Vanessa braziliensis

espécie de inseto

Vanessa braziliensis (denominada popularmente, em língua inglesa, de Brazilian Painted Lady)[2] é uma borboleta neotropical da família Nymphalidae e subfamília Nymphalinae[1], encontrada no Brasil, Venezuela[2], Equador[3], Peru, Bolívia, Paraguai, Uruguai e norte da Argentina.[2] Foi classificada por Frederic Moore, com a denominação de Pyrameis braziliensis, em 1883, de espécime proveniente de São Paulo.[1]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaVanessa braziliensis
V. braziliensis, fotografada em Brusque (SC)
V. braziliensis, fotografada em Brusque (SC)
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Subordem: Papilionoidea
Família: Nymphalidae
Subfamília: Nymphalinae[1]
Género: Vanessa
Fabricius, 1807[1]
Espécie: V. braziliensis
Nome binomial
Vanessa braziliensis
(Moore, 1883)[1]
Sinónimos
Pyrameis braziliensis Moore, 1883
Pyrameis virginiensis var. rubia Staudinger, 1894
Pyrameis huntera ab. dallasi Köhler, 1945[1]
Wikispecies
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Descrição editar

Indivíduos desta espécie possuem as asas com envergadura de 5 a 6 centímetros, de contornos mais ou menos serrilhados e com tonalidades em vermelho, rosa e laranja, vistos por cima; além de apresentar característicos desenhos marmoreados em negro e branco, na metade superior das asas anteriores, e marrom. Vistos por baixo, apresentam, principalmente, desenhos em rosa na parte central das asas anteriores e um par de ocelos, bem visíveis, localizados em uma área de coloração marrom das asas posteriores.[4][5][3][6][7][1]

Hábitos editar

Segundo Adrian Hoskins, esta espécie pode ser encontrada em uma ampla variedade de ambientes antrópicos; ao longo das margens de clareiras, em habitats de floresta secundária e em campos, áreas rochosas áridas, pastagens, jardins e praças, em altitudes de cerca de 1.800 a 3.500 metros. É ativa nas horas quentes do dia, com ambos os sexos tendendo a ser vistos em grupos de até uma dúzia de indivíduos. Se alimentam de néctar floral.[2][8]

Vanessa braziliensis no Chile editar

Em janeiro de 2012, um macho de Vanessa braziliensis foi observado a uma altitude de cerca de 3.300 metros na região das encostas ocidentais da região norte dos Andes chilenos, ao redor da vila de Socoroma, na Província de Parinacota, por Héctor A. Vargas. Posteriormente, em janeiro de 2013, três fêmeas desta espécie foram coletadas em um local a cerca de cinco quilômetros a sudoeste do local de coleta do ano anterior. Estas borboletas estavam visitando pequenas plantas de Gnaphalium (Asteraceae), onde foram detectadas larvas. Este é o primeiro registro desta borboleta no Chile.[9]

Vanessa braziliensis e Vanessa carye editar

Na Região Sul do Brasil, Vanessa braziliensis difere de Vanessa carye por apresentar, em vista superior, duas manchas ocelares em cada asa posterior, enquanto esta última espécie apresenta quatro e é mais alaranjada.[10]

Referências

  1. a b c d e f Savela, Markku. «Vanessa braziliensis» (em inglês). Lepidoptera and some other life forms. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016 
  2. a b c d Hoskins, Adrian. «Brazilian Painted Lady - Vanessa braziliensis (Moore, 1883)» (em inglês). Learn about butterflies. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016 
  3. a b NSG group (28 de maio de 2002). «NW89-7 Vanessa braziliensis» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016. ECUADOR. Macas Guamote, el 2200 m, SystEnt 2011 
  4. Neubauer, Thomas. «Vanessa braziliensis» (em inglês). Butterfly corner. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016 
  5. Lopes, Antonio CBC (16 de dezembro de 2010). «Vanessa braziliensis (Moore, 1883)» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016 
  6. NSG group (28 de maio de 2002). «NW89-10 Vanessa braziliensis» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016. ECUADOR. La Bonita, Sucumbios, el. 2000 m, SystEnt 2011 
  7. «Vanessa braziliensis (Moore, 1883)» (em inglês). Lepidoptera Brasiliensis. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016 
  8. Baldoni, Leonel (25 de dezembro de 2014). «Vanessa braziliensis» (em inglês). Flickr. 1 páginas. Consultado em 25 de novembro de 2016. Chacra Mariposa - Campo Ramón - Misiones 
  9. A. Vargas, Héctor (2013). «First record of Vanessa braziliensis (Moore) (Lepidoptera: Nymphalidae) in Chile» (em inglês). Gayana (Concepc.) vol.77 no.2 Concepción (SciELO). 1 páginas. Consultado em 26 de novembro de 2016 
  10. Muriziasco, Germán (7 de julho de 2015). «Vanessa carye y Dama pintada o Vanessa braziliensis» (em castelhano). Flickr. 1 páginas. Consultado em 27 de novembro de 2016 

Ligações externas editar

 
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