Renault do Brasil, anteriormente Renault do Brasil Automóveis, é a subsidiária brasileira da montadora francesa Renault. Foi criada em 1998,[4] e é o quinto fabricante de automóveis do país em vendas. Em 2012, o Brasil foi o segundo maior mercado da Renault.[5]

Renault do Brasil
Renault do Brasil
Razão social Renault do Brasil S.A.
Empresa de capital fechado
Slogan Passion for life (Paixão pela vida)
Atividade Automotiva
Gênero Subsidiária
Fundação 1998 (26 anos)
Sede São José dos Pinhais,  Paraná,  Brasil
Proprietário(s) Renault (99,96%)[1][2]
Governo do Estado do Paraná (0,04%)[2]
Presidente Ricardo Gondo[3]
Empregados 5 739 (2023)[1]
Empresa-mãe Renault Group
Subsidiárias Renault do Brasil Comércio e Participações
Ativos Aumento R$ 9.21 bilhões (2022)[2]
Lucro Aumento R$ 423 milhões (2022)[2]
LAJIR Aumento R$ 548 milhões (2022)[2]
Faturamento Aumento R$ 14.3 bilhões (2022)[2]
Website oficial www.renault.com.br

História editar

Renault estava presente no Brasil desde a década de 1960, através de uma parceria com a empresa americana Willys Overland, que produziu sob licença carros da montadora francesa. No final de 1961 Willys introduziu a Interlagos, uma cópia do Alpine A110,[6] produzindo também outros modelos, como o Dauphine[7] e o Dauphine Gordini, até 1968. Naquele ano Willys Overland vendeu suas operações a Ford do Brasil, que herdou o "projeto M". Este projecto, desenvolvido pela Renault e parceria Willys, resultou no lançamento do Ford Corcel, um carro cujo estilo pode ser considerado, grosso modo, uma versão americanizada do Renault 12 com um motor de CH1.[6]

Na década de 1970, o Brasil terminou importações de automóveis e Renault não retornou até 1992, quando as operações argentinos e brasileiros da empresa foram tomadas pela holding COFAL. Em 1997, a Renault retomou o controle de suas operações na Argentina e no Brasil.[8] Em 1998, abriu o complexo industrial Ayrton Senna, em São José dos Pinhais, Paraná,[9] com o objetivo de financiar a construção das instalações Renault concordaram em dar ao Estado do Paraná uma participação de 40 por cento na troca de 1,2 bilhões de dólares. Apesar de seu sucesso, o acordo encontrou algum dissenso político.[10]

Operações editar

O complexo Ayrton Senna, com 2,5 milhões de metros quadrados, consiste de uma fábrica de automóveis de passageiros (carroceria e montagem) abriu em 1998; uma fábrica de motores, Mecânica Mercosul, aberto em 1999, e uma fábrica de veículos comerciais ligeiros (VCL), operado em conjunto com Nissan.[9]

Em agosto de 2011, a Renault anunciou um plano de investimentos de R$ 1,5 bilhões para expandir a produção para 320.000 veículos em 2015. Em 2011, o crescimento brasileiro da Renault foi sete vezes maior do que a média do mercado, com 194,300 veículos vendidos e uma quota de mercado de 5,7 por cento. Naquele ano, a empresa produziu 256.200 carros e vans e 332.000 motores.[11]

Cerca de 41% dos carros, motores e peças produzidos são exportados, com destinos como as filiais da Renault na Argentina (22%), Colômbia (13%), Romênia e México (4%).[11]

Em 2 de agosto de 2012, a Renault anunciou seus planos para expandir Mecânica Mercosul volume de produção de 25% até 2013.[12]

Renault Design America Latina editar

Em abril de 2008, a Renault inaugurou em São Paulo seu primeiro centro de design nas Américas.[13] Esse centro projetou o conceito Sand'Up, que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2008,[14] Também concebeu o conceito Sandero Stepway em 2010 e colaborou no design do Duster.[9] O centro também projetou o D-Cross (um conceito baseado no Duster), que foi apresentado no Salão do Automóvel de São Paulo de 2012.[15] O estúdio de design também modificou a produção do Sandero e do Logan para adaptá-los aos mercados locais.[9]

Carros fabricados editar

Ver também editar

Referências

  1. a b «Universal Registration Document 2023» (PDF) (em inglês). Renault IR. Consultado em 23 de abril de 2024 
  2. a b c d e f «Demonstração Financeira 2022» (PDF). Renault do Brasil. 31 de março de 2023. Consultado em 23 de abril de 2024 
  3. «Ricardo Gondo». Sala de Imprensa Renault. Consultado em 23 de abril de 2024 
  4. Julio Cesar (5 de setembro de 2013). «Carros para sempre: Renault 19 marcou o retorno dos franceses ao Brasil». UOL. Consultado em 1 de março de 2016 [ligação inativa]
  5. Alyne Bittencourt (18 de janeiro de 2012). «Renault bate recorde de vendas no mundo e Brasil já é segundo mercado». UOL. Consultado em 1 de março de 2016 
  6. a b «Willys». Consultado em 4 de outubro de 2012 
  7. Joel Wolfe (2010). Autos and Progress: The Brazilian Search for Modernity. The Multinational Solution: Oxford University Press. p. 121. ISBN 978-0-19-517457-1 
  8. «Habrá una Renault Mercosur». Varela, Luis. clarin.com. 11 de abril de 1997. Consultado em 4 de outubro de 2012 
  9. a b c d «Renault in Brazil». Renault. Consultado em 4 de outubro de 2012 
  10. Pedro Conceição (2002). Knowledge for Inclusive Development. [S.l.]: Greenwood Publishing Group. p. 344. ISBN 1567204449 
  11. a b «Lucros das montadoras vão balizar as negociações salariais e de PLR dos metalúrgicos da Grande Curitiba». Simec.com.br. 21 de março de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2012 
  12. «Renault SA To Boost Motor Production In Brazil By 25%». reuters.com. Reuters. 2 de agosto de 2012. Consultado em 4 de outubro de 2012 
  13. «Renault Design America Latina». Ozler, Levent. Carscoop.com. 22 de abril de 2008. Consultado em 4 de outubro de 2012 
  14. «Renault Sand'Up Concept Premieres at Sao Paulo Motorshow». Ozler, Levent. Dexigner. 27 de outubro de 2008. Consultado em 5 de outubro de 2012. Arquivado do original em 17 de fevereiro de 2010 
  15. «2012 São Paulo Motor Show: Novo Clio, Fluence GT and D-Cross in the spotlight». Renault Blog. 22 de outubro de 2012. Consultado em 6 de novembro de 2013 

Ligações externas editar

 
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