Virgildásio de Senna

político brasileiro, ex-prefeito de Salvador

Virgildásio de Senna (Santo Amaro, 3 de novembro de 1923) é um engenheiro e político brasileiro.[1]

Virgildásio de Senna
50º Prefeito de Salvador
Período abril de 1963
até abril de 1964
Antecessor(a) Heitor Dias Pereira
Sucessor(a) Antonino Cazaes
Deputado federal pela Bahia
Período 1 de fevereiro de 1983
até 31 de janeiro de 1991
(2 mandatos consercutivos)
Dados pessoais
Nascimento 3 de novembro de 1923 (100 anos)
Santo Amaro, Bahia
Nacionalidade brasileiro
Alma mater Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia
Partido PTB (?-1966)
MDB (1966-1979)
PMDB (1980-1988)
PSDB (1988–1992)
Profissão Engenheiro

Biografia editar

Engenheiro formado pela Escola Politécnica da Universidade Federal da Bahia, atuou no Serviço de Obras da Secretaria da Educação da Bahia entre 1948 e 1951, como superintendente de Urbanização da Capital, em Salvador (1959) e secretário municipal de Viação e Obras Públicas do prefeito Heitor Dias Pereira (1959-1961).

Apoiado por Heitor Dias, que era udenista, Virgildásio foi eleito prefeito da capital baiana pelo PTB, em outubro de 1962, sendo empossado em 7 de abril de 1963. Durante a sua gestão como prefeito, concluiu as obras de construção da Avenida Centenário, que liga a Barra ao Dique do Tororó. Virgildásio foi deposto pelo golpe militar de 1964, perdendo o seu mandato como prefeito, e cassado pelo AI-5.[1][2]

Filiou-se ao PMDB após a abertura política e foi eleito deputado federal pelo partido em 1982, sendo reeleito para a Assembleia Nacional Constituinte em 1986.[3]

Em 1988, Virgildásio fundou, junto com outros dissidentes do PMDB, o PSDB, e se candidatou a prefeito pelo novo partido, com o apoio da ala esquerda do PMDB, liderada pelo então governador da Bahia, Waldir Pires. No momento da definição do candidato do PMDB, houve um racha entre o grupo de peemedebistas chamados “históricos”, ligados então à administração de Waldir, e o grupo sob influência do prefeito Mário Kertész e do empresário de comunicação Pedro Irujo. Houve a tentativa, por parte de Kertész, de viabilizar a candidatura do cantor e compositor Gilberto Gil, na época presidente da Fundação Gregório de Mattos, mas o nome não ganhou o apoio de Waldir. Gil desistiu da candidatura e rompeu com o governador.

Além da esquerda peemedebista, Virgildásio recebeu o apoio do PCB, PCdoB, PMN e de setores do PSB, cuja candidata oficial era a então deputada federal Abigail Feitosa. Esta coligação foi batizada de Frente Salvador. É quando surge o radialista Fernando José, apresentador do programa de rádio e TV Balanço Geral, na TV Itapoan, propriedade de Pedro Irujo. De matiz populista, o programa de Fernando José liderava a audiência na Bahia, dentro de uma linha de desqualificação da política e autopromoção. Na disputa interna no PMDB, prevaleceu a aliança Irujo-Kertész contra Waldir. Por esta razão, o ex-prefeito perdeu as eleições de 15 de novembro de 1988 para Fernando José.

Sua trajetória política encerrou em 1991, com o final do mandato de Deputado Federal.

Referências

  1. a b «50 anos do golpe: Prefeito de Salvador é preso e deposto». Portal A TARDE. 9 de março de 2014. Consultado em 13 de abril de 2021 
  2. Dourado, Tatiana Maria (31 de março de 2014). «Idosos, prefeito deposto, torturado e filho de governador falam sobre 1964». G1. Consultado em 13 de abril de 2021 
  3. «Biografia do(a) Deputado(a) Federal VIRGILDÁSIO DE SENNA». Portal da Câmara dos Deputados. Consultado em 13 de abril de 2021 

Precedido por
Heitor Dias Pereira
Prefeito de Salvador
1963 — 1964
Sucedido por
Antonino Cazaes