Amor de Perdição (1921)
Amor de Perdição foi uma adaptação para cinema da obra homónima de Camilo Castelo Branco, realizada por Georges Pallu, em 1921. Foi a primeira vez que a obra de Camilo Castelo Branco foi adaptada ao cinema.[1]
Amor de Perdição | |
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![]() 1921 • p&b • 184 min | |
Realização | Georges Pallu |
Produção executiva | Alfredo Nunes de Mattos |
Argumento | Guedes de Oliveira |
Baseado em | Amor de Perdição, de Camilo Castelo Branco |
Elenco | Pato Moniz António Pinheiro Brunilde Júdice |
Género | drama |
Música | Armando Leça |
Cinematografia | André Lecointe |
Direção de fotografia | Maurice Laumann |
Direção de arte | Henrique Alegria |
Companhia(s) produtora(s) | Invicta Film |
Distribuição | Castello Lopes |
Lançamento | ![]() |
Idioma | mudo (intertítulos em português) |
Orçamento | 95 000 de escudos[1] |

Foi o primeiro filme português a ser distribuído comercialmente nos Estados Unidos,[2] em 1922 como um filme de 4 partes, das 15 originais.[3]
ElencoEditar
- Pato Moniz - Tadeu de Albuquerque
- António Pinheiro - João da Cruz
- Brunilde Júdice Caruson - Mariana da Cruz
- Irene Grave - Teresa de Albuquerque
- Samuel Dinis - Baltasar Coutinho
- Alfredo Ruas - Simão Botelho
- Luis Leitão - Domingos Botelho
- Maria Júdice da Costa - Rita Preciosa
ProduçãoEditar
Naquela que foi a primeira adaptação cinematográfica da obra clássica de Camilo Castelo Branco, Amor de Perdição foi adaptada para o cinema com argumento do jornalista Guedes de Oliveira.[1]
Com um orçamento de cerca de 95 contos de réis, o filme constituiu um esforço de produção, não só devido à precária dimensão da indústria cinematográfica portuguesa de então, como também aos cuidados postos pela Invicta Film, em manter fidelidade ao espírito romanesco do Século XIX, com o realizador Georges Pallu a prodigalizar todas as qualidades de espectáculo e realismo da expressão por imagens.[1]
A rodagem do filme deu-se entre Março e Junho de 1921,[2] dividindo-se entre os Solares da Portela e dos Condes da Regaleira, Casa do Engenho Novo em Porto Brandão, e Universidade de Coimbra, respeitando a indumentária estudantil de então.[1]
Restauro e ReexibiçãoEditar
Para assinalar os cem anos da estreia do filme nos cinemas portugueses, Amor de Perdição foi exibido em formato de filme-concerto nos coliseus de Lisboa e do Porto, com a banda sonora original composta por Armando Leça, reconstruida e adaptada pelo pianista e compositor Nicholas McNair, com a colaboração dos musicólogos Manuel Deniz Silva e Bárbara Carvalho, da Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa, numa iniciativa conjunta com a Cinemateca Portuguesa.[4][5][6]
Ver tambémEditar
Referências
- ↑ a b c d e «Cinema Português». cvc.instituto-camoes.pt. Consultado em 5 de setembro de 2020
- ↑ a b Nascimento, Frederico Lopes / Marco Oliveira / Guilherme. «Amor de Perdição». CinePT-Cinema Portugues. Consultado em 5 de setembro de 2020
- ↑ «Love of Perdition (1921) - IMDb». Consultado em 5 de setembro de 2020
- ↑ Gaudêncio, Mário Lopes, Rui. «"Amor de Perdição", 1921: a história de um filme e sua banda-sonora». PÚBLICO. Consultado em 26 de março de 2022
- ↑ Arte351, Equipa (13 de novembro de 2021). «AMOR DE PERDIÇÃO faz cem anos e regressa ao ecrã com música ao vivo». Arte351 - Art Magazine Portugal. Consultado em 26 de março de 2022
- ↑ «Cem anos de ″Amor de perdição″ no Coliseu». www.jn.pt. Consultado em 26 de março de 2022
Ligações externasEditar
- Ficha do filmeem CinePT-Cinema Portugues
- Amor de Perdiçãoem Internet Movie Database