Província Borborema
A Província Borborema faz parte de um sistema de orógenos diácronos resultantes do amalgamento do continente Gondwana Ocidental (aproximadamente 650-500 Ma)[1]. Cobrindo uma área de aproximadamente 380.000 km² no nordeste do Brasil, a Província Borborema é uma das principais áreas de faixas de dobramento neoproterozoicas do país, sendo delimitada pelo Cráton São Francisco a sul, pela Bacia do Parnaíba a oeste, e por bacias litorâneas da margem passiva brasileira a leste[2]. A maior parte da área está inserida no contexto de clima semiárido, e o relevo raramente ultrapassa a cota de 1000 metros[2].
- Domínio Setentrional
- Domínio Central
- Domínio Meridional
Trabalhos pioneiros e divergências sobre a gênese da Província Borborema editar
Em comparação com outras porções do território brasileiro, como sudeste e sul, a região nordeste do Brasil teve sua geologia estudada em detalhe mais tardiamente, no último quarto do século XX. Trabalhos como o de Brito Neves (1975)[7], Almeida et al. (1976)[4], e Santos & Brito Neves (1984)[8] foram pioneiros na compartimentação da Província Borborema, individualizando faixas de dobramentos marginais (Sergipana e Médio Coreaú), e interiores (Riacho do Pontal, Piancó-Alto Brígida, Seridó, Pajeú-Paraíba, Jaguaribeana, Rio Curu-Independência), formadas no Ciclo Brasiliano[9]. Os autores também identificaram, alternados às faixas dobradas, maciços gnáissico-migmatítico-graníticos expressivos, mostrando idades Rb/Sr paleoproterozoicas e arqueanas, com retrabalhamento no Neoproterozoico (Pernambuco-Alagoas, Caldas Brandão, Rio Piranhas, Tauá, Santa Quitéria e Marginal do Cráton São Francisco[9].Compartimentação e Evolução Tectônica editar
Domínio Setentrional editar
O Domínio Setentrional da Província Borborema é delimitado a sul pela Zona de Cisalhamento Patos, a oeste pela Bacia do Parnaíba e a leste e norte pelas bacias litorâneas do nordeste brasileiro. Compreende o estado do Ceará, a totalidade do estado do Rio Grande do Norte e parte do estado da Paraíba. Existem variadas propostas de subdivisão dentro do Domínio Setentrional, sendo que aqui será exposta a divisão de Jardim de Sá (1994)[10] e Santos (1996)[17], composta pelos seguintes compartimentos tectono-estratigráficos: Faixa Noroeste do Ceará, Domínio Ceará Central, Faixa Orós-Jaguaribe e Faixa Seridó (ambas as faixas englobadas no Domínio Rio Grande do Norte[17]. Como divisores desses compartimentos ocorrem expressivas zonas de cisalhamento de expressão regional e grande rejeito direcional. Além disso, esses subdomínios são parcialmente recobertos por sedimentos fanerozóicos relacionados em sua maioria às bacias de margem continental[18].Faixa Noroeste do Ceará editar
Também chamada de Faixa Médio Coreaú [19], está localizada no extremo noroeste da Província Borborema e a sudeste do Cráton de São Luís. A Faixa Noroeste do Ceará é delimitada a leste pela Bacia do Parnaíba e a sul-sudeste pela zona de cisalhamento Sobral-Pedro II, uma megaestrutura de direção NE-SW e caráter transcorrente dextral de idade neoproterozoica, que marca a divisa com o Domínio Ceará Central [20]. A zona de cisalhamento Sobral-Pedro II expõe uma grande zona milonítica que se estende para nordeste, chegando a África Ocidental (lá denominada falha de Kandi) e para SW, adentrando o interior do Brasil, onde é chamada de Lineamento Transbrasiliano[18].Domínio Ceará Central editar
Cobrindo a maior parte do estado do Ceará, com aproximadamente 80.000 km²[21], o Domínio Ceará Central é limitado a norte pela zona de cisalhamento Sobral-Pedro II e pela bacia litorânea, a oeste pela Bacia do Parnaíba, a sul pela zona de cisalhamento de Aiuaba - pertencente à Faixa Orós - e leste pela zona de cisalhamento Orós[18].Arthaud (2007)[25] fez a seguinte divisão para as rochas pré-cambrianas do Domínio Ceará Central, que sintetiza bem porém não aborda diretamente o Complexo Santa Quitéria:
- Embasamento Arqueano-Paleoproterozoico;
- Rochas metassedimentares deformadas e metamorfizadas;
- Granitos e diques neoproterozoicos;
- Depósitos molássicos originados durante e Orogênese Brasiliana;
As rochas metassedimentares formam uma sequência que incluem paragnaisses, micaxistos, quartzitos aluminosos, mármores e calciossilicáticas, compondo o Grupo Ceará, considerado de idade meso a paleoproterozoica, afetado pela deformação brasiliana e até mesmo também pela riaciana segundo alguns autores[18]. A leste do Maciço de Santa Quitéria (granitos e migmatitos brasilianos) Arthaud (2007)[25], baseado em idades SHRIMP U-PB em zircões detríticos e isótopos de Nd, propõe que nessa área os metassedimentos do Grupo Ceará fazem parte de uma margem passiva com início de deposição em cerca de 750 Ma. No fim do Ciclo Brasiliano ocorreu a intrusão de granitos alcalinos e imposição de enxames de diques básicos, microgranitos e riolitos alcalinos preenchendo fraturas de transtação[10].
Uma importante unidade do Domínio Ceará Central, de idade Neoproterozoica, é o Complexo Santa Quitéria, formado por rochas de arco magmático, estando adjacentes a zona de cisalhamento Sobral-Pedro II (Lineamento Sobral-Pedro II)[28]. Também adjacente ao Lineamento Sobral-Pedro II ocorrem eclogitos, rochas típicas de zonas de subducção, que atingiram altíssimas pressões em grandes profundidades[29][30]. Rochas semelhantes ocorrem do lado africano, o que levou à interpretação de que o Lineamento Transbrasiliano Sobral-PedroII-Kandi-Hoggar 4°50’ é uma das principais zonas de sutura neoproterozoicas do Gondwana Oeste[31][32].Domínio Rio Grande do Norte editar
O Domínio Rio Grande do Norte abrange uma área de cerca de 15.000 km²[33], e faz limite a noroeste com o Domínio Ceará Central e a sul com a zona de cisalhamento Patos, que marca a passagem para o Domínio Central da Província Borborema. Na região ocorrem exposições do embasamento Arqueano (terreno Granjeiro e Maciço São José do Campestre), além do Terreno Rio Piranhas (Mesoproterozoico) e da sequência de rochas supracrustais Lavras da Mangabeira e das faixas Orós-Jaguaribe e Seridó, também proterozoicas[21].- Formação Jurucutu: biotita-epidoto paragnaisses intercalados com mármores e calciossilicáticas, micaxistos, quartzitos, formações ferríferas, metavulcânicas básicas e metaconglomerados basais incipientes. É interpretada como indicativa de ambiente marinho raso plataformal[18].
- Formação Equador: quartzitos intercalados por metaconglomerados, calciossilicáticas e micaxistos, também interpretada como ambiente marinho raso plataformal[18].
- Formação Seridó: micaxisto variados intercalados por mármores, calciossilicáticas, paragnaisses, metavulcânicas básicas, quartzitos e metaconglomerados[18]. Essas rochas são interpretadas como pacote de turbiditos flyschóides, tendo em vista feições primárias observadas e dados litogeoquímicos[10].
Domínio Central editar
Limitado a Norte pela Zona de Cisalhamento Patos e a Sul pela Zona de Cisalhamento Pernambuco, o Domínio Central da Província Borborema também é comumente denominado Zona Transversal. Essa porção crustal de orientação E-W contém unidades paleoproterozóicas, tonianas e ediacaranas que encontram-se deslocadas [1], uma vez que se encontram dentro de um cinturão de transcorrência. Essa transcorrência regional estrutura-se graças a uma série zonas de cisalhamento de orientação NE-SW que ligam os lineamentos principais Patos e Pernambuco [37]. Desse modo, a macrogeometria da região assume forma anastomosada que, muitas vezes, reflete-se em menores escalas em caráter fractal. As principais propostas de subdivisão desse domínio tomam por base a individualização desses blocos tectônicos, como é o caso da proposta de Brito Neves (2005), que inclui, de leste para oeste, os domínios Rio Capibaribe, Alto Moxotó, Alto Pajeú, Riacho Gravatá, Piancó-Alto Brígida, São José do Caiano e São Pedro.- Domínio Rio Capibaribe: Composto por blocos paleoproterozoicos associados a rochas crustais metamorfisadas de arranjo complexo e idades tonianas ou ainda indeterminadas. [1]
- Domínio Alto Moxotó: De idade paleoproteorozoica, é formado por ortognaisses de alto grau e pequenas intercalações anfibolíticas, cálcio-silicatadas, xistosas e máfico-ultramáficas. [1]
- Domínio Alto Pajeú: É composto por metagrauvacas com diversas intercalações de rochas vulcânicas e ortognaisses [1]. Além disso, é descrito como área-tipo do evento denominado Cariris Velhos, caracterizado por sequências metavulcanossedimentares e augen-gnaisses de ca. 1000-960 Ma.
- Domínio Riacho Gravatá: Constitui uma faixa de rochas supracrustais que inclui metapsamitos e metapelitos com contribuição vulcânica e carbonática, sendo esta última subordinada, também de idade correspondente ao evento Cariris Velhos. [1]
- Domínio Piancó-Alto Brígida: Trata-se de uma faixa de desenvolvimento neoproterozoico e baixo grau metamórfico, é constituída por metassedimentos siliciclásticos (metarritmitos) e metavulcânicas subordinadas, além de uma restrita seção metaconglomerática. [1].
- Domínio São José do Caiano: É uma região de embasamento paleoproterozoico provavelmente seccionada do Domínio Rio Grande do Norte que se localiza a norte do Lineamento Patos. [1].
- Domínio São Pedro: Esse terreno inclui duas unidades de embasamento arqueano/paleoproterozoico, denominadas Complexo Granjeiro e Complexo Itaizinho, além de uma sequência metavulcanossedimentar de idade Neoproterozóica (Brasiliana), designada Grupo Ipueirinha. [1].
Domínio Meridional editar
O domínio meridional compreende a área entre a zona de cisalhamento Pernambuco e o Cráton São Francisco, sendo representado pelas faixas de dobramentos Sergipano, Riacho do Pontal e Rio Preto e pelos terrenos maciços Pernambuco-Alagoas.Faixa Sergipana editar
A Faixa de Dobramentos Sergipana é uma cunha orogenética formada durante o Ciclo Brasiliano, em consequência da colisão entre o Maciço Pernambuco-Alagoas, a norte, e o Cráton de São Francisco, a sul. A Faixa Sergipana é constituída por diferentes domínios que apresentam características estruturais, metamórficas e litoestratigráficas distintas [38]. Segundo Oliveira et al. 2015, os domínios litotectônicos caracterizam-se, de norte a sul em [39]:- Domínio Canindé: composta por sheets graníticos, sequência metavulcanossedimentar, rochas calcissilicáticas, mármores, anfibolito, gabros, dioritos e quartzo-monzonitos porfiríticos.
- Domínio Poço Redondo-Marancó: composto por rochas metavulcanossedimentares formados por sequências psamíticas e pelíticas metamorfizadas na fácies anfibolito (Marancó) e por gnaisses migmatizados (Poço Redondo) intrudidos por diversos corpos graníticos.
- Domínio Macururé: constitui de rochas metavulcanossedimentares, metamorfizadas na fácies anfibolito, composto por micaxistos, quartzitos, mármores e lentes de rochas ultramáficas cloritizadas e serpentinizadas. Ocorrem também corpos graníticos intrusivos neoproterozóicos classificados, segundo o estágio de deformação, como sin-tectônicos e tardi a pós-tectônicos [40].
- Domínio Vaza Barris: apresenta uma grande variedade de rochas metassedimentares associados a carbonatos e metadiamictitos.
- Domínio Estância: constitui de rochas metassedimentares com estruturas primárias preservadas, fracamente deformadas.
Faixa Riacho do Pontal editar
A Faixa Riacho do Pontal encontra-se cavalgada sobre o Cráton do São Francisco, a sul, e é limitada, a norte, pelo Lineamento Pernambuco. Para leste, as rochas supracrustais da Faixa Riacho do Pontal gradam descontinuamente para as rochas da Faixa Sergipana, e é sobreposta, a noroeste, pelos sedimentos da Bacia do Parnaíba. A sua compartimentação tectônica foi definida em três zonas: interna, central e externa [43].- Zona Interna: formada por rochas metavulcanossedimentares, como os complexos Paulistana e Santa Filomena, fatias do embasamento migmatítico altamente retrabalhadas, além de abundantes intrusões de graníticas da Suíte Afeição;
- Zona Central: é caracterizada pela sequência metavulcanossedimentar do Complexo Monte Orebe, composta por remanescentes de uma crosta oceânica neoproterozoica (ca. 820 Ma) que separava o Cráton São Francisco a sul do Bloco Pernambuco-Alagoas a norte;
- Zona Externa: é composta pelas rochas supracrustais (principalmente metassedimentares clásticas) do Grupo Casa Nova.
Faixa Rio Preto editar
A Faixa de Dobramentos Rio Preto está localizada no extremo oeste do Domínio Meridional, bordejando o noroeste do Cráton do São Francisco. A faixa é constituída por uma sequência metassedimentar composta por xistos e anfibolitos da Formação Formosa e, quartzito, metadiamictitos e xistos da Formação Canabravinha [38]. O embasamento da Faixa Rio Preto compreende o Complexo Cristalândia do Piauí, formado por ortognaisses e anfibolitos. Durante o Ciclo Brasiliano, a bacia foi metamorfizada na fácies xisto verde [3].Maciço Pernambuco-Alagoas editar
O Domínio limita-se ao sul com a Faixa Sergipana por zonas de cisalhamentos indiscriminadas e, ao norte, com o Lineamento Pernambuco Erro de citação: Elemento de abertura<ref>
está mal formado ou tem um nome inválido. O maciço Pernambuco-Alagoas é constituído de litotipos gnáissico-migmatíticos (Complexo Belém do São Francisco) e restos de sequências clásticas e vulcanoclásticas (Complexo Cabrobó) [43], apresentando tectônica transpressiva e transporte para noroeste [44], em metamorfismo na fácies anfibolito alto [45]. Recursos Minerais[46] editar
Os principais recursos minerais da província estão relacionados a Faixa Seridó, pertencente ao Domínio Rio do Grande Norte, com jazidas de tungstênio, ouro, pegmatitos, urânio e fosfato.Depósitos de Tungstênio editar
O principal mineral minério de tungstênio na Província é a Scheelita. Estima-se que já foram extraídos 60.000 t e as principais minas situam-se próximas ao maciço granítico de Acari. A mineralização está associada a escarnitos no contato de mármores com rochas ígneas.Depósitos de Ouro editar
Até o momento não foram encontrados depósitos expressivos de ouro. Estes, são explorados por garimpeiros e pequenas companhias de mineração. As ocorrências estão associadas a zonas de cisalhamento N-NE secundárias e/ou a outras descontinuidades subordinadas. O ouro encontra-se, principalmente, livre em veios de quartzo em diversas rochas hospedeiras como micaxistos, gnaisses, granitos, entre outras.Depósitos relacionados a Pegmatitos editar
A Faixa Seridó exibe diversos plutons granitoides resultantes do Evento Brasiliano, entre eles, os pegmatíticos. Grande parte está associada aos escarnitos e são mineralizados em tantalita / columbita, berilo, cassiterita, turmalina, água-marinha, espodumênio, mica, feldspato, quartzo e caulim.Depósitos de Urânio e Fosfato editar
Localizado no município de Santa Quitéria (Ceará), a jazida Itataia é um depósito de urânio e fosfato com reservas de 80 mil toneladas e 8.9 milhões de toneladas, respectivamente. Está associada a sequência metamórfica constituída por migmatitos na base, sotopostos a quartzitos e gnaisses capeados por calcários cristalinos, denominada Grupo Itataia (Mendonça et al. 1985).[47]Referências Bibliográficas editar
- ↑ a b c d e f g h i j k Basto, C. F. 2018. Evolução Geológica da Sequência Metavulcanossedimentar Ipueirinha, Província Borborema, Piauí: Petrografia, Geoquímica e Geocronologia. Dissertação de Mestrado. UFMG. 105 pp.
- ↑ a b Almeida, F. F. M., Hasui, Y., de Brito Neves, B. B., & Fuck, R. A. 1981. Brazilian structural provinces: An introduction. Earth-Science Reviews, 17(1-2), 1–29.
- ↑ a b Caxito F.A. 2013. Geotectônica e evolução crustal das faixas Rio Preto e Riacho do Pontal, estados da Bahia, Pernambuco e Piauí. Universidade Federal de Minas Gerais, Instituto de Geociências, Tese de Doutorado, Belo Horizonte, 288 p.
- ↑ a b c ALMEIDA, Fernando Flávio Marques de; HASUI, Yociteru; BRITO NEVES, Benjamim Bley de. The Upper Precambrian of South America. Boletim IG, São Paulo, v. 7, p. 45-80, 1976.
- ↑ Jardim de Sá, E.F.; Macedo, M.H.F.; Legrand, J.M.; McReath, I.; Galindo, A.C.; Sá, J.M. 1987. Proterozoic granitoids in a polycyclic setting: the Seridó region, NE Brazil. In: SBG/Núcleo BA-SE, SYMPOSIUM OF GRANITES ASSOCIATION AND MINERALIZATION, 1, Salvador, Ext. Abstr., 1: 102- 110.
- ↑ Neves, S.P. 1996. Etude des relations entre magmatism et zones de cisaillement lithosphériques: exemple des décrochements de Pernambuco et Fazenda Nova (Etat de Pernambuco, Brésil). Thesis Univ. Montpellier II, 243p.
- ↑ BRITO NEVES, B. B. 1975. Regionalização Geotectônica do Pré-Cambriano Nordestino. Tese de Doutorado. Universidade de São Paulo. 198p.
- ↑ SANTOS, E. J., BRITO NEVES, B. B. Província Borborema. In: ALMEIDA, F. F. M., HASUI, Y. (Coord). O Pré-Cambriano do Brasil. São Paulo, Edgard Blücher, 1984. pp 123-186. 378p.
- ↑ a b c d GOMES, J. R. C. 2000. Programa Levantamentos Geológicos do Brasil. Jaguaribe-SW, Folha SB>24-Y. Estados do Ceará, de Pernambuco e do Piauí. Escala 1:500.000. Brasília: CPRM.
- ↑ a b c d e f g JARDIM DE SÁ, E. F. A. 1994. A Faixa Seridó (Província Borborema, NE do Brasil) na Cadeia Brasiliana/Pan-Africana. Tese de Doutorado. Universidade de Brasília. 803p.
- ↑ VAN SCHMUS, W. R., BRITO NEVES, B. B., HACK-SPACHER, P. 1994. Identification of lithospheric domains in NE Brazil and their relevance to the ancestry and assembly of western Gondwana. Intern. Symp. Phys. Chem. Upper Mantle. Ext. Abst. pp.79-81.
- ↑ BRITO NEVES, B. B., SANTOS, E. J., VAN SCHMUS, W. R. 2000. Tectonic History of the Borborema Province. In: Cordani U. G., Milani E.J. Thomas Filho A., Almeida D.A. (Eds), Tectonic Evolution of South America, Rio de Janeiro, 31th International Geological Congress, pp. 151-182.
- ↑ Neves, S.P. 2003. Proterozoic history of the Borborema province (NE Brazil): Correlations with neighboring cratons and Pan-African belts and implications for the evolution of western Gondwana. Tectonics, 22: 1031-1045.
- ↑ Neves, S.P., Bruguier, O., Vauchez, A., Bosch, D., Silva, J.M.R., Mariano, G. 2006. Timing of crust formation, deposition of supracrustal sequences, and Transamazonian and Brasiliano metamorphism in the East Pernambuco belt (Borborema Province, NE Brazil): implications for western Gondwana assembly. Precambrian Research, 149: 197–216.
- ↑ Neves S.P., Bruguier O., Silva J.M.R., Bosch D., Alcantara V.C., Lima C.M. 2009. The age distributions of detrital zircons in metasedimentary sequences in eastern Borborema Province (NE Brazil): evidence for intracontinental sedimentation and orogenesis? Precambrian Research, 175: 187-205.
- ↑ Caxito, F.A., Uhlein, A., Dantas, E.L., Stevenson, R., Salgado, S.S., Dussin, I.A., Sial, A.N. 2016. A complete Wilson Cycle recorded within the Riacho do Pontal Orogen, NE Brazil: Implications for the Neoproterozoic evolution of the Borborema Province at the heart of West Gondwana. Precambrian Research, 282: 97-120.
- ↑ a b SANTOS, E.J., 1996. Ensaio Preliminar sobre terrenos e tectônica Acrescionária na Província Borborema. XXXIX Congresso Brasileiro de Geologia. Salvador 6, 47–50.
- ↑ a b c d e f g h i j k l m n o CAMPELO, R. C. 1999. Análise de Terrenos na Porção Setentrional da Província Borborema, NE do Brasil: Integração de dados Geológicos e Gravimétricos. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Rio Grande do Norte. 140p.
- ↑ SANTOS, T. J. S.; FETTER, A. H. ; HACKSPACHER, P. C. ; SCHMUS, W. R. V. ; NOGUEIRA NETO, J. A. . Neoproterozoic tectonic and magmatic episodes in the NW sector of the Borborema Province, NE Brazil, during assembly of western Gondwana. Journal of South American Earth Sciences, v. 25, p. 271-284, 2008.
- ↑ a b UFAM. 2011. Província Brasileiras - Borborema. Aula do curso de geologia. Disponível em http://home.ufam.edu.br/ivaldo/Aulas/Geologia%20do%20Brasil/Prov%C3%ADncia%20Borborema%202011.pdf. Acesso em 16/05/2019.
- ↑ a b c d CASAGRANDE, P. I. 2013. Mapeamento geológico da região de Quitaiús (CE) - Complexo Granjeiro - Província Borborema. Trabalho de conclusão de curso. Universidade Estadual de Campinas. p89.
- ↑ SANTOS, T. J. S. 1999. Evolução tectônica e geocronológica do extremo Noroeste da Província Borborema. Universidade Estadual Paulista, Rio Claro. Tese de Doutorado.
- ↑ SANTOS, T.J. S., FETTER A. H., NETO, J. A. N., HACKSPACHER, P. C., VAN SCHMUS, W. R. 1998. Geochronology and geochemistry of the Médio Coreaú domain, NW Borborema Province. Anais XL Congresso Brasileiro de Geologia. 1:29. Belo Horizonte.
- ↑ ABREU, F. A. M., GAMA Jr., T., GORAYEB, P. S. S., HASUI, Y. 1988. O cinturão de cisalhamento Nororeste do Ceará. Anais VII Congresso Latino Americano de Geologia. 1:20-34, Belém, PA.
- ↑ a b ARTHAUD, M. H., 2007. Evolução neoproterozóica do Grupo Ceará (Domínio Ceará Central, NE Brasil): da sedimentação à colisão continental brasiliana. Tese de doutorado, Instituto de Geociências, Universidade de Brasília, 132 p.
- ↑ a b c FETTER, A.H., 1999. U–Pb and Sm–Nd geochronological constraints on the crustal framework and geological history of Ceará State, NW Borborema Province, NE Brazil: Implications for the assembly of Gondwana. University of Kansas, Ph.D. thesis 164 p.
- ↑ SILVA, L C. 2008. Reavaliação da evolução geológica em terrenos Pré-cambrianos brasileiros com base em novos dados U-Pb shrimp, parte iii: Províncias Borborema, Mantiqueira Meridional e Rio Negro-Juruena (*). Brazilian Journal of Geology: 529-544.
- ↑ FETTER, A. H. ; SANTOS, T. J. S. ; SCHMUS, W. R. V. ; HACKSPACHER, P. C. ; NEVES, B. B. B. ; ARTHAUD, M. H. ; NOGUEIRA NETO, J. A. ; WERNICK, E. . Evidence for Neoproterozoic continental arc magmatism in the Santa Quitéria Batholith of Ceará State, NW Borborema Province, NE Brazil: Implications for the assembly of West Gondwana. Gondwana Research, Japão, v. 6, n.2, p. 265-273, 2003.
- ↑ SANTOS, T. J. S.; Garcia, Maria da Glória M. ; Amaral, Wagner Silva ; Caby, Renauld ; Wernick, Eberhard ; Arthaud, Michel H. ; Dantas, Elton L. ; SANTOSH, M. . Relics of eclogite facies assemblages in the Ceará Central Domain, NW Borborema Province, NE Brazil: Implications for the assembly of West Gondwana. Gondwana Research, p. 454-470, 2009.
- ↑ SANTOS, TICIANO JOSÉ SARAIVA; Amaral, Wagner Da Silva ; ANCELMI, MATHEUS FERNANDO ; PITARELLO, MICHELE ZORZETTI ; FUCK, REINHARDT ADOLFO ; Dantas, Elton Luiz . U-Pb age of the coesite-bearing eclogite from NW Borborema Province, NE Brazil: Implications for western Gondwana assembly. Gondwana Research, v. 28, p. 1183-1196, 2015.
- ↑ Ganade de Araujo, Carlos E.; RUBATTO, DANIELA ; HERMANN, JOERG ; Cordani, Umberto G. ; Caby, Renaud ; BASEI, MIGUEL A. S. . Ediacaran 2,500-km-long synchronous deep continental subduction in the West Gondwana Orogen. Nature Communications, v. 5, p. 5198, 2014
- ↑ CORDANI, UMBERTO GIUSEPPE ; PIMENTEL, MARCIO MARTINS ; ARAÚJO, CARLOS EDUARDO GANADE DE ; FUCK, REINHARDT ADOLFO . The significance of the -Transbrasiliano-Kandi tectonic corridor for the amalgamation of West Gondwana. Brazilian Journal of Geology, v. 43, p. 583-597, 2013.
- ↑ a b Dantas, E.L., Van Schmus, W.R., Hackspacher, P.C., Fetter, A.H., Brito Neves, B.B., Cordani, U., Nutman, A.P., Williams, I.S. 2004. The 3.4-3.5 Ga São José do Campestre massif, NE Brazil: remnants of the oldest crust in South America. Precambrian Research, 130: 113-137.
- ↑ a b c d MARTINS, D. T. 2017. Geologia do Terreno Arqueano Granjeiro (3,4 a 2,6 Ga), Província Borborema. Dissertação de Mestrado. Universidade Federal do Ceará. 52p.
- ↑ SA, J. M.; LETERRIER, J. M. S. I. M. J. . Petrology, Geochemistry and Geodynamic Setting of Proterozoic Igneous Suites of the Oros fold Belt, Borborema Province, Northeast Brazil. Journal of South American Earth Sciences, Inglaterra, v. 8, n.3, p. 299-314, 1995.
- ↑ Van Schmus, W.R; de Brito Neves, B.B; Williams, I.S; Hackspacher, P.C; Fetter, A.H; Dantas, E.L; Babinski, M (dezembro de 2003). «The Seridó Group of NE Brazil, a late Neoproterozoic pre- to syn-collisional basin in West Gondwana: insights from SHRIMP U–Pb detrital zircon ages and Sm–Nd crustal residence (TDM) ages». Precambrian Research. 127 (4): 287–327. ISSN 0301-9268. doi:10.1016/s0301-9268(03)00197-9
- ↑ Santos, E.J., Souza Neto, J.A., Silva, M.R.R., Beurlen, H., Cavalcanti, J.A.D., Silva, M.G., Costa, A.F., Santos, L.C.M.L., Santos, R.B. 2014. Metalogênese das porções norte e central da Província Borborema. In: Silva, M.G, Neto, M.B.R., Jost, H., Kuyumijan, R.M. (Eds), Metalogênese das Províncias Tectônicas Prasileiras. Brasília, CPRM p. 343-388.
- ↑ a b c d Uhlein, A.; Caxito, F. A.; Sanglard, J. C. D.; Uhlein, G. J.; Suckau, G. L. 2011. Estratigrafia e tectônica das faixas neoproterozóicas da porção norte do Craton do São Francisco. Geonomos, 19(2), 8-31
- ↑ Lima, H. M. 2018. Evolução tectônica da porção nordeste da faixa sergipana, Província Borborema, estado de Alagoas, NE do Brasil. Tese (doutorado)—Universidade de Brasília, Instituto de Geociências, Programa de Pós-Graduação em Geologia
- ↑ a b Programa Levantamentos Geológicos Básicos do Brasil - PLGB. Aracaju NW – Folha SC.20-V, Estado da Bahia, Pernambuco e Piauí. Escala 1:500.000. Texto explicativo. / Organizado por Luiz Alberto de Aquino Angelin, e Marília Kosin. – Brasília : CPRM/DIEDIG/DEPAT, 2001.
- ↑ Erro de citação: Etiqueta
<ref>
inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome“RefR”
- ↑ Campos Neto M. C. & Brito Neves B. B. 1987. Considerações sobre a organização e a geometria do sistema de dobramentos Sergipana. In: SIMPÓSIO NACIONAL DE ESTUDOS TECTÔNICOS, 1., 1987. Salvador. Bol. Resumo... Salvador: SBG, 1987, p. 90-93.
- ↑ a b Oliveira R.G. 1998. Arcabouço geotectônico da região da Faixa Riacho do Pontal, Nordeste do Brasil: dados aeromagnéticos e gravimétricos. Dissertação de Mestrado, Universidade de São Paulo, São Paulo, 157 p.
- ↑ Santos, E. J., 1995. O Complexo granítico Lagoa das Pedras: acresção e colisão na região de Floresta (Pernambuco), Província Borborema. Instituto de Geociências, Universidade de São Paulo, São Paulo, Tese de Doutorado, 219p.
- ↑ Cavalcante, J. C. 1999. Limites e Evolução Geodinâmica do Sistema Jaguaribeano, Província Borborema, Nordeste do Brasil. Dissertação de Mestrado, 194p.
- ↑ Geologia, Tectônica e Recursos Minerais do Brasil - Serviço Geológico do Brasil-CPRM. 2003
- ↑ Mendonça, J.C.G.S.; Braga, A.P.G.; Netto, R.N.; Silva, R.J.A. Mapa geológico da região de Itataia. NUCLEBRÁS. 1983