Praça da República (Belém)

praça em Belém, Pará
 Nota: Para outros significados de Praça da República, veja Praça da República.

A Praça da República é um logradouro brasileiro situado no Largo da Campina, na cidade brasileira de Belém (capital do Pará).

Praça da República
Largo da Campina
Características
Classificação patrimônio histórico
praça
execution site
Fonte Largos, coretos e praças de Belém
Categoria Praça da República (Belém)
Composto de Monumento ao General Gurjão
Monumento à República
Obelisco ao Interventor Major Federal Magalhães Barata
Pavilhão de Música Euterpe
Pavilhão de Música Santa Helena Magno
Bar do Parque
Theatro da Paz
Parte de Praça da República e Conjunto Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico Edit this on Wikidata
Patrimônio bem de interesse histórico em Belém
Diferente de Praça da República e Conjunto Paisagístico, Arquitetônico e Urbanístico
Localização
Mapa
GPS 1°27'8.771"S, 48°29'39.303"W Edit this on Wikidata
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História editar

No início era o Largo da Campina, um imenso terreno descampado que ficava entre o bairro da Campina e a estrada que levava à ermida de Nossa Senhora de Nazaré, um lugar ermo no bairro de nazaré. Depois, em 1756, houve um surto endêmico de varíola na então capitania do Grão-Pará, vitimando vários belenenses, sendo necessário construir um cemitério no bairro da Campina, no Largo da Campina.[1]

Anos após o fim do surto, o cemitério foi desativado. Neste local o governo da província ergueu um armazém para se guardar pólvora, mudando o nome para Largo da Pólvora.[2][3]

Uma forca foi erguida, mas não há registro de nenhum enforcamento.[carece de fontes?] O que se sabe é que o espaço era usado para sepultar, em cova rasa, escravos e pobres.[carece de fontes?]

Em homenagem ao Imperador do Brasil, foi batizada de Praça Dom Pedro II, mas continuava sendo um grande terreno descampado.

Em 1850, se plantou algumas árvores, mas desordenadamente. Com a inauguração do Theatro da Paz em 1878, durante o período da Belle Epóque e os pedidos da então elite da borracha que viviam a moda europeia[2][3] houve uma urbanização, também modesta.

Seu nome definitivo veio com a troca de regime, ganhando a denominação “Praça da República”.

A presença do teatro impactou a região, valorizando-a e consolidando-a como polo cultural da cidade de Belém; assim criava-se o polígono da cultura, que era formado por Palace Bolonha, Grande Hotel, Cine Olympia e, Theatro da Paz, local onde ocorriam muitas visitas ilustres e local comum de reunião da aristocracia de Belém que, elegantemente trajados à moda parisiense desfilava joias e vaidades.[4]

O governador Justo Chermont idealizou a construção de um monumento em homenagem à república, em 1889. A pedra fundamental foi colocada no ano seguinte, mas foi um concurso que decidiu a forma do monumento. A vencedora foi Michele Sebastiano.

Inaugurado em 15 de novembro de 1897 e, todo em mármore de carrara, o monumento tem 20 m. A estátua é de uma mulher, representando o regime republicano, com um ramo de oliveira na mão, simbolizando a paz. O gênio alado, sobre o primeiro degrau da obra apoiado num leão, ergue o estandarte da república gritando: “Liberdade!”.

 
Vista panorâmica da Praça da República.

Do outro lado do degrau, a História registra a data da proclamação da república. Dois artistas erguem os escudos da “Probidade” e da “União”. As quatro placas em homenagem a Floriano Peixoto, José Bonifácio, Tiradentes e Beijamim Constant foram anexadas ao monumento na segunda gestão de Abelardo Conduru.

A primeira tentativa de urbanização da Praça foi em 1901, com o intendente de Belém, Arthur Índio do Brasil. Fez-se o calçamento nas suas avenidas, acimentou os passeios, colocaram-se chafarizes, bancos e ajardinou-se as alamedas.

Porém, foi Antônio Lemos, em 1897, fez sérias críticas ao projeto urbanístico da praça no relatório ao concelho de intendência municipal. Chamou o ajardinamento do local de “aleijão da arte de floricultura com canteiros de mais de um metro de altura, alinhados perpendicularmente, com simetria fadigante, que irritavam a transeunte mais calmo”. Ele modificou completamente a aparência do logradouro, trocando, inclusive, a pavimentação das ruas que limitavam a praça por paralelepípedos.

Durante o governo de Virgínio Mendonça, foram construídos dois pavilhões na praça, o maior hoje é o Teatro Waldemar Henrique, o menor abrigando a Escola de Arte da Universidade Federal do Pará.

Hoje a praça da República tornou-se palco de grandes comemorações como o Círio de Nazaré, o Dia da Raça e o desfile de 7 de setembro.

Características arquitetônicas editar

A Praça da República é conhecida por seus belos elementos arquitetônicos. A praça é cercada por vários edifícios importantes, incluindo o Theatro da Paz, um teatro neoclássico, e o Palácio Antônio Lemos, um grande edifício que atualmente abriga o Museu de Arte de Belém [5].

Atividades culturais editar

A Praça da República é um polo de eventos e atividades culturais. Frequentemente recebe shows, exposições de arte e festivais, atraindo moradores e turistas. A praça serve como um local para celebrações e reuniões durante ocasiões importantes [6].

Galeria editar

Ver também editar

Referências

  1. «Conheça quatro pontos turísticos do Pará que possuem histórias 'macabras' e são assombrados». O Liberal. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  2. a b «Restaurado, Theatro da Paz tem uma programação intensa». Folha de São Paulo. Consultado em 27 de outubro de 2021 
  3. a b «Conheça quatro pontos turísticos do Pará que possuem histórias 'macabras' e são assombrados». O Liberal. Consultado em 9 de fevereiro de 2022 
  4. «Theatro da Paz (Belém, PA)». Fundaj. 7 de abril de 2022. Consultado em 22 de março de 2023 
  5. DE ANDRADE, Rubens; TÂNGARI, Vera Regina. A Praça da República e seus aspectos morfológicos no desenho da paisagem de Belém. Paisagem e Ambiente, n. 16, p. 43-68, 2002.
  6. ABREU, Waldir Ferreira de et al. História de vida como metodologia de pesquisa: o relato de vida de um menino de rua da Praça da República em Belém do Pará. Revista Margens Interdisciplinar, 2004.

Bibliografia editar

  • Ruas de Belém de Ernesto Cruz - editado pelo Conselho Estadual de Cultura do Estado do Pará; 1970 (página 118-119)

Ligações externas editar

 
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