Usuário(a):José Osvaldo Henrique Corrêa/Testes
Gabriel Giannattasio (Pedrinhas Paulista, 3 de agosto de 1961) é um historiador brasileiro e membro do Conselho Nacional de Educação (empossado em 04/08/2020)[1][2][3]. Desde 1995, é docente concursado na área de Teoria da História, junto a Universidade Estadual de Londrina. É doutor em História pela Universidade Federal do Paraná, tendo realizado pós-doutorado pela Université de Provence Aix-Marseille I, na França. É mestre em História pela Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp- Assis, onde, também obteve sua graduação em História. Dedicado ao tema ‘como escrever a História?’, Giannattasio têm direcionado seus estudos as matérias da liberdade, liberdade ideológica, tolerância de pensamento, campo acadêmico brasileiro, pós-modernismo, pensamento trágico, Romantismo[4] e Teoria da História, com especial atenção ao francês Donatien Alphonse François de Sade, conhecido como Marquês de Sade[5] — sendo considerado um dos maiores especialistas a seu respeito no Brasil[6] —, e ao alemão Friedrich Wilhelm Nietzsche.
Biografia
editarNascido no interior paulista caipira, Gabriel Giannattasio possui profundas raízes da cultura ancestral Partenopea, cujas manifestações estéticas e das formas vida lhes são caras. É filho de Giovanni e Gerardina Giannattasio e irmão de Diana e Giampaolo Giannattasio, todos italianos da Campânia que imigraram para o Brasil logo após o fim da Segunda Guerra Mundial, instalando-se em Pedrinhas Paulista, então comunidade habitada predominantemente por italianos recém-chegados. Iniciou sua trajetória acadêmica tendo ingressado no curso de Engenharia, na Universidade Federal de Uberlândia, curso que abandonou após quase três anos, em 1982, inscrevendo-se, na mesma instituição, para o curso de História. Apesar de ter sido aprovado nos exames, não o concluiu o curso para se transferir para a cidade de Assis, onde sua família passou a residir. Lá, em 1985, após realizar novo exame de admissão para o curso de História, ingressou na Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (Unesp), onde concluiu a graduação e Mestrado na área.
Reflexões
editarO diálogo entre a História e a Filosofia sempre foi a ênfase de suas atenções, que o levou a produzir inúmeros trabalhos no campo da História das Ideias, Teoria da História e História Cultural. Seus trabalhos correspondentes as obtenções de graus acadêmicos foram publicados, como sua dissertação de Mestrado sob forte influência foucaultiana, publicada pela Eduel sob o título ‘A tirania da norma: Estado e movimento operário’, e sua tese de Doutorado, publicada pela editora Imaginário e intitulada ‘Sade, um anjo negro da modernidade’. Posteriormente, teve, também, publicadas suas pesquisas de pós-doutorado.
Concebeu, produziu e dirigiu os programas ‘Estação Raul’[7][8] — que foi ao ar pela Rádio UEL-FM entre 2010 a 2013 — e ‘Estação Assum Preto’, também veiculado na Rádio UEL-FM, entre 2015 e 2016. Em 2009, coordenou o evento intitulado ‘Como chama isso? Nomear é dar forma ao mundo’[9][10], que aconteceu em diferentes espaços da cidade de Londrina, voltado a refletir sobre a problemática da Linguagem.
Outro evento de considerável relevância para o cenário intelectual londrinense foi o ‘Cabaret Valentino’[11], uma espécie de cabaré filosófico que, em cada uma de suas três edições até então realizadas (2012, 2014 e 2016), dedicou-se a uma temática diferente, trazendo ao debate importantes nomes do cenário nacional como Luiz Felipe Pondé, Viviane Mosé[12] e Xico Sá.
Publicou ainda os ensaios ‘Próxima parada: o haras humano’ (2004) e ‘O corpo em Sade e Nietzsche: ou, quem sou eu, agora?’ (2012)[13]. Traduziu para a língua portuguesa e publicou cartas do Marquês de Sade, no livro ‘Cartas de Vincennes: um libertino na prisão’ (2009) [14][15][16]. Organizou a obra ‘Epistemologias da História: verdade, linguagem, realidade, interpretação e sentido na pós-modernidade’ (2011). E, buscando apresentar seu pensamento a partir de outras formas de expressão mais artísticas, escreveu ‘Palavras peladas, almas penadas’ (2009). Em 2007, obteve a livre-docência com a produção ‘O corpo entre a linguagem e o silêncio: o caso Nietzsche’.[17] Em 2019, passou a organizar e coordenar o projeto que, posteriormente, se constituiu em um movimento: 'UEL, a casa da tolerância'[18][19]‘UEL, a casa da tolerância’, com o objetivo de promover o diálogo, o debate entre pensamentos diferentes e a diversidade ideológica na universidade.[20] Nos últimos anos, buscou transformar este turbulento período histórico recente em uma reflexão sobre as narrativas historiográficas, convidando alguns historiadores a refletir sobre o panorama intelectual de nossa época. Essas reflexões se constituíram em uma obra coletiva, lançada em 2019 sob sua coordenação, com o título ‘A história, esta cortesã’[21], uma obra que pretende — “considerando que até agora a historiografia foi, grosso modo, pensada e inspirada nos modelos rankeano e marxista, no século XIX, e annalista, no século XX —, dar um passo além e adequar a produção historiográfica aos novos tempos, remontando às dores do parto que promoveram o nascimento deste campo do conhecimento. Pensar uma velha nova História, capaz de dar amplo abrigo, nas condições de nosso tempo, à dimensão ficcional presente em nosso fazer”[22]
Em 4 de agosto de 2020, foi empossado como membro do Conselho Nacional de Educação.[23][24][25][26]
Frases
editar- “O passado vivido é uma experiência real, cruel, inescapável e única, mas é, também, nossa íntima desconhecida. O passado contado é todo uma outra história...”[27]
- “Passamos a reconhecer a importância das versões da História, de seu processo de montagem, de suas escolhas, de seu enredo. As versões passaram a concorrer com os fatos e estes se tornaram mais um elemento a compor o processo de produção das narrativas, consagrando a ideia de que “não há fatos, só interpretações”. Numa historiografia pós-moderna, as guerras são de narrativas, e não conflitos em que a verdade está em jogo. Como interpretar um conflito?”[28]
- “O corpo, ao longo da história humana, foi uma espécie de espectro, ora posto em evidência, ora estigmatizado. Foi lido, em alguns momentos, como a fortuna, em outros, como a desgraça que devíamos suportar. Objeto da filosofia, da teologia, da história e da ciência, não cansou de assombrar e desafiar todas as formas anunciadas de sua domesticação. O fenômeno com o qual nos deparamos contemporaneamente, nada mais é que o atual esforço formulado pelo conhecimento humano para captura-lo [...]. À clássica pergunta ‘o que pode o corpo’, [...] o ocidente moderno, em particular, oscilou entre dar uma resposta que leva em consideração as forças acumuladas pela cultura e os instrumentos de uma sociedade civilizada, e/ou oferecer, ao dilema, as técnicas de aprimoramento e melhoramento das raças.”[29]
- “O pensamento sadiano move-se em meio a dicotomias, busca os extremos, pois alcançá-los é a única forma de aplacar as paixões naturais. Os caminhos cobertos por flores ocultam espinhos. A virtude solicita a presença do vício, tanto quanto o algoz clama por sua vítima. [...] É sob esta perspectiva que a alcova observa o desenrolar dos infortúnios da virtude, de um lado, e das propriedades do vício, de outro. Os homens não devem, portanto, abominar a crueldade, pois esta é tão necessária à civilização quanto as tenras paixões cultivadas como valores sublimes, tais como a fraternidade, caridade e a bondade. Estas dualidades são faces de uma mesma moeda, uma alimenta, e se alimenta ao mesmo tempo da outra. Como se o mal fosse o coadjuvante necessário para o triunfo do bem. Em Sade, Lúcifer ainda habita regiões do paraíso. Entretanto, há equilíbrio em Sade, e este se constrói na busca do excesso, na harmonia dos pares conflitantes no desafio permanente que o estoico impõe ao epicurista e vice-versa. Mas este equilíbrio não é da ordem do humano, não é ele que o estabelece e sim a natureza.”[30]
- "A cada etapa tateamos um percurso diferente, estabelecemos relações, encontramos causas e apontamos respostas. Mas, descobrimos, ao cabo de cada tentativa, a provisoriedade dos nossos juízos. No caso de Sade, cada interprete constrói seu próprio trajeto, faz da leitura a memória de sua danação. Uma espécie de diário, no qual registra, passo a passo, os momentos de sua perdição."[31]
- "O prazer necessita do interdito. [e os romances licenciosos do século XVIII] Trata-se de uma literatura permeada pela inversão dos papéis, uma espécie de carnavalização dos valores, a partir da qual todo princípio, toda rigidez, toda fixação torna-se alvo do escárnio e maldizer: o clero depravado, a aristocracia devassa, a jovem ingênua e seduzida goza fartamente enquanto suplica e implora que não a fodam. Os fracos tornam-se fortes, os santos, pecadores, e os humilhados, gozadores. Há, portanto, uma espécie de declaração universal dos direitos do homem anunciada a partir da experiência na alcova."[32]
- “O real/ insuportável/pede ao homem um tratamento teratológico/transformar o monstruoso/num animal de estimação/assim nasceu o ‘homo sapiens’/este animal doméstico que nos tornamos.”[33]
- “Paradoxos do contemporâneo: ‘ser diferente é normal’.”[34]
- “Para tudo aquilo que é a linguagem cala/Deus é aquele que é/e ao ser nomeado/ele próprio se humaniza/Nós humanos pelo contrário/somos aqueles que não somos/somos um meio/um intervalo/uma pausa/E como o silêncio é constrangedor há sempre aquele que anuncia/’nossa que silêncio’!/Cala-te!/o homem é filho da pausa e do constrangimento divino.”[35]
Obras
editarGIANNATTASIO, Gabriel. Tirania da norma: Estado e movimento operário. Londrina: Eduel, 1997. ISBN: 85-7216-052-3.
GIANNATTASIO, Gabriel. Sade: um anjo negro da modernidade. São Paulo: Imaginário, 2000. ISBN: 85-85362-57-X.
GIANNATTASIO, Gabriel. Próxima parada: o haras humano. Londrina: Atrito Art, 2004. ISBN: 85-98015-06-7.
GIANNATTASIO, Gabriel. Cartas de Vincennes: um libertino na prisão. Londrina: Eduel, 2009. ISBN: 978-85-7216-505-1.
GIANNATTASIO, Gabriel. Palavras peladas, almas penadas. Londrina: E-lectra & Kan, 2009. ISBN: 978-85-62586-00-2.
GIANNATTASIO, Gabriel (Org.). Epistemologias da História: verdade, linguagem, realidade, interpretação e sentido na pós-modernidade. Londrina: Eduel, 2011. ISBN: 978-85-7216-596-9.
GIANNATTASIO, Gabriel. O corpo em Sade e Nietzsche: ou, quem sou eu, agora? Londrina: Eduel, 2012. ISBN: 978-85-7216-608-9.
GIANNATTASIO, Gabriel (Org.). A História, esta cortesã: historiadores pensam a história numa perspectiva pós-moderna. Curitiba: CRV, 2019. ISBN: 978-85-444-2869-6.
Referências
editar- ↑ Brasil. (4 de agosto de 2020). «Conselho Nacional de Educação – CNE». Ministério da Educação. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ Justus, André (13 de julho de 2020). «PROFESSOR DA UEL VAI INTEGRAR CONSELHO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DO MEC». R7. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ «Bolsonaro nomeia olavista e dono de universidade para Conselho Nacional de Educação». Valor Econômico. 10 de julho de 2020. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ Núcleo de Estudos do Romantismo (NERO). Grupo de Pesquisa Máscaras do Trágico. Disponível em: www.uel.br/grupo-pesquisa/nero/producoes.htm
- ↑ Sade no Brasil. Acervo sobre a recepção do Marquês de Sade no Brasil. Disponível em: http://sadenobrasil.blogspot.com/?zx=9500465400a17da2
- ↑ HAAG, Carlos. Leitor, amigo meu, meu igual, meu irmão. Cartas de Sade foram laboratório em que o marquês engendrou sua filosofia libertária e revelam a sua atualidade. Revista Pesquisa. ago. 2009. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2009/08/01/leitor-amigo-meu-meu-igual-meu-irmao
- ↑ Professor lança "Toca Raul" no Cabaret Valentino. Agência UEL. 19 set. 2014. www.uel.br/com/agenciaueldenoticias/index.php?arq=ARQ_not&FWS_Ano_Edicao=1&FWS_N_Edicao=1&FWS_Cod_Categoria=2&FWS_N_Texto=19885
- ↑ Estação Raul. Disponível em: http://estacaoraul.blogspot.com
- ↑ Evento debate relações entre linguagem e conhecimento. Agência UEL. 24 abr. 2009. Disponível em: www.uel.br/com/agenciaueldenoticias/index.php?arq=ARQ_not&FWS_Ano_Edicao=1&FWS_N_Edicao=1&FWS_Cod_Categoria=2&FWS_N_Texto=7313
- ↑ SATO, Nelson. Linguagem questionada. Folha de Londrina. 04 mai. 2009. Disponível em: www.folhadelondrina.com.br/folha-2/linguagem-questionada-681670.html
- ↑ Cabaret Valentino destaca ciclo de cinema e palestras de escritores. Agência UEL. 02 set. 2014. Disponível em: www.uel.br/com/agenciaueldenoticias/index.php?arq=ARQ_not&FWS_Ano_Edicao=1&FWS_N_Edicao=1&FWS_Cod_Categoria=2&FWS_N_Texto=19733
- ↑ Viviane Mosé filosofa e provoca em especial na UEL FM. Bonde. 30 mar. 2010. Disponível em: www.bonde.com.br/entretenimento/destaque/viviane-mose-filosofa-e-provoca-em-especial-na-uel-fm-137037.html<ref
- ↑ SATO, Nelson. O corpo em evidência. Folha de Londrina. 18 set. 2012. Disponível em: www.folhadelondrina.com.br/folha-2/o-corpo-em-evidencia-818131.html
- ↑ Empenho de um ficcionista para explorar sua identidade. O Estado de S.Paulo, 20 jun. 2009. Disponível em: https://cultura.estadao.com.br/noticias/artes,empenho-de-um-ficcionista-para-explorar-sua-identidade,390485
- ↑ BAROSSI, Rafael. Tradução das Cartas de Sade são publicadas pela UEL. Bonde. 14 abr. 2009. Disponível em: www.bonde.com.br/entretenimento/literatura/traducao-das-cartas-de-sade-sao-publicadas-pela-uel-108061.html
- ↑ HAAG, Carlos. Leitor, amigo meu, meu igual, meu irmão. Cartas de Sade foram laboratório em que o marquês engendrou sua filosofia libertária e revelam a sua atualidade. Revista Pesquisa. ago. 2009. Disponível em: https://revistapesquisa.fapesp.br/2009/08/01/leitor-amigo-meu-meu-igual-meu-irmao
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. O corpo entre a linguagem e o silêncio: o caso Nietzsche. Disponível em: www.uel.br/grupo-pesquisa/nero/arqtxt/NERO-Gabriel-Corpoentrealinguagemeosilencio-Publicacoes.pdf
- ↑ BERNARDI, Guilherme. Para exercitar a tolerância. Folha de Londrina. 17 abr. 2018. Disponível em: www.pressreader.com/brazil/folha-de-londrina/20180417/282127817066879
- ↑ Projeto de extensão da UEL organiza evento para discutir a tolerância. TV UEL. 09 abr. 2018. Disponível em: www.youtube.com/watch?v=IFqR2-GlnHU
- ↑ Projeto de extensão abre série de debates com o tema tolerância. Agência UEL. 10 abr. 2018. www.uel.br/com/agenciaueldenoticias/index.php?arq=ARQ_not&id=26124
- ↑ Professor lança livro sobre história em perspectiva pós-moderna. Agência UEL. 09 mai. 2019. Disponível em: www.uel.br/com/agenciaueldenoticias/index.php?arq=ARQ_not&FWS_Ano_Edicao=1&FWS_N_Edicao=1&FWS_Cod_Categoria=2&FWS_N_Texto=28430
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel (Org.). A História, esta cortesã: historiadores pensam a história numa perspectiva pós-moderna. Curitiba: CRV, 2019.
- ↑ Moraes, Pedro (20 de julho de 2020). «Professor de história da UEL integra Conselho Nacional de Educação». Folha de Londrina. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ «CNE tem novos conselheiros». Associação Nacional das Universidades Particulares. 10 de julho de 2020. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ Jéssica Moura, Renata Mariz. «Presidente nomeia bolsonaristas e olavistas para Conselho Nacional de Educação». O Globo. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ Agência UEL (13 de julho de 2020). «Professor do Departamento de História vai integrar Conselho Nacional de Educação». Agência UEL. Consultado em 4 de agosto de 2020
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel (Org.). A História, esta cortesã: historiadores pensam a história numa perspectiva pós-moderna. Curitiba: CRV, 2019. p. 20.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel (Org.). A História, esta cortesã: historiadores pensam a história numa perspectiva pós-moderna. Curitiba: CRV, 2019. p. 20.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. O corpo em Sade e Nietzsche: ou, quem sou eu agora? [Ensaios]. Londrina: Eduel, 2012. p. 20.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. Sade, um anjo negro da modernidade. São Paulo: Imaginário, 2000. p. 112.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. O corpo em Sade e Nietzsche: ou, quem sou eu agora? [Ensaios]. Londrina: Eduel, 2012. p. 81.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. O corpo em Sade e Nietzsche: ou, quem sou eu agora? [Ensaios]. Londrina: Eduel, 2012. p. 61.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. Palavras peladas, almas penadas. Londrina: E-lectra & Kan, 2009. p. 69.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. Palavras peladas, almas penadas. Londrina: E-lectra & Kan, 2009. p. 37.
- ↑ GIANNATTASIO, Gabriel. Palavras peladas, almas penadas. Londrina: E-lectra & Kan, 2009. p. 39.