Rui Araújo (político brasileiro)

político brasileiro
 Nota: Para o jornalista português, veja Rui Araújo. Para o político timorense, veja Rui Maria de Araújo. Para o escritor português, veja Rui Ângelo Araújo.

Rui Araújo (Recife, 4 de dezembro de 1900Manaus, 26 de julho de 1969) é um advogado, juiz de direito, promotor de justiça e político brasileiro radicado no Amazonas, estado onde foi vice-governador.[nota 2][1][2][3]

Rui Araújo
Rui Araújo (político brasileiro)
Rui Araújo
Vice-governador do Amazonas
Período 1967-1969
Antecessor(a) Cargo inexistente[nota 1]
Sucessor(a) Carvalho Leal
Deputado federal pelo Amazonas
Período 1951-1955
Deputado estadual pelo Amazonas
Período 1963-1967
Dados pessoais
Nascimento 4 de dezembro de 1900
Recife, PE
Morte 26 de julho de 1969 (68 anos)
Manaus, AM
Alma mater Universidade Federal do Amazonas
Cônjuge Helena Araújo
Partido PSD (1945-1965)
ARENA (1966-1969)
Profissão advogado, juiz de direito, promotor de justiça

Dados biográficos

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Filho de Francisco Pedro de Araújo Filho e Francelina Barbosa de Araújo. Radicado no Amazonas desde 1904, trabalhou na Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos quando era estudante. Nos idos da Revolução de 1930 diplomou-se advogado pela Universidade Federal do Amazonas sendo nomeado juiz de direito para uma jurisdição que se estendia de Humaitá a Guajará-Mirim, cidade rondoniense que na época integrava o território de Mato Grosso.[nota 3][4] Consultor jurídico da Estrada de Ferro Madeira-Mamoré, retornou ao Amazonas onde foi promotor de justiça em cidades do interior e mais tarde desempenhou as funções de delegado e chefe de polícia nos governos de Álvaro Maia e Nelson de Melo. Em 1935 o presidente Getúlio Vargas o nomeou promotor do Instituto de Aposentadorias e Pensões dos Comerciários, órgão no qual trabalhou até se aposentar. Como o regresso de Álvaro Maia ao Palácio Rio Negro na condição de interventor federal, foi nomeado secretário-geral do estado.[nota 4] Durante Segunda Guerra Mundial presidiu a Comissão Estadual de Defesa Passiva Antiaérea e também a Comissão de Abastecimento e Preços, deixando o poder após o fim do Estado Novo.[2]

Filiado ao PSD foi derrotado ao disputar o governo amazonense em 1947 e 1954, todavia elegeu-se deputado federal em 1950 e deputado estadual em 1962. Escolhido presidente da Assembleia Legislativa por seus colegas, foi reconduzido ao cargo anos mais tarde e também escolhido presidente do diretório estadual da ARENA.[5] Renunciou ao mandato ao ser eleito vice-governador do Amazonas na chapa de Danilo Areosa em 1966. Primeiro ocupante do cargo desde a promulgação da Constituição de 1946, exerceu-o em conjunto com a presidência do legislativo estadual graças às leis vigentes.[6][nota 5] Faleceu em pleno exercício de suas funções vitima de um ataque cardíaco.[1][7][8][9]

Irmão do político André Araújo e pai do jornalista Francisco Pedro de Araújo Neto, correspondente do Jornal do Brasil em Roma entre 1958 e 2001 e que trabalhou em outros veículos de imprensa.[10]

Notas

  1. Como vice-governador, Rui Araújo era também presidente da Assembleia Legislativa do Amazonas, e com sua morte a mesma foi comandada por Rafael Faraco e Homero de Miranda Leão, substitutos constitucionais de Danilo Areosa.
  2. Por vezes grafado Ruy Araújo.
  3. O atual estado de Rondônia foi criado em 1943 sob o nome de "Território Federal do Guaporé" adotando seu nome atual em 1956.
  4. Este cargo permitiu-lhe assumir interinamente as funções de interventor federal e equivalia ao atual cargo de vice-governador.
  5. Ter o vice-governador do estado como presidente do Poder Legislativo era uma analogia ao dispositivo constitucional que assegurava ao vice-presidente da República a função de presidente do Congresso Nacional. Revogado pela Emenda Constitucional Número Um de 1969, tal direito vigeria nos estados por mais seis anos.

Referências

  1. a b «Banco de dados do Tribunal Superior Eleitoral». Consultado em 28 de julho de 2017 
  2. a b «Câmara dos Deputados do Brasil: deputado Rui Araújo». Consultado em 31 de março de 2018 
  3. Morreu Ruy Araújo (online). Jornal do Commercio, Manaus (AM), 27/07/1969. Capa. Página visitada em 29 de julho de 2017.
  4. BRASIL. Presidência da República. «Decreto-lei n.º 5.812 de 13/09/1943». Consultado em 28 de julho de 2017 
  5. ARENA e MDB pedirão registro esta semana como partidos (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 06/03/1966. Primeiro caderno, p. 03. Página visitada em 28 de julho de 2017.
  6. Amazônia é cobiçada, diz Areosa (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 01/02/1967. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 28 de julho de 2017.
  7. Crise do Amazonas chegou ao fim sem que ninguém perdesse (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 15/08/1964. Primeiro caderno, p. 03. Página visitada em 28 de julho de 2017.
  8. Amaral Peixoto eleito presidente da Assembléia (sic) com abstenção da ARENA (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 12/03/1966. Primeiro caderno, p. 04. Página visitada em 28 de julho de 2017.
  9. Falece o vice do Amazonas (online). O Estado de S. Paulo, São Paulo (SP), 30/07/1969. Geral, p. 04. Página visitada em 28 de julho de 2017.
  10. Rui Araújo recebe em Manaus honras de democrata autêntico (online). Jornal do Brasil, Rio de Janeiro (RJ), 29/07/1969. Política, p. 03. Página visitada em 28 de julho de 2017.