock e metal.[57] Sua filha Ali se tornou assistente do repórter Chuck Todd, da NBC News, além de trabalhar com o site da MSNBC.[58] Weinberg também tocou bateria no primeiro álbum gravado por sua irmã Nancy Winston, uma pianista e cantora profissional da cidade de Nova Iorque, conhecida por suas aparições regulares no The Pierre.[59][60]

Turnês com Bruce Springsteen

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Referências

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Ligações externas

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