Movimento para a Democracia
Movimento para a Democracia (MpD) | |
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Presidente | Ulisses Correia e Silva |
Fundação | 14 de março de 1990 (29 anos) |
Sede | Praia, ![]() |
Ideologia | Centrismo, Liberalismo, Progressismo, Liberalismo social, Democracia-cristã |
Afiliação internacional | Internacional Democrata Centrista |
Assembleia Nacional de Cabo Verde | 40 / 72 |
Espectro político | Centro-direita[1] |
Cores | Verde, azul e branco |
Página oficial | |
http://www.mpd.cv | |
O Movimento para a Democracia, conhecido também pela sigla MpD, é um partido político de centro-direita de Cabo Verde. Esteve no poder entre 1991 e 2001. Os seus membros têm como alcunha "os ventoinhas", por causa do emblema do partido que faz lembrar uma ventoinha, e identificam-se com a cor verde.
HistóriaEditar
MpD foi criado dia 14 de Março de 1990, e a sua primeira convenção celebrou-se em Novembro de 1990. Ganhou as primeiras eleições depois do fim do sistema de partido único imposto pelo Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde (agora PAICV), nas quais obteve mais de 2/3 dos deputados da Assembleia Nacional.[1]
Neste período de transição, o MpD participou na supressão do artigo 4º da Constituição de Cabo Verde de 1980, que codificou o sistema de partido único. O MpD também ajudou a estabelecer um calendário para o período de transição.
O MpD é um partido de centro direita, que favorece o livre comércio, uma política económica aberta e uma maior cooperação com organizações internacionais como a OMC.
Enquanto que o MpD tem o seu maior apoio nas Ilhas Barlavento, tem ganho apoio crescente nas cidades secundárias das Ilhas Sotavento, como Mosteiros, Calheta, Assomada e Tarrafal.
Nas eleições presidenciais celebradas de 11 a 25 de Fevereiro de 2001, Carlos Veiga, que ganhou 45,83% dos votos na primeira ronda, foi derrotado por uma estreita margem (só 12 votos) pelo candidato do PAICV candidato Pedro Pires na segunda volta.[1]
Na última eleição para o ramo legislativo,celebrada a 22 de Janeiro de 2006, o partido obteve 44.02% do voto popular e 29 dos 72 deputados na Assembleia Nacional de Cabo Verde.
Na última eleição presidencial de Cabo Verde celebrada a 12 de Fevereiro de 2006, Carlos Veiga foi novamente derrotado por Pedro Pires, por uma margem de 49,02% a 50,98%.
Nas eleições parlamentares de 2011 o MpD não conseguiu a maioria das cadeiras, ficando em segundo lugar.[2]
Resultados eleitoraisEditar
Eleições presidenciaisEditar
Data | Candidato
apoiado |
1ª Volta | 2ª Volta | ||||
---|---|---|---|---|---|---|---|
CI. | Votos | % | CI. | Votos | % | ||
1991 | António Mascarenhas Monteiro | 1.º | 70 623 | 73,4 / 100,0 |
|||
1996 | António Mascarenhas Monteiro | 1.º | 81 821 | 92,1 / 100,0 |
|||
2001 | Carlos Veiga | 2.º | 60 719 | 45,8 / 100,0 |
2.º | 75 815 | 50,0 / 100,0 |
2006 | Carlos Veiga | 2.º | 83 241 | 49,0 / 100,0 |
|||
2011 | Jorge Carlos Fonseca | 1.º | 60 887 | 37,8 / 100,0 |
1.º | 97 735 | 54,3 / 100,0 |
2016 | Jorge Carlos Fonseca | 1.º | 93 010 | 74,1 / 100,0 |
Eleições legislativasEditar
Data | CI. | Votos | % | +/- | Deputados | +/- | Status |
---|---|---|---|---|---|---|---|
1991 | 1.º | 78 454 | 66,4 / 100,0 |
56 / 79 |
Governo | ||
1995 | 1.º | 93 249 | 61,3 / 100,0 |
5,1 | 50 / 72 |
6 | Governo |
2001 | 2.º | 55 586 | 40,6 / 100,0 |
20,7 | 30 / 72 |
20 | Oposição |
2006 | 2.º | 74 909 | 44,0 / 100,0 |
3,4 | 29 / 72 |
1 | Oposição |
2011 | 2.º | 94 674 | 42,3 / 100,0 |
1,7 | 32 / 72 |
3 | Oposição |
2016 | 1.º | 122 881 | 54,5 / 100,0 |
12,2 | 40 / 72 |
8 | Governo |
Referências
- ↑ a b c As ilhas afortunadas -Jornal Avante!
- ↑ Oposição admite derrota eleitoral em Cabo Verde - Reuters Brasil