Psicologia organizacional
Esta página cita fontes confiáveis e independentes, mas que não cobrem todo o conteúdo. (Agosto de 2013) |
A Psicologia Organizacional, inicialmente denominada como Psicologia Industrial, estuda os fenômenos psicológicos presentes nas organizações. Mais especificamente, atua sobre os problemas organizacionais ligados à gestão de recursos humanos (ou gestão de pessoas).
23,6% dos psicólogos trabalham na área organizacional, o que a torna a segunda maior área da psicologia.[1]
A psicologia organizacional está ligada a empresas atualmente, seja no bem-estar de cada um dos colaboradores, até mesmo nas emoções geradas num ambiente de trabalho.
Tradicionalmente, as principais áreas da psicologia organizacional são: recrutamento, seleção de pessoal, treinamento e diagnóstico organizacional. Entretanto, as relações de trabalho mais recentes com o advento das empresas de base tecnológica com modelos de negócios inovadores (as Startups) e a disseminação de tecnologias da informação digital, tem aberto espaço para novas aplicações da psicologia organizacional nas empresas e instituições.
Algumas das principais atividades do psicólogo organizacional:
- Analisar cargos e salários;
- Realizar seleção e recrutamento de novos funcionários;
- Aplicação de testes psicológicos (atividade exclusiva para psicólogo);
- Realizar pesquisa sobre os sentimentos e emoções dos funcionários;
- Organizar o treinamento de habilidades dos profissionais;
- Organizar um clima organizacional mais eficaz;
- Resolver situações de conflitos entre funcionários;
- Projetar sistema de avaliação de desempenho;
- Avaliar a eficácia de uma prática específica;
- Promover qualidade de vida no trabalho;
- Realizar Ambientação ou Tutorização Organizacional de novos funcionários.
OrganizaçãoEditar
De acordo com a definição de Daft, organizações são entidades sociais, dirigidas por metas e desenhadas como sistemas de atividades deliberadamente estruturados e coordenados, ligados ao ambiente externo, onde um conjunto de profissionais trabalha para chegar a um objetivo comum.
História da Psicologia OrganizacionalEditar
Antes de fazerem parte de temas de estudo na Psicologia, questões como mente, alma, espírito, eram privilegio dos Filósofos e dos Religiosos. Somente em finais do século XIX é que a Psicologia começa a disputar um espaço na Ciência. No que se refere à relação de trabalho, a Revolução Industrial e a Revolução Francesa, foram determinantes para entendermos a Psicologia Organizacional que conhecemos hoje. É neste período turbulento que começa a desestruturação do sistema feudal e surgem trabalhadores independentes que criavam seus trabalhos com suas ferramentas. Sena e Silva (2004) mostra que assim como muitos saberes psicológicos, a psicologia industrial se forma no período das duas grandes guerras mundiais. Ela começa a obter seu reconhecimento no ano de 1924. Neste mesmo período foram feitas pesquisas para saber as condições de trabalho e foi nesse ínterim que começou a se pensar em novas formas de se trabalhar Com o surgimento da industrialização, o trabalhador começa a tornar-se empregado, ele ainda “tinha” certo controle sobre o produto, que só surgiria dependendo do ritmo de trabalho desse trabalhador. Contudo, com o surgimento das máquinas, essas interferências foram diminuindo. O homem tinha agora que obedecer ao ritmo da produção maquinal. Antes do surgimento da Psicologia Industrial, os trabalhadores também estavam se tornando mecânicos, uma vez que as empresas detinham o conhecimento científico e o utilizava uma forma que controlasse os trabalhadores. Segundo Brown, 1976. pg 23) “ ... a estrutura toda da industria, suas tradições e superstições, têm sido aceitas quase sem perguntas e tem-se a impressão de que os seres humanos, foram feitos para adaptar-se à industria, em vez de suceder o contrário”. A partir dos anos 50, a denominação de Psicologia Organizacional, começa a tomar corpo, a junção dos saberes da sociologia e a antropologia com o da psicologia, influenciaram assim para o crescimento da psicologia social.
Publicações importantes na áreaEditar
- Industrial and Organizational Psychology: Perspectives on Science and Practice
- Academy of Management Journal
- Academy of Management Perspectives
- Academy of Management Review
- Human Performance
- Journal of Applied Psychology
- Journal of Management
- Journal of Occupational and Organizational Psychology
- Journal of Occupational Health Psychology
- Journal of Organizational Behavior
- Journal of Personnel Psychology
- Personnel Psychology
- The Industrial-Organizational Psychologist
- Work & Stress
- Organizational Research Methods
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ BASTOS, A.V.B. Áreas de atuação — em questão nosso modelo profissional. In. CFP. Quem é o Pisicólogo Brasileiro?, São Paulo: Edicon, Educ, 1988. p. 163-192.
Ligações externasEditar
- Sociedade Brasileira de Psicologia Organizacional e do Trabalho - SBPOT
- Canadian Society for Industrial and Organizational Psychology
- European Academy of Occupational Health Psychology
- Professional I-O Psychologist Network (you can post messages and/or read and reply to others' postings; organized by topic; maintains anonymity via use of avatars)
- I/O Careers (search and discussion site for employment in the I-O field)
- Research on Organizations: Bibliography Database and Maps
- Society for Industrial and Organizational Psychology
- Society for Occupational Health Psychology
BibliografiaEditar
- Bergamini, C.W. (2006). Psicologia Aplicada à Administração de Empresas: Psicologia do Comportamento Organizacional, 4. ed. São Paulo: Atlas.