Pentatlo moderno

desporto olímpico
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Pentatlo moderno é um desporto olímpico praticado por homens e por mulheres, individualmente ou em equipes. Compõe-se de cinco modalidades diferentes: hipismo, esgrima, natação, tiro esportivo e corrida. É proclamado vencedor aquele que obtiver o melhor desempenho geral ao somar mais pontos. Por essa variedade de esportes, o vencedor do pentatlo é considerado o atleta mais completo.

Pentatlo moderno

Prova de esgrima do pentatlo moderno
Olímpico desde 1912 H / 2000 S
Praticado por Ambos os sexos
Campeões Olímpicos
Rio de Janeiro 2016
Masculino Aleksander Lesun
 Rússia
Feminino Chloe Esposito
 Austrália
Campeões Mundiais
México 2018
Masculino James Cooke
 Grã-Bretanha
Feminino Anastasiya Prokopenko
 Bielorrússia

O esporte surgiu na Grécia Antiga em 708 a.C., tendo Lampis de Esparta como seu primeiro campeão. Era a modalidade mais nobre dos Jogos Olímpicos da Antiguidade, que premiava o atleta mais completo. Naquela época, as provas iniciais eram corrida, salto em distância, arremesso de disco e salto em altura. Então, os dois melhores colocados se enfrentavam em uma luta, e o vencedor ganhava não apenas o título, mas, também, prestígio na sociedade, passando a ser aclamado quase como um semideus. Aclamado pelo público, era chamado de "Victor Ludorum" ou "O Vencedor dos Jogos".[1]

No início do século XX, o Barão de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da Era Moderna, decidiu estimular a realização do pentatlo moderno. O pentatlo estreou nas Olimpíadas de 1912, em Estocolmo, Suécia.[1]

A Hungria, a Suécia e a Rússia são as nações mais vitoriosas do esporte em Jogos Olímpicos. Até o momento, Brasil e Austrália são as duas únicas nações do Hemisfério Sul a ter uma medalha olímpica no pentatlo moderno. A brasileira Yane Marques conquistou a medalha de bronze em Londres 2012. Já a a pentatleta australiana Chloe Esposito ganhou a medalha de ouro na Rio 2016.

História editar

O pentatlo moderno é uma prova criada pelo Barão Pierre de Coubertin, fundador dos Jogos Olímpicos da era moderna, baseada na filosofia por detrás do pentatlo disputado nos Jogos Olímpicos antigos. Na Grécia Antigamente, o pentatlo era constituído por provas que pretendiam demonstrar todas as aptidões físicas. Aquando da invenção da versão moderna, Coubertin inspirou-se nos soldados da cavalaria do século XIX, que deveriam saber montar um cavalo desconhecido, disparar, esgrimir, correr e nadar.

O pentatlo moderno estreou-se nos Jogos de 1912 em Estocolmo. Os lugares do pódio foram para três suecos, mas o quinto lugar foi para o futuro general George S. Patton. O evento para mulheres foi introduzido nos Jogos de Sydney 2000.

Apesar da longa tradição nos Jogos, o estatuto olímpico do pentatlo moderno tem sido posto em causa nos últimos anos, principalmente devido à fraca popularidade do desporto fora da Europa. No entanto, o Comitê Olímpico Internacional decidiu que permanecerá no programa olímpico pelo menos até 2020.

Provas editar

 
Prova de hipismo do pentatlo moderno

O pentatlo moderno consiste em cinco provas:

A equitação vai ser retirada da lista de provas. A federação international de pentatlo moderno publicou uma carta aberta, em novembro de 2021, anunciando que brevemente vai procurar uma especialidade que substitua a equitação. A equitação ainda vai aparecer nos Jogos Olímpicos de Paris, em 2024, mas quatro anos depois, em Los Angeles, o pentatlo moderno já terá alguma alternativa na sua sequência[2].

  • Laser-Run ( Evento Combinado): O evento combinado é a última prova do pentatlo moderno e consiste na junção do tiro esportivo com a corrida. O atleta parte da linha de chegada e corre cerca de 30 metros até o estande de tiro onde terá que executar 5 tiros certeiros no alvo correspondente ao "7" no tiro esportivo de pistola de ar a 10 metros (atualmente o tiro é praticado com pistolas laser). Ele tem cerca de 50" para acertar os 5 tiros e caso faça isso em menos tempo pode sair para correr a distância de 800 metros. Isso é feito 4 vezes, ou seja, 5 tiros certos mais um percurso de 800 metros. Os atletas são ordenados de acordo com as pontuações adquiridas nos três eventos anteriores. O atleta mais pontuado sai primeiro, seguindo do segundo (após um intervalo de tempo proporcional à diferença de pontos que os separa), depois do terceiro e assim por diante. Desta forma, quem chega primeiro após o último percurso de 800 metros, é o vencedor do pentatlo moderno, no seu conjunto.

A Laser-Run foi criticada por alterar radicalmente a natureza das habilidades necessárias. The New York Times perguntou se o nome deveria ser alterado para "tetratlon", uma vez que duas das cinco disciplinas foram combinadas em um único evento.[3]

Quadro Geral de Medalhas do Pentatlo Moderno nos Jogos Olímpicos editar

Em 2012, apenas 18 países possuíam alguma medalha olímpica no pentatlo moderno. As extintas União Soviética e Checoslováquia e a Equipe Unificada também conquistaram medalhas em Olimpíadas. Estados Unidos e China, as duas maiores potências olímpicas do mundo na atualidade, ainda não obtiveram medalha de ouro, e o Brasil é o único país da América do Sul que subiu ao pódio no esporte. A China e o Brasil obtiveram suas primeiras medalhas olímpicas do pentatlo moderno nas Olimpíadas de 2012, e a Austrália e o México nas Olimpíadas de 2016.

 Ordem  País        
1  HUN Hungria 9 8 5 22
2  SWE Suécia 9 7 5 21
3  URS União Soviética 5 5 5 15
4  RUS Rússia 4 1   5
5  POL Polônia 3   1 4
6  GBR Grã-Bretanha 2 2 3 7
6  ITA Itália 2 2 3 7
8  GER Alemanha 2   1 3
9  LTU Lituânia 1 2 1 4
10  CZE República Checa 1   1 2
11  KAZ Cazaquistão 1     1
11  AUS Austrália 1     1
13  USA Estados Unidos   6 3 9
14  FIN Finlândia   1 4 5
15  FRA França   1 2 3
16  TCH Checoslováquia   1 1 2
16  EUN Equipa Unificada   1 1 2
16  UKR Ucrânia   1 1 2
19  CHN China   1   1
19  LAT Letônia   1   1
21  BLR Bielorrússia     1 1
21  BRA Brasil     1 1
21  MEX México     1 1
TOTAL 40 40 40 120

Ver também editar

Referências

  1. a b «Pentatlo Moderno». COB - Rio 2016. Consultado em 8 de dezembro de 2014 
  2. «Open letter to pentathletes» 
  3. Branch, John (26 de novembro de 2008). «Modern Pentathlon Gets a Little Less Penta». The New York Times. Consultado em 27 de novembro de 2008 

Ligações externas editar