Esquilo

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 Nota: "Serelepe" redireciona para este artigo. Para esquilo existente na Mata Atlântica, veja caxinguelê. Para outros significados, veja Esquilo (desambiguação).

Os esquilos pertencem a uma grande família de mamíferos roedores, de pequeno e médio porte, conhecida como Sciuridae. No Brasil, são também conhecidos como serelepe, caxinguelê, caxinxe[1], quatimirim[2], quatipuru[2], agutipuru[3] ou acutipuru[4]. Na Galiza e em algumas zonas de Portugal, também são conhecido por esquio[5]. Os esquilos estão espalhados por quase todo o mundo, a maioria nas zonas de climas temperado ou tropical, mas também em algumas zonas de clima frio. Como todos os roedores, possuem presas fortíssimas, com que roem facilmente sementes, principalmente bolotas.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaEsquilo
Diversas espécies de esquilos
Diversas espécies de esquilos
Estado de conservação
Espécie pouco preocupante
Pouco preocupante
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Classe: Mammalia
Ordem: Rodentia
Família: Sciuridae
Subdivisões
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Etimologia editar

"Esquilo" é uma palavra com origem no termo grego skioúros[6]. "Caxinguelê" é oriundo do termo quimbundo kaxinjiang'elê, que significa "rato de palmeira"[1]. "Quatimirim" origina-se do termo tupi kwa'ti mi'rim, que significa "quati pequeno"[2]. "Acutipuru", "agutipuru" e "quatipuru" vêm do termo tupi acutipu'ru, que significa "cutia enfeitada"[4].

Comportamento editar

As sementes são as principais fontes de alimentação, mas também consomem insetos e frutas. Quando coletam alimento, enterram algumas sementes que encontram, sendo que algumas chegam a germinar, como pinhões e coquinhos, acabando por plantar árvores como araucária e jerivá.

Durante a gestação, os pais preparam o ninho para receber os filhotes. Constroem ninhos com folhas e galhos, em ramos muito altos, em árvores como a cajarana, para abrigarem as suas crias da chuva e do vento.

Classificação editar

Sciuridae é uma família de mamíferos roedores que inclui cerca de 279 espécies classificadas em 51 gêneros.

Características editar

Depois de 28 dias de gestação, nascem 4 ou 5 filhotes (no máximo 7) duas vezes por ano[7]. O seu tamanho varia muito, desde os pequenos esquilos Myosciurus pumilio, que têm de 7 a 10 cm de comprimento, às grandes marmotas da espécie Marmota marmota, que têm de 53 a 73 cm de comprimento (com a cauda).

Tipos editar

Um dos vários esquilos dentro do campus Keele da York University.

Arborícolas editar

 Ver artigo principal: Esquilo florestal

Os esquilos arborícolas correspondem à imagem que idealizamos do que seja um esquilo. São animais de hábito diurno, com os sentidos bem apurados e com uma anatomia bastante adaptada à vida nas copas das árvores, onde se sentem mais seguros de predadores terrestres. Embora os esquilos arborícolas passem 90% da sua vida nas alturas, por vezes podem ser encontrados no solo da floresta, procurando por alimento que tenham armazenado anteriormente, mas sempre alertas ao mínimo ruído ou movimento, pois essa prevenção lhes é, muitas vezes, vital. Como espécies arborícolas, podem ser citados: o esquilo-vermelho-euroasiático (Sciurus vulgaris), o esquilo-cinzento-americano (Sciurus carolinensis), o esquilo-peruano (Sciurus igniventris), o esquilo-tricolor (Callosciurus prevostii), entre muitas outras, sendo a maior família de esquilos.

Voadores editar

 Ver artigo principal: Esquilo-voador

Os esquilos voadores são também esquilos arborícolas, no entanto são uma família com bastantes particularidades. Esta família de esquilos é de hábitos noturnos, tendo para tal olhos grandes e bem desenvolvidos. Os esquilos voadores têm também uma anatomia muito característica, tendo uma membrana de pele que percorre o seu corpo, unindo as patas dianteiras às traseiras, o que lhes possibilita fazer voos planados de uma árvore para outra, diferentemente do que algumas pessoas pensam que eles realmente voam, mas eles direcionam o voo com o auxilio da cauda achatada que funciona como leme.

Também ao contrário dos esquilos arborícolas, os esquilos voadores muito raramente descem ao solo, pois a sua membrana não lhes permite uma boa deslocação e rapidez, deixando-os bastante vulneráveis aos predadores. Espécies voadoras são o esquilo-voador-euroasiático (Pteromys), esquilo-voador-do-sul (Glaucomys volans), esquilo-voador-de-norte (Glaucomys sabrinus), esquilo-voador-gigante-vermelho (Petaurista petaurista), etc.

Terrestres editar

 Ver artigo principal: Esquilo-terrestre

Os esquilos terrestres são diurnos e fazem túneis debaixo do solo, onde constroem os seus ninhos, estando para isso fisicamente adaptados. São animais com patas desenvolvidas para escavar, orelhas pequenas que permitem maior liberdade de movimento nos túneis e, como não necessitam se equilibrar, a cauda é mais curta. A grande maioria das espécies de esquilos terrestres vive em colônias e cada membro do grupo tem um papel a desempenhar, o que faz desse tipo de esquilo o mais inteligente de todos os tipos de esquilo. Como espécies terrestres, podem ser citados: o cão-da-pradaria (Cynomys), o esquilo-terrestre-de-richardson (Spermophilus richardsonii), o esquilo-siberiano (Tamias sibiricus), a Marmota (Marmota) etc.[1]

Referências

  1. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.376
  2. a b c FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.1 427
  3. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.69
  4. a b FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.43
  5. Verbete "esquio" no dicionário Priberam.
  6. FERREIRA, A. B. H. Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Segunda edição. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1986. p.711
  7. «Esquilo». InfoEscola. Consultado em 25 de fevereiro de 2022 
  • HOFFMAN, R. S.; THORINGTON, R. W. Family Sciuridae. In: WILSON, D. E.; REEDER, D. M. (Eds.). Mammal Species of the World: A Taxonomic and Geographic Reference. 3. ed. Baltimore: Johns Hopkins University Press, 2005. v. 2, p. 754-818.
 
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