Usuário(a):Jardel/Testes/Custe o Que Custar (terceira temporada)

Custe o Que Custar
Informação geral
Formato programa de auditório
Gênero Jornalismo
Humor
Duração 120 minutos
Criador(es) Diego Guebel
Mario Pergolini
Desenvolvedor(es) Cuatro Cabezas
Elenco Danilo Gentili
Felipe Andreoli
Oscar Filho
Rafael Cortez
Monica Iozzi
País de origem  Brasil
Idioma original (em português brasileiro)
Produção
Diretor(es) Gonzalo Marco
Apresentador(es) Marcelo Tas
Marco Luque
Rafinha Bastos
Tema de abertura "Electric Head, Pt.1 (Satan In High Heels Mix)", White Zombie (vinheta de abertura)
"Shoot to Thrill", AC/DC (entrada)
Tema de encerramento "Funky Mama", Danny Gatton
Empresa(s) produtora(s) Eyeworks-Cuatro Cabezas
Localização São Paulo São Paulo
Formato de exibição 480i (SDTV)
Transmissão original 15 de março de 201027 de dezembro de 2010

A terceira temporada do programa de televisão humoristico brasileiro Custe o Que Custar (CQC) foi produzida pela Eyeworks-Cuatro Cabezas e teve exibição pela Rede Bandeirantes a partir de 9 de março de 2009, tendo seu último programa exibido em 27 de dezembro, como uma retrospectiva de fatos que ocorreram no programa ao longo do ano.

Antecedentes e produção editar

A terceira temporada do programa foi anunciada em uma entrevista coletiva realizada em 8 de março.[1] Na coletiva, foram apresentados os quadros Trabalho Forçado, Cidadão em Ação, Luque Responde e Piores Notícias da Semana, além do cenário do programa para a temporada, que trocava o cenário preto (padrão do programa até 2009) para um cenário branco.[2][1][3] Esta temporada estreou em 15 de março[2] e teve seu último episódio ao vivo exibido em 20 de dezembro. O último episódio da temporada, gravado, foi exibido em 27 de dezembro.

Controvérsias editar

Polêmica com a prefeitura de Barueri editar

Na estreia da terceira temporada, que marcou a estreia de Danilo Gentili no quadro Proteste Já, junto com Rafinha Bastos. Nesta primeira matéria, era mostrada a doação de uma televisão LCD, equipada com um sistema GPS instalado posteriormente, que foi doada para uma escola de Barueri, na Grande São Paulo. Através do GPS, foi descoberto que a televisão havia sido desviada para a casa de um dos funcionários da escola.

A matéria causou polêmica por ter sido previamente censurada, através de ação impetrada pelo prefeito de Barueri, Rubens Furlan (PMDB), e aceita pela juíza Nilza Bueno da Silva, da Vara da Fazenda Pública de Barueri. A alegação era de que poderia haver sensacionalismo e por isto a prefeitura deveria ter conhecimento da mesma antecipadamente. O apresentador Marcelo Tas, durante o programa, afirmou que a atitude era considerada censura prévia, pois a matéria foi censurada sem ter sido assistida e, ao contrário do que foi alegado, foi dado o direito de resposta.

A reportagem foi liberada e exibida na semana seguinte, no dia 22 de março de 2010. Um dia depois da estreia da temporada, Danilo Gentili foi à prefeitura de Barueri, onde entrevistou o prefeito Rubens Furlan. Ao ser perguntado sobre a censura da matéria, o político proferiu:

O prefeito recebeu a televisão e entregou um documento de confirmação para Gentili. A entrevista também foi exibida no dia 22 de março, após a exibição do quadro. O desembargador Marrey Uint, da 3ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo, solicitou ao Ministério Público que investigasse possíveis crimes dos envolvidos no caso e divulgou a seguinte declaração, lida por Marcelo Tas durante o programa:

A exibição do quadro fez com que o programa batesse seu recorde no ano, com média de 5 pontos e picos de 9 pontos.[6]

Em junho, o programa foi liberado pela CBF para cobrir a Copa do Mundo, credenciado como programa jornalístico, devido a uma proibição da mesma ao acesso dos programas humorísticos as entrevistas coletivas e treinos do evento, ocasionado à problemas com os humorísticos Legendários e Pânico na TV.[7][8] Felipe Andreoli e Rafael Cortez foram enviados para fazer a cobertura na África do Sul.[9]

CQC 100 editar

Em 14 de junho foi exibido um especial comemorando a centésima edição do programa.[10] Nesta edição, em especial, houve a volta do quadro Repórter Inexperiente com Danilo Gentili (disfarçado) entrevistando Itamar Franco.[11] Sobre o fato, fãs do programa, em 19 de junho, realizaram o Flashmob CQC, organizado por Chris Rodrigues.[12][13]

CQC no Congresso editar

O programa lançou uma campanha para os repórteres do CQC voltarem a fazer reportagens no Congresso Nacional. Eles foram proibidos de ingressar lá sob a alegação de que não seriam jornalistas e, por isso, não teriam o direito expresso de realizar entrevistas lá. Depois de algumas semanas e 260.021 assinaturas, o CQC teve o direito de entrar no Parlamento divulgado em 30 de junho de 2008. Na temporada 2010, Mônica Iozzi substitui Danilo Gentili, que fazia as matérias no congresso para que ele apresentasse o Proteste Já.

Censura editar

Sob a alegação de que os integrantes do programa são muito duros com os políticos e também por problemas com relação aos comentários ditos pelos integrantes, foi noticiado que a direção da Rede Bandeirantes estaria censurando o programa, que deixou de ser ao vivo por um período. Danilo Gentili foi orientado a não comparecer ao movimento "Fora Sarney" que ocorreu em 1 de julho de 2009.

A partir da reportagem exibido 9 de junho de 2011 o CQC entrevistou senador Renan Calheiros (PMDB-AL) perguntou sua presença no conselho de ética:

Depois da entrevista senador Renan Calheiros entrou na sala do senador José Sarney (PMDB-AP) minutos depois, a Polícia do Senado pediu que a equipe do CQC saísse já do senado e proibindo a entrada dos reportes do CQC.

Agressão à equipe do programa editar

Danilo Gentili ao fazer perguntas ao Senador José Sarney foi impedido e após sofreu agressão por parte dos seguranças na reportagem 6 de junho de 2009.

Após fazer pergunta foi agarrado e derrubado pelos seguranças do Senado Sarney.

 
Momento em que Monica Iozzi tenta falar com Nelson Trad.

Em reportagem exibida no dia 14 de junho de 2010, Monica Iozzi e uma equipe do programa foram agredidos pelo deputado federal Nelson Trad (PMDB-MS) enquanto faziam uma reportagem sobre abaixo-assinados no Congresso Nacional. Uma moça que fazia parte da produção do programa era orientada a recolher assinaturas de congressistas, que, em sua maioria, não conferiam o que estavam assinando.[14]

O documento assinado por Trad pedia a inclusão de um litro de cachaça no programa Bolsa Família. Ao ser informado do que se tratava, o deputado se exaltou e xingou a equipe. Monica Iozzi chegou a ser empurrada e um cinegrafista teve a roupa rasgada e parte do equipamento danificado.[15][16] Após o incidente, Nelson Trad abriu investigação e chegou a declarar que a equipe do programa o agrediu.[17]

No dia 17 de junho, em seu blog oficial, o programa divulga a seguinte nota[17]:

Na semana seguinte, no dia 21 de junho de 2010, o programa desmentiu o parlamentar, veiculando a reportagem na íntegra, sem cortes, revelando que a agressão partiu do deputado, e não de quaisquer integrantes do CQC.[18]

  1. a b Fábia Oliveira (8 de março de 2010). «"CQC" estreia na Band com novos quadros e cenários». UOL. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  2. a b Erro de citação: Etiqueta <ref> inválida; não foi fornecido texto para as refs de nome cqc2010
  3. Thiago Mariano (10 de março de 2010). «'CQC' volta com novos quadros». Diário do Grande ABC. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  4. Radar Político (22 de março de 2010). «Após desistir de ação, prefeito de Barueri chama integrantes do CQC de 'babacas'». Estadão. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  5. Redação Vooz (23 de março de 2010). «Prefeito de Barueri chama integrantes do CQC de 'babacas'». Estadão. Vooz. Consultado em 9 de dezembro de 2011 [ligação inativa] 
  6. «Prefeito chama CQC's de babacas e programa bate recorde». Portal AZ. 23 de março de 2010. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  7. «Após confusão com Dunga, CBF veta humoristas em treinos». Portal AZ. 27 de abril de 2010. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  8. Emanuel Colombari (26 de abril de 2010). «CBF veta humoristas em coletivas da Seleção Brasileira». Terra. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  9. Daniel Castro (4 de junho de 2010). «Com aval da seleção, CQC entra ao vivo diretamente da África». Blog do Daniel Castro. R7. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  10. Flávio Ricco (24 de maio de 2010). «CQC terá especial comemorativo na Band». UOL. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  11. «"CQC" completa 100 edições e garante boa audiência». NaTelinha. 15 de junho de 2010. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  12. «Fãs do `CQC´ comemoram 100º programa com flash mob amanhã». eBand. 18 de junho de 2010. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  13. «Fãs do "CQC" fazem flashmob para comemorar cem edições do programa». NaTelinha. 18 de junho de 2010. Consultado em 6 de novembro de 2011 
  14. «Deputado agride cinegrafista e repórter do CQC». ClickPB. 14 de junho de 2010. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  15. «Deputado agride equipe do 'CQC' depois de 'pedir' inclusão da cachaça no Bolsa Família». O Dia Online. 14 de junho de 2010. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  16. Vitor Moreno (14 de junho de 2010). «Deputado agride equipe do "CQC" após assinar pedido de "Bolsa Cachaça"». Ilustrada. Folha Online. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  17. a b «Veja a nota do CQC sobre a agressão do deputado Nelson Trad». Blog do CQC. eBand. 17 de junho de 2010. Consultado em 9 de dezembro de 2011 
  18. Fábio Góis (22 de junho de 2010). «CQC desmente Nelson Trad sobre "agressão"». Congresso em Foco. UOL. Consultado em 9 de dezembro de 2011