Opoptera aorsa

espécie de inseto

Opoptera aorsa é uma borboleta crepuscular[4] e neotropical da família Nymphalidae, subfamília Satyrinae e tribo Brassolini,[3] encontrada na Colômbia, Equador,[1] Peru[5] e Brasil (regiões Centro-Oeste,[6] Norte, Sudeste[1] e Sul).[7] Foi classificada por Godart, com a denominação de Morpho aorsa, em 1824.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaOpoptera aorsa
O. aorsa, vista superior.
O. aorsa, vista superior.
O. aorsa, vista inferior.
O. aorsa, vista inferior.
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Satyrinae[1][2]
Tribo: Brassolini[3]
Género: Opoptera
Aurivillius, 1882[1]
Espécie: O. aorsa
Nome binomial
Opoptera aorsa
(Godart, 1824)[1]
Sinónimos
Morpho aorsa Godart, 1824
Opsiphanes aorsina Stichel, 1932[1]

Descrição editar

São borboletas com asas de coloração marrom escura, em vista superior, apresentando na metade das asas anteriores, em seu ápice, uma faixa dividida de coloração laranja e três pontuações brancas, acima. O verso é mais complexo em sua padronagem, onde se destacam três ocelos distintos um do outro, em cada lado: o primeiro, menor, na metade apical da asa anterior; o segundo, de coloração marrom avermelhada, na metade apical da asa posterior; o terceiro na metade basal da asa posterior, onde se localiza uma projeção pontuda, como uma cauda.[5][6]

Hábitos editar

Esta espécie voa principalmente no crepúsculo,[4] na floresta úmida primária e secundária, ocorrendo do nível do mar até 1.800 metros de altitude. Alimenta-se de esterco de herbívoros[8] ou de frutos fermentados, caídos no solo ou na vegetação.[9] Descansam geralmente na altura de 1 metro da superfície do chão.[8]

Ciclo de vida editar

A alimentação das lagartas de Opoptera aorsa constitui-se de plantas de Chusquea[8] ou de Bambusa;[1] mas ela também é encontrada em bananais. O seu ovo é globular e branco, sendo colocado em grupos de 2 a 5 sobre as folhas da planta-alimento. A lagarta é verde-pálida, com uma série de linhas finas marrons e amareladas ao longo da parte traseira e um par de apêndices caudais marrons. A cabeça é marrom pálida e tem um par de longos chifres negros e um curto e pálido chifre em cada lado de sua cabeça. A crisálida é longa e cilíndrica, bronzeada com numerosas estrias finas e escuras, tendo a aparência geral de um pedaço de caule de bambu.[8]

Subespécies editar

O. aorsa possui quatro subespécies:[1]

  • Opoptera aorsa aorsa - Descrita por Godart em 1824, de exemplar proveniente do Brasil (Rio de Janeiro) / ( = Opoptera aorsa litura - Fruhstorfer, 1907).
  • Opoptera aorsa hilaris - Descrita por Stichel em 1901, de exemplar proveniente do Equador.[5][8]
  • Opoptera aorsa fuscata - Descrita por Stichel em 1908, de exemplar proveniente do Brasil (Amazonas).
  • Opoptera aorsa colombiana - Descrita por Rothschild em 1916, de exemplar proveniente da Colômbia.

Referências

  1. a b c d e f g h i Savela, Markku. «Opoptera aorsa» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  2. M. A. Marín; C. Peña; A. V. L. Freitas; N. Wahlberg; S. I. Uribe (2011). «From the phylogeny of the Satyrinae butterflies to the systematics of Euptychiina (Lepidoptera: Nymphalidae): history, progress and prospects» (em inglês). Neotropical Entomology (Scielo). 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  3. a b «Opoptera aorsa (Resultados de Busca)». Museu de Entomologia da ESALQ - USP. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  4. a b Penz, C. M.; Heine, K. B. (setembro de 2015). «Did Adult Diurnal Activity Influence the Evolution of Wing Morphology in Opoptera Butterflies?» (PDF) (em inglês). Springer (ResearchGate). 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  5. a b c Geale, David (3 de julho de 2013). «Opoptera aorsa hilaris - PE - Pantiacolla Lodge, Madre de Dios - 400 - 20130703 - V1» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  6. a b Carter, Will (18 de setembro de 2003). «Aorsa Owl (Opoptera aorsa (em inglês). Neotropical butterflies. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017. Cristalino Lodge, Mato Grosso, Brazil 
  7. Giovenardi, Ricardo; Mare, Rocco Alfredo Di; Sponchiado, Jonas; Roani, Suelem H.; Jacomassa, Fábio A. F.; Jung, Augusto B.; Porn, Mirian A. (dezembro de 2008). «Diversidade de Lepidoptera (Papilionoidea e Hesperioidea) em dois fragmentos de floresta no município de Frederico Westphalen, Rio Grande do Sul, Brasil» (PDF). Revista Brasileira de Entomologia 52(4) (Scielo). 603 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  8. a b c d e Hoskins, Adrian. «Stichel's Tailed Owlet - Opoptera aorsa hilaris (Stichel, 1901)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 
  9. Uehara-Prado, Marcio; Freitas, André Victor Lucci; Francini, Ronaldo Bastos; Brown Jr., Keith Spalding (12 de fevereiro de 2004). «Guia das borboletas frugívoras da Reserva Estadual do Morro Grande e região de Caucaia do Alto, Cotia (São Paulo)» (PDF). Biota Neotropica, v4 (n1) (Scielo). 9 páginas. Consultado em 23 de janeiro de 2017 

Ligações externas editar

 
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