O Dia
O Dia é um jornal diário publicado na cidade do Rio de Janeiro, no Brasil.[1][2] Seu preço em banca é R$ 2,00 (segunda-feira a sábado) e R$ 4,00 (domingo).
O Dia | |
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Periodicidade | diário |
Formato | Standard |
Sede | Rio de Janeiro |
País | Brasil |
Preço | R$ 2,00 (segunda-feira a sábado), R$ 4,00 (domingo) |
Editor-chefe | Bruno Ferreira |
Idioma | Português |
Página oficial | O Dia |
História
editarO jornal foi fundado em 5 de junho de 1951 pelo então deputado Chagas Freitas, futuro governador dos estados da Guanabara e do Rio de Janeiro.
Chagas utilizava o equipamento gráfico do vespertino A Notícia (de propriedade do ex-governador paulista Ademar de Barros) para rodar o jornal. Chagas era sócio e aliado político de Ademar na época.
Na ocasião do Golpe de Estado no Brasil em 1964, o jornal publicou reportagem publicada em 2 de abril daquele ano, em que afirmava:
“ | A população de Copacabana saiu às ruas, em verdadeiro carnaval, saudando as tropas do Exército. Chuvas de papéis picados caíam das janelas dos edifícios enquanto o povo dava vazão, nas ruas, ao seu contentamento | ” |
Em 1983, O Dia foi comprado pelo jornalista e empresário Ary Carvalho. Inicialmente um veículo de forte apelo popular, voltado para notícias policiais e de violência, o jornal passou por ampla reforma no início da década de 1990, com a intenção de competir por leitores com os mais tradicionais.
Com o falecimento de Ary Carvalho em 2003, a propriedade da empresa foi divida entre suas três filhas: Ariane, Gigi e Eliane de Carvalho.
Em 2005, Ariane deixou a sociedade para fundar o jornal Q!, levando junto a rádio MPB FM.
Nesta altura, a Editora O Dia incluia ainda o jornal Meia Hora, o portal O Dia Online, a TV O Dia e a rádio FM O Dia, além de uma agência de notícias e do Instituto Ary Carvalho. Em abril de 2010 a Editora O Dia vendeu parte do seu capital para a EJESA, Empresa Jornalística Econômico SA, que publica o Brasil Econômico, por US$ 75 milhões.
Já com a EJESA, a Editora O Dia lança o desportivo MarcaCampeão - em parceria com o jornal líder espanhol Marca. Em 2019 o jornal ganhou um processo que o presidente Jair Bolsonaro movia contra o jornal.
Nas eleições de 2018 o jornal publicou uma sátira, onde a cabeça do presidente Jair Bolsonaro é inserida em uma suástica (que é associada ao Nazismo) com a indagação: "e ninguém vai dizer nada?" Bolsonaro entrou com um processo contra o jornal. A relatora do processo deu causa ganha para o jornal, argumentando que o presidente não se ofendeu quando circulou sua foto ao lado de uma pessoa fantasiada com o que parece ser Adolf Hitler.[4]
Cadernos
editarCaderno D
editarEm meados de 1988, o jornal O Dia apresentou um novo tipo de caderno: o Caderno D, que atualmente é conhecido como O Dia D. O caderno trazia diariamente guias da programação televisiva, piadas, jogo de erros e palavras cruzadas, e também tiras de quadrinhos diárias. As primeiras tiras deste caderno foram:
- Pelezinho: Um personagem do desenhista Maurício de Sousa, que representava o Rei Pelé em sua juventude. Essa série de tiras foi cancelada em 1990, dando lugar a outras. Pelezinho teve suas revistas nos anos 70 e 80 (canceladas em 1987), mas é atualmente um personagem esquecido.
- Vereda Tropical: Uma série de tiras realizadas pelo desenhista Nani, que satiriza a situação político-social cotidiana do Brasil. Os personagens principais são: Veizim, um velho índio amarelo de cabelos brancos; Turuna, um índio de pele alaranjada e cabelos pretos; e Fernandias, um personagem há alguns anos esquecido nessa tira, e que é uma paródia de Fernão Dias. Esta série de tiras é a única que estreou junto com o Caderno D e permanece até hoje no mesmo.
- Dr. Baixada: Uma série de tiras, (hoje já esquecida) realizada pelo desenhista Luscar. Apresentava um personagem chamado Dr. Baixada, um homem baixo, vestido com um chapéu preto, óculos escuros e roupas pretas, que talvez fosse uma paródia do famoso Tenório Cavalcanti. Também retratava situações político-socias cotidianas brasileiras como Vereda Tropical, mas não durou muito tempo, sendo cancelada em 1990.
- Fujoão: Uma série de tiras realizada pelo cartunista Nivaldo, que esteve presente no Caderno D do início até 1990.
Design de notícias
editarJá pelo lado visual, o "Caderno D" sempre foi pioneiro e suas capas são referência no cenário do design de notícias brasileiro. A criatividade e a ousadia são características do caderno diário.
Empresas do Grupo
editar- Televisão
- TV O Dia
- Rádio
- Impresso
- Antigas empresas
Prêmios
editarPrêmio ExxonMobil de Jornalismo (Esso), Prêmio Tim Lopes e Embratel/Claro
editar- 1991: Esso Regional Sudeste, concedido a Alexandre Medeiros, pela série "Fome na Baixada"
- 1996: Esso Regional Sudeste, concedido a João Antônio Barros, pela obra "Os 162 Carelis da Polícia"[5]
- 1997: Esso Regional Sudeste concedido a Albeniza Garcia e Equipe, pela obra "Infância a Serviço do Crime"[6]
- 1998: Esso de Criação Gráfica, na categoria jornal, concedido a André Hippertt e Renata Maneschy, pela obra "Infância Perdida"[7]
- 1999: Esso de Criação Gráfica, na categoria jornal, concedido a André Hippertt e Renata Maneschy, pela obra "O Ppreço da Liberdade"[8]
- 2002: Esso de Reportagem, concedido a Sérgio Ramalho, pela reportagem "Morto Sob Custódia"[9]
- 2003: Esso Regional Sudeste, concedido a João Antônio Barros, Bartolomeu Brito e Márcia Brasil, pela reportagem "Crime Sobre Rodas"[10]
- 2004: Esso de Fotografia, concedido Carlos Moraes, pela reportagem "Ataque a Helicóptero: Reação, Fuga e Execução"[11]
- 2005: Esso Regional Sudeste, concedido a Pedro Landim, Fábio Varsano, Sérgio Ramalho, Aluizio Freire e Equipe, pela reportagem "Chacina"[12]
- 2006: Esso Regional 3, concedido a Mônica Pereira e equipe, pela reportagem "Venda de Cadastros de Aposentados"[13]
- 2008: Esso Especial de Primeira Página, concedido a Alexandre Freeland, André Hippertt, Breno Girafa, Ana Miguez e Luisa Bousada, pela reportagem "Cientistas Brasileiros Fazem Alerta: Mais Terremotos Vêm Aí"[14]
- 2009: Esso Especial de Primeira Página, concedido a André Hippertt, Karla Prado e Alexandre Freeland, pela reportagem "A Faixa Preta Hoje é de Luto"[15]
- 2010: Esso de Fotografia, concedido a Alexandre Vieira, pela obra "Faroeste Carioca"[16]
- 2013: Prêmio Tim Lopes de Jornalismo Investigativo, concedido a Alexandre Medeiros, com a série "A seca tem rosto, nome e sobrenome"
- 2014: Prêmio Embratel/Claro, categoria Reportagem, concedido à equipe do Jornal O Dia pela série "50 anos do golpe militar"
- Prêmio Vladimir Herzog de Jornal
Ano | Obra | Veículo de mídia | Autor | Resultado |
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2002 | "Quando a vida tem preço" | O Dia | Sérgio Ramalho Araújo | Venceu[17] |
- Menção Honrosa do Prêmio Vladimir Herzog por Jornal
Ano | Obra | Veículo de mídia | Autor | Resultado |
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2014 | 'As Confissões do Coronel Malhães" | Jornal O Dia – Rio de Janeiro | Juliana Dal Piva | Venceu[18] |
- Outros
Ver também
editarReferências
- ↑ Solange Garrido da Costa (2005). «Cartas de Leitores do gênero discursivo porta-voz (de queixa, crítica e denúncia) do Jornal O Dia». SOLETRAS - Revista do Departamento de Letras da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. ISSN 2316-8838. Consultado em 5 de abril de 2017. Cópia arquivada em 5 de abril de 2017
- ↑ Leonel Azevedo de Aguiar (2008). «Entretenimento : valor-notícia fundamental (Especialmente página 24)». Estudos em Jornalismo e Mídia da Universidade Federal de Santa Catarina. ISSN 1984-6924. doi:10.5007/1984-6924.2008v5n1p13. Consultado em 5 de abril de 2017. Cópia arquivada em 5 de abril de 2017
- ↑ O Dia, 2 de abril de 1964.
- ↑ «Charge que associou Bolsonaro a nazismo é satírica e não ofende a honra, diz TJ do Rio». ANJ. Consultado em 17 de outubro de 2019
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 1996». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 1997». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 1998». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 1999». Prêmio Esso. Consultado em 26 de março de 2020. Arquivado do original em 26 de julho de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2002». Prêmio Esso. Consultado em 23 de março de 2020. Arquivado do original em 21 de julho de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2003». Prêmio Esso. Consultado em 23 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2004». Prêmio Esso. Consultado em 23 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2005». Prêmio Esso. Consultado em 24 de março de 2020. Arquivado do original em 12 de agosto de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2006». Prêmio Esso. Consultado em 24 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2008». Prêmio Esso. Consultado em 25 de março de 2020. Arquivado do original em 11 de agosto de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2009». Prêmio Esso. Consultado em 25 de março de 2020. Arquivado do original em 10 de agosto de 2010
- ↑ «Prêmio Esso de Jornalismo 2010». Prêmio Esso. Consultado em 25 de março de 2020. Arquivado do original em 6 de agosto de 2011
- ↑ «Globo ganha prêmio Vladimir Herzog com a reportagem sobre a menina Raynara». Jornal Nacional. Rede Globo. 17 de outubro de 2002. Consultado em 3 de abril de 2020. Cópia arquivada em 3 de abril de 2020
- ↑ IVH Julio (29 de outubro de 2014). «36º Prêmio Jornalístico Vladimir Herzog de Anistia e Direitos Humanos». Vladimir Herzog. Consultado em 1 de abril de 2020. Cópia arquivada em 1 de abril de 2020
- ↑ «Equipe do jornal carioca O Dia recebe prêmio da SIP». Abraji. 16 de setembro de 2018. Consultado em 14 de novembro de 2019. Cópia arquivada em 14 de novembro de 2019
Ligações externas
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