Tithorea harmonia caissara

Tithorea harmonia caissara é uma subespécie de Tithorea harmonia, uma borboleta neotropical da família dos ninfalídeos (Nymphalidae), subfamília dos itomiíneos (Ithomiinae). É endêmica do Brasil.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaTithorea harmonia caissara
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Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Superclasse: Hexapoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Nymphalidae
Subfamília: Ithomiinae
Tribo: Tithoreini
Gênero: Tithorea
Espécie: T. harmonia
Nome binomial
Tithorea harmonia
(Zikán, 1941)

Distribuição e habitat editar

Tithorea harmonia caissara é uma subespécie de Tithorea harmonia e ocorre no sudeste do Brasil, desde o leste do estado de São Paulo ao norte do Espírito Santo, passando por Minas Gerais e Rio de Janeiro, nas encostas da Serra da Mantiqueira. Há registros recentes nos municípios paulistas de Serra Negra, Atibaia, Jundiaí e Mogi das Cruzes. Habita altitudes médias (de 600 a 900 metros) no Planalto Paulista e nas zonas de serra. Comparado a outra subespécie, Tithorea harmonia pseudethra, prefere lugares mais frios a altos. Voa em ambientes semiabertos em florestas preservadas, geralmente próximas a vales úmidos de pequenos rios de serra. Ao longo de sua extensão, ocorre em três áreas de conservação: Reversa Municipal da Serra do Japi, Parque Nacional do Itapetinga - Grota Funda e Parque Nacional do Itatiaia.[1]

Ecologia e conservação editar

Tithorea harmonia caissara visita flores brancas e vermelhas de diversas espécies, mas em especial da família das rubiáceas (Rubiaceae). Os juvenis preterem Prestonia coalita e P. acutilofia, das apocináceas (Apocynaceae), como plantas hospedeiras. Como outras espécies e subespécies, sofre diretamente por conta da perca e degradação de habitat por origem antropogênica. Além disso, hibridiza com muita facilidade com Tithorea harmonia pseudethra, o que pode contribuir para o desaparecimento de suas colônias.[1] Em 2005, foi avaliada como vulnerável na Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo;[2] em 2010, como em perigo na Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais;[3] em 2014, como em perigo no Livro Vermelho da Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo[4] e como vulnerável na Portaria MMA N.º 444 de 17 de dezembro de 2014;[5] e em 2018, como vulnerável no Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio)[6][7] e como possivelmente extinto na Lista das Espécies da Fauna Ameaçadas de Extinção no Estado do Rio de Janeiro.[8]

Referências

  1. a b «Plano de Ação Nacional para a Conservação dos Lepidópteros Ameaçados de Extinção» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Série Espécies Ameaçadas (13): 61. Cópia arquivada (PDF) em 26 de abril de 2022 
  2. «Lista de Espécies da Fauna Ameaçadas do Espírito Santo». Instituto de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA), Governo do Estado do Espírito Santo. Consultado em 7 de julho de 2022. Cópia arquivada em 24 de junho de 2022 
  3. «Lista de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna do Estado de Minas Gerais» (PDF). Conselho Estadual de Política Ambiental - COPAM. 30 de abril de 2010. Consultado em 2 de abril de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 21 de janeiro de 2022 
  4. Bressan, Paulo Magalhães; Kierulff, Maria Cecília Martins; Sugleda, Angélica Midori (2009). Fauna Ameaçada de Extinção no Estado de São Paulo - Vertebrados (PDF). São Paulo: Governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Infraestrutura e Meio Ambiente do Estado de São Paulo (SIMA - SP), Fundação Parque Zoológico de São Paulo. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 25 de janeiro de 2022 
  5. «PORTARIA N.º 444, de 17 de dezembro de 2014» (PDF). Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMbio), Ministério do Meio Ambiente (MMA). Consultado em 24 de julho de 2021. Cópia arquivada (PDF) em 12 de julho de 2022 
  6. «Livro Vermelho da Fauna Brasileira Ameaçada de Extinção» (PDF). Brasília: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Ministério do Meio Ambiente. 2018. Consultado em 3 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 3 de maio de 2018 
  7. «Tithorea harmonia caissara (Zikán, 1941)». Sistema de Informação sobre a Biodiversidade Brasileira (SiBBr). Consultado em 22 de abril de 2022. Cópia arquivada em 3 de maio de 2022 
  8. «Texto publicado no Diário Oficial do Estado do Rio de Janeiro contendo a listagem das 257 espécies» (PDF). Rio de Janeiro: Governo do Estado do Rio de Janeiro. 2018. Consultado em 2 de maio de 2022. Cópia arquivada (PDF) em 2 de maio de 2022