Sorcaquetani[1] Begui (em mongol médio: ᠰᠣᠷᠬᠠᠭᠲᠠᠨᠢ ᠪᠡᠬᠢ; em mongol: Соркактани; romaniz.: Sorkaktani ou Sorqaqtani), chamada em fontes franciscanas de Serectã ou Seroctã (em latim: Serectan; Seroctan),[2] foi uma nobre mongol do século XIII.

Sorcaquetani
Sorcaquetani
Iluminura de Raxidadim de Hamadã do século XIV representando Sorcaquetani
Morte 1252
Cônjuge Tolui Cã
Descendência
Pai Jaca Gambu

Sorcaquetani nasceu em data incerta e era filha de Jaca Gambu, irmão mais novo de Tugril. Em 1203, quando Temujim (r. 1206–1227) conquistou o Canato Queraíta, foi dada a seu filho de dez anos Tolui como esposa e da união nasceram Mangu (1209), Cublai (1215), Hulagu (1217) e Arigue. Quando Tolui faleceu em 1232, seu irmão Oguedai Cã (r. 1229–1241) fez da viúva a chefe do ulus (apanágio) do falecido. Foi nessa posição que os cronistas Ata Maleque Juveini e Raxidadim de Hamadã descreveriam-na como exemplo de mulher de prudência e sabedoria. O apanágio de Tolui englobava a maior parte dos territórios mongóis no norte da China e planalto Iraniano. O franciscano João de Plano Carpini, em visita à corte mongol em 1246, afirmou que era a mulher mongol mais famosa depois de Toreguene e a nobre mais poderosa depois de Batu Cã.[3]

Embora durante toda sua vida uma nestoriana da Igreja do Oriente, financiou a construção duma madraça (escola islâmica) em Bucara e doou esmolas a cristãos e muçulmanos. Teve papel central na formação de seus filhos e sempre agiu em nome deles, embora evitou quaisquer movimentos no reinado de Guiuque Cã (r. 1246–1248) que pudessem ser entendidos como partidários. Em 1248, quando o grão-cã transferiu sua corte ao oeste, Sorcaquetani notificou Batu de que o grão-cã estava marchando para atacá-lo, o que ajudou a cimentar a aliança entre seus filhos e Batu contra os herdeiros de Oguedai. Com a morte súbita de Guiuque, enviou seu filho Mangu ao curiltai (assembleia) convocado por Batu, onde foi escolhido como próximo grão-cã. Nos anos seguintes, esteve ativa ajudando Mangu a consolidar seu poder. Em fevereiro ou março de 1252, adoeceu e morreu.[4]

Referências

  1. EBM 1960.
  2. Carpini 1965, p. 161.
  3. Atwood 2004, p. 511-512.
  4. Atwood 2004, p. 512.

Bibliografia

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  • Atwood, Christopher P. (2004). Encyclopedia of Mongolia and the Mongol Empire. Nova Iorque: Facts On File, Inc. 
  • Carpini, João de Plano (1965). Histoire des Mongols. Traduzido por Becquet, J.; Hambis, L. Paris: Adrien-Maisonneuve 
  • «Mongóis». Enciclopédia Brasileira Mérito [EBM] Vol. 13. São Paulo: Mérito S.A. 1960