Saipã
Saipã[1][2][3] (em inglês: Saipan) é a maior das Ilhas Marianas do Norte, uma cadeia de quinze ilhas tropicais pertencentes ao Arquipélago das Marianas, no oceano Pacífico ocidental. Capital do protetorado norte-americano das Marianas, tem uma área de 115,39 km² e uma população de 48 220 habitantes (censo dos Estados Unidos de 2010), estimada em 2017 em 52 263 habitantes.
Saipã Saipan | |
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Vista aérea de Saipã | |
Coordenadas: | |
Localização de Saipã | |
Geografia física | |
País | Marianas Setentrionais |
Arquipélago | Ilhas Marianas |
Ponto culminante | 475 m (Monte Tapochau) |
Área | 115,4 km² |
Geografia humana | |
População | 52 263 (2017) |
Densidade | 452,9 hab./km² |
Mapa de Saipã |
Sendo um dos pontos turísticos mais procurados do Pacífico, Saipã se estende por 20 km de comprimento e 9 km de largura, 200 km ao norte de Guam. O lado oeste da ilha é coberto de praias arenosas e de uma barreira de corais que forma uma grande lagoa. Seu litoral leste é coberto de escarpas rochosas e de recifes. O Monte Tapochau, uma pequena montanha coberta de visgo, é o seu ponto culminante, com 474 m de altitude.
As línguas mais faladas são o inglês e o idioma nativo chamorro, usado por cerca de 20% da população. Áreas ainda não desenvolvidas da ilha são cobertas por uma densa floresta seca chamada Tangan-Tangan. Entre as dezenas de frutas e produtos agrícolas cultivados pelos fazendeiros e pelas famílias locais, os mais importantes são banana, coco, mamão, pimenta vermelha, raízes de taro e manga. A pesca esportiva é bastante praticada fora do litoral, onde dezenas de pequenos barcos pescam atum e outras espécies de peixes da região.
História e atualidade
editarSaipã e suas vizinhas Guam, Tinian e outras pequenas ilhotas que se estendem ao norte do arquipélago, foram habitadas pela primeira vez cerca de 2000 a.C. No século XVI, os espanhóis foram os primeiros europeus a travarem contato com os nativos, os Taotaomonas – hoje chamados de Chamorros, um povo com uma mistura de sangue taotaomona e espanhol – e anexaram Saipã à Espanha como parte das Marianas.
Por volta de 1815, nativos de outras partes das Ilhas Marianas se estabeleceram em Saipã, enquanto os chamorros se encontravam aprisionados em Guam, o que causou uma grande perda de direitos e de terras destes naturais da ilha. Entre 1899 e 1914, Saipã esteve sob administração alemã, passando ao controle japonês após a I Guerra Mundial, por mandato da Liga das Nações. Durante seu período de administração, os japoneses desenvolveram largamente as indústrias de pesca e açúcar na região e a fortaleceram militarmente nos anos 30, o que resultou na presença de mais de 30 mil soldados em Saipã por ocasião da eclosão da Guerra do Pacífico e a entrada dos Estados Unidos na Segunda Guerra Mundial em dezembro de 1941. Em razão disso, em 15 de junho de 1944, durante a ofensiva aliada contra o Império do Japão no Pacífico, os marines dos Estados Unidos desembarcaram no sudoeste da ilha para retomá-la das tropas japonesas, numa batalha de três semanas de duração que ficou conhecida na história da Segunda Guerra Mundial como a Batalha de Saipã.
Após a agregação da Comunidade das Ilhas Marianas aos Estados Unidos em 1986, em que ficou definido que algumas das leis federais norte-americanas, principalmente quanto a impostos, não seriam aplicadas na região, o turismo floresceu em Saipã e demais ilhas do arquipélago, com a construção de inúmeros hotéis, se tornando o principal fator econômico do local.
Foram inauguradas fábricas têxteis que empregam trabalhadores estrangeiros deram margem a grande controvérsia e crítica nos EUA por causa das condições de trabalho de seus empregados. Estas fábricas fornecem o mercado norte-americano com vestuário a preços mais baixos graças à isenção de tarifas e são rotuladas com Made in USA. Desde 2002, entretanto, a maioria delas passou a usar o rótulo Made in Northern Mariana Islands, USA.
Referências
- ↑ Serviço das Publicações da União Europeia. «Anexo A5: Lista dos Estados, territórios e moedas». Código de Redacção Interinstitucional. Consultado em 19 de janeiro de 2012
- ↑ Macedo, Vítor (Primavera de 2013). «Lista de capitais do Código de Redação Interinstitucional» (PDF). Sítio web da Direcção-Geral da Tradução da Comissão Europeia no portal da União Europeia. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias (n.º 41). 10 páginas. ISSN 1830-7809. Consultado em 23 de maio de 2013
- ↑ Paixão, Paulo (Verão de 2021). «Os Nomes Portugueses das Aves de Todo o Mundo» (PDF) 2.ª ed. A Folha — Boletim da língua portuguesa nas instituições europeias. ISSN 1830-7809. Consultado em 13 de janeiro de 2022