O jogo de xadrez é comummente dividido em três fases: Abertura, Meio-jogo, e Final.[1] Existe um amplo corpo de teorias relativas as formas de jogar xadrez em cada uma dessas fases, especialmente nas aberturas e finalizações. Aqueles que escrevem teorias do xadrez, que são frequentemente também grandes jogadores, são denominados 'teoristas' ou 'teóricos'.

A 'teoria de abertura' se refere frequentemente à consensos, amplamente representados na literatura corrente sobre aberturas.[2] A 'teoria de finalização' consiste em elaborações relativas à posições específicas, ou posições de um tipo similar, apesar de que há poucos princípios universalmente aplicáveis.[3] 'Teoria de meio-jogo' se refere frequentemente à máximas ou princípios aplicáveis ao meio do jogo.[4] A tendência moderna, entretante, é atribuir maior importância à análise de uma posição específica do que à princípios gerais.[5]

O desenvolvimento da teoria em todas essas áreas foi promovido pela vasta literatura sobre o jogo. Em 1913, o historiador do xadrez H. J. R. Murray escreveu em sua magnum opus de 900 páginas, A History of Chess, que, "O jogo possui uma literatura que provavelmente excede em conteúdo a de todos os outros jogos combinados"[6] Ele estimou que no seu tempo o "número total de livros sobre xadrez, revistas de xadrez, e jornais que dedicam espaço regular ao jogo provavelmente excedem 5.000".[7] Em 1949, B. H. Wood estimou que o número cresceu para cerca de 20.000.[8][9] David Hooper e Kenneth Whyld escreveram em 1992 que, "Dado que houve um aumento anual do número de publicações sobre xadrez. Ninguém sabe quantos foram publicados..."[8] A maior biblioteca de xadrez do mundo, a Coleção John G. White[10] na Biblioteca Pública de Creveland, contém mais de 32.000 livros e revistas, incluindo mais de 6.000 volumes de periódicos de xadrez.[11][12]

Referências editar

  1. John Watson, Secrets of Modern Chess Strategy: Advances Since Nimzowitsch, Gambit Publications, 1998, p. 10. ISBN 1-901983-07-2. ISBN 0-486-20290-9.
  2. David Hooper and Kenneth Whyld, The Oxford Companion to Chess, Oxford University Press, 2nd ed. 1992, p. 418 ("theory" entry). ISBN 0-19-866164-9.
  3. Hooper and Whyld, p. 418.
  4. Watson, Secrets of Modern Chess Strategy, p. 10.
  5. Watson, Secrets of Modern Chess Strategy, p. 11.
  6. H. J. R. Murray, A History of Chess, Oxford University Press, 1913, p. 25. ISBN 0-19-827403-3. This quote is also given in Hooper and Whyld, p. 229 ("literature of chess" entry).
  7. Murray, p. 25 n. 1.
  8. a b Hooper and Whyld, p. 229.
  9. See B. H. Wood, "Books About Chess", Illustrated London News, 1949, reprinted in Fred Reinfeld (editor), The Treasury of Chess Lore, Dover, 1959, pp. 268-70.
  10. «The World's Greatest Chess Library». Consultado em 21 de abril de 2008. Cópia arquivada em 2 de setembro de 2008 
  11. Cleveland Public Library, Special Collections Arquivado em 2009-03-05 no Wayback Machine
  12. Special Chess Records (Susan Polgar)