Antônio Henrique Cardim
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Antônio Henrique Cardim (Pernambuco, 3 de outubro de 1868 — Rio de Janeiro, 26 de outubro de 1926) foi um militar brasileiro.
Antônio Henrique Cardim | |
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Foto da Officialidade de 1924 | |
Dados pessoais | |
Nome completo | Antônio Henrique Cardim |
Nascimento | 3 de outubro de 1868 Pernambuco |
Morte | 26 de outubro de 1926 (58 anos) Rio de Janeiro |
Nacionalidade | Brasileiro |
Vida militar |
Filho do Bacharel em Direito Manoel Henrique Cardim e de Dona Senhorinha do Valle Cardim, virou praça no dia 19 de março de 1888, e em maio de 1889, matriculou-se na Escola Militar, onde tirou o curso Geral de Armas e recebeu o grão de Bacharel em Sciências.
Foi promovido a:
- 2º Tenente em 1893
- 1º Tenente em 1900
- Capitão em 1908
- Major em 1918
- Tenente-Coronel em 1921
- Coronel em 1924
Prestou serviços de guerra:
- de 7 de março a 19 de abril e de 6 de setembro, tudo de 1893, a 13 de março de 1894;
- de 8 de junho de 1894 a 31 de janeiro de 1895;
- de 30 de outubro de 1917 a 11 de fevereiro de 1918.
O seu último comando foi a Fortaleza de Santa Cruz da Barra, em Niterói, no Rio de Janeiro, onde prestou valiosos serviços a legalidade, no período de abril a dezembro de 1923, sendo comandante do 1º Grupo de Artilharia da Costa, 1º GACos e destacando-se pelo comando da unidade durante o episódio da sublevação do Encouraçado São Paulo. Anteriormente havia chefiado em Curitiba a 5ª Circunscrição de Recrutamento, alterada para 8ª Circunscrição de Recrutamento, que atualmente é 15ª Circunscrição de Serviço Militar.
Seus restos encontram-se sepultados no Cemitério de São João Batista, no bairro de Botafogo, na cidade do Rio de Janeiro.
Histórico da Vida Militar
editarCaderneta de Official, Modelo nº 1, Fé-de-Ofício Biografia assinada pelo Coronel Joaquim Thomas dos Santos e Silva Filho, com rascunho de Cel. Nicoláu Antônio da Silva. Quartel na Fortaleza de São João, Rio de Janeiro, em 4 de Setembro de 1916.
- 1888
- Março. A 17, assentou praça voluntariamente no 14º Batalhão de Infantaria.
- Maio. A cinco, embarcou com destino a Côrte, onde chegou a 12, ficando addido ao 7º Batalhão de Infantaria, e incluído na 3ª Companhia, a 16.
- Junho. Por portaria do Ministério da Guerra foi mandado servir no Corpo de Alunnos da Escola Militar da Côrte.
- Dezembro. A 21, foi transferido para o 22º Batalhão de Infantaria.
- 1889
- Abril. A 11, foi mandado encostar ao 11º Batalhão de Infantaria.
- Maio. A primeiro matriculou-se nas aulas[ligação inativa] do curso preparatório da Escola Militar do Ceará.
- Outubro. A 22, baixa na Enfermaria. Alta a 26.
- Novembro. A dois, baixou a Enfermaria. *Dezembro. A sete, teve alta. A 24, seguiu para Pernambuco em gozo de trez mezes (três meses) de licença que obteve para tratamento de saúde.
- 1890
- Fevereiro. A um, declarou-se ter sido aprovado no ano anterior, plenamente em aritmética e álgebra, simplesmente em geometria prática e desenho linear, correspondentes ao 1º ano escolar. **Março. A 11, apresentou-se da licença por sofrer de beri-beri. A 20, embarcou para a Capital Federal.
- Abril. A 10, foi desligado da Escola Militar do Ceará, por ter sido transferida a sua matrícula para a da Capital Federal, apresentando-se na mesma data a esta Escola e declarando desistir do resto da licença que obteve a 15 de março.
- Setembro. A 20, foi transferida a sua matrícula para a Escola Militar do Rio Grande do Sul, devido ao seu grave estado de saúde, apresentando-se ao comando desta Escola, a quatro.
- Outubro. A seis, foi incluído na 1ª Companhia da Escola Preparatória e de Táctica de Porto Alegre, declarando-se ter sido aprovado plenamente em alemão, geometria, trigonometria e simplesmente em noções de sciencias physicas e naturais e na prática do curso preparatório, concluindo assim, o Curso Preparatório pelo regulamento de 12 de Abril de 1890.
- 1891
- Março. A 18, foi declarado ter sido matriculado no 1º ano do Curso Geral.
- Maio. A 14, foi excluído da Escola, em virtude do artigo 145 do regulamento em vigor, sendo mandado apresentar ao 4º Regimento de Cavalaria.
- Outubro. Pelo comando do 6º Distrito Militar, foi mandado servir addido ao 5º Regimento de Cavalaria, para onde seguiu, a 23.
- Dezembro. A 24, obteve licença para matricular-se na Escola Militar do Rio Grande do Sul. A 30, foi reincluído na Escola, por aviso do Ministério da Guerra, de 28.
- 1892
- Janeiro. A 19, foi incluído do 5º Regimento por ter-se matriculado na Escola Militar.
- Fevereiro. A quatro, baixa a Enfermaria, alta a dez.
- Outubro. A seis, declarou-se ter sido aprovado simplesmente na prática de Cavalaria.
- Dezembro. A 22, declarou-se ter sido aprovado plenamente em geometria geral.
- Janeiro. A dois, baixou a Enfermaria. A 21, declarou-se ter sido, no ano anterior, aprovado plenamente em cálculos diferencial e integral, e a 26, plenamente em geometria descritiva. A 29, teve alta da Enfermaria.
- Março. A dois, foi matriculado no 2º ano do curso geral. A 28, baixou a Enfermaria. Alta a um de abril.
- abril. A 19 deste mês foi excluído da Escola por ter sido a sua matrícula transferida para a Escola Militar da Capital Federal. A 24, apresentou-se a esta Escola, sendo incluído, como extranumerario, na 1ª Companhia de Alunos.
- Setembro. Por decreto, de cinco, foi promovido ao posto de Segundo-Tenente para a arma de Artilharia, sendo incluído no estado efetivo do Corpo de Alunos, como addido. Por portaria, de 12, foi classificado no 4º Batalhão de Artilharia de Posição.
- 1894
- Abril. A 13, foi por ordem verbal do Ministério da Guerra,[1], mandado apresentar-se a Repartição do Ajudante General, para servir no 6º Regimento de Artilharia de Campanha. A 14, foi incluído no estado efetivo da 2ª bateria deste Regimento, assumindo o comando da sua bateria, interinamente. A 24, deixou o comando interino da referida bateria.
- Maio. A nove, passou a exercer as funções de ajudante do Regimento, sendo dispensado a 12. **Junho. A cinco, embarcou com o Regimento a bordo do transporte "'Victoria" no porto do Rio de Janeiro com destino ao Estado do Paraná, desembarcando em Paranaguá, a oito, e na mesma data chegou a Curityba. A três, assumiu o comando da 4ª Bateria. A dez, foi elogiado pelo muito que fez na organização do Regimento ao qual sinceramente se dedicou, revelando em todo serviço que lhe foi confiado, amor, disciplina, lealdade e zêlo.
- Setembro. A cinco, seguiu em diligência para Ponta Grossa. A oito, regressou com parte de doente, apresentando-se na mesma data ao Regimento, prompto para o serviço. A 18, por portaria do Ministério da Guerra, de sete, foi nomeado ajudante da Colônia Militar de Chopim.
- 1895
- Janeiro. A 31, foi exonerado do cargo de ajudante da Colônia de Chopim, sendo na mesma data desligado para recolher-se à Escola Militar da Capital Federal. Declarou-se ter, em Dezembro do ano anterior, sido considerado, por decreto de 20 do referido mez de Dezembro, aprovado plenamente nas matérias theoricas e práticas do 2ª ano do Curso Geral.
- Fevereiro. A nove, embarcou para a Capital Federal, para matricular-se na Escola Militar, sendo louvado pelo bom e leal serviço prestado no 6º Regimento. A 25, apresentou-se a Escola.
- Março. A 15, foi mandado trancar a matrícula com que frequentava as aulas, sendo excluído do número de addidos. A 25, foi incluído como addido ao 5º Batalhão de Artilharia de Posição, com a declaração de ficar aguardando comunicação oficial. A 28, passou a comandar a 1ª Bateria.
- Junho. A seis, foi desligado do Batalhão para reunir-se ao Regimento de Artilharia de Campanha para onde foi transferido, sendo nesta ocasião louvado pelo seu procedimento correcto que soube ter durante o pouco tempo que serviu no Batalhão, sabendo, além disso ser um bom auxiliar nas funções que teve por ocasião de desempenhar.[2]
- Julho. A primeiro apresentou-se ao 6º Regimento de Artilharia, assumindo o comando da 1ª Bateria.
- Agosto. A dez, deixou o comando da 1ª Bateria e passou a disposição do Quartel General como auxiliar de escrituração.
- Setembro. A 11, foi nomeado ajudante de Campo do Comandante do 5ª Distrito Militar.
- Novembro. A primeiro, o Comandante do Distrito ao deixar o comando, louvou-o pela dedicação, solicitude e inteligência com que desempenhou o cargo de ajudante de Campos.
- 1896
- Janeiro. A sete, por ter sido exonerado, apresentou-se ao Regimento, assumindo o comando da 3ª Bateria. Na mesma data apresentou certidão passada pelo oficial do Registro Civil de Curityba, Estado do Paraná, por ter contraído matrimônio com Dona Rozenda Lima. A 15, deixou o comando da bateria por ter de seguir para o Rio Grande do Sul, para efetivar a sua matrícula na Escola Militar, sendo louvado pelo comandante do regimento, pela maneira correcta e digna com que sempre se portou, revelando as maiores provas de bôa educação civil e militar, disciplina e respeito as ordens superiores.
- Fevereiro. A 25, foi incluído como addido a 1ª Companhia por haver efetuado matrícula. **Abril. A 16, foi matriculado no 3º ano do Curso Geral.
- Maio. A seis, apresentou certidão da sua filha legítima Odette Cardim, nascida em Porto Alegre a quatro de Maio.
- Novembro. A 30, declarou-se ter sido aprovado plenamente na segunda cadeira do 1º período. **Dezembro. A 29, foi público ter sido aprovado plenamente na cadeira do 2º período e em topographia.
- 1897
- Abril. A dois, foi matriculado nas cadeiras e aulas do 4º ano. A 22, apresentou certificado de nascimento do seu filho legítimo Japy Cardim, nascido no dia 18 na cidade de Porto Alegre.
- 1898
- Janeiro. A 12, declarou-se ter sido aprovado no ano anterior, plenamente na aula de ambos os períodos do 4º ano em biologia e sociologia.
- Fevereiro. A dois, declarou-se ter a 31 de Janeiro findo, deixado de receber o Grão de Bacharel em Sciencias por achar-se ausente.
- Abril. A nove, foi excluído da Escola e de addido a 1° Companhia com o intuito de prosseguir em seus estudos na Escola Militar do Brasil, por ter sido extincta a Escola Militar do Rio Grande do Sul. A 29, apresentou-se ao comando da Escola Militar do Brasil, sendo incluído na 2ª Companhia de Alunos, sendo nessa mesma data público ter em 1897 concluído o Curso Geral pelo regulamento de 12 de abril de 1890 e ser bacharel em sciencias.
- 1899
- Janeiro. Declarou-se ter sido, no ano anterior, aprovado plenamente nas 1ª e 3ª cadeiras e na 2ª parte da aula e simplesmente na 2ª cadeira, relativa ao 3º ano e plenamente na 3ª cadeira do 2º ano do Curso Geral, prestou exame complementar de balística em que foi habilitado, concluindo assim o Curso Geral pelo regulamento de 18 de abril de 1898.
- Março. A 25, foi desligado por conclusão do curso e mandado apresentar a Repartição do Estado Maior do Exército, sendo classificado no 6º Regimento de Artilharia de Campanha. Abril. A cinco, apresentou-se ao Regimento ficando prompto.
- Agosto. A 29, foi elogiado pelo comandante do Regimento ao passar o comando, pela maneira honrosa com que se houve no exercício de suas funções.
- Setembro. A 13, declarou-se ter o Ministro da Guerra por Aviso, de 25, do mês findo, nomeado-o encarregado do Forte do Brum. A 20, seguiu o seu destino. Pelo aviso do Ministério da Guerra, de 18, foi transferido do 6º Regimento de Artilharia de Campanha para o 5º Batalhão de Artilharia de Posição.
- Outubro. A 16, foi mandado addir ao 14º Batalhão de Infantaria, com declaração de ser encarregado do Forte do Brum.
- 1900
- Fevereiro. A quatro, foi louvado pelo Comandante do Distrito, pelos bons serviços prestados e pela inteligência, disciplina e nítida compreensão dos seus deveres.
- Setembro. Por aviso do Ministro da Guerra, de 18,[3], foi transferido para o 5º Regimento de Artilharia de Campanha.
- Dezembro. Por decreto, de 14, foi promovido a Primeiro-Tenente e por aviso, de 31, foi classificado no 5º Batalhão de Artilharia de Posição, ficando agregado por falta de vaga.[4]
- 1901
- Fevereiro. A sete, passou a affectivo do Batalhão e da 2ª Bateria destacada na Fortaleza de Brum.
- Setembro. A 11, assumiu interinamente o Comando da 2ª Bateria.
- 1902
- Janeiro. A 25, deixou o comando interino da 4ª Bateria passando a exercer o cargo de ajudante. **Agosto. A nove, assumiu o comando interino da bateria e da Fortaleza de Brum. A 19, deixou o comando interino da 2ª Bateria e Fortaleza de Brum, sendo louvado pelo modo correto com que desempenhou as suas atribuições.
- 1903
- Fevereiro. A 28, assumiu o comando da bateria e Fortaleza de Brum, sendo nessa ocasião louvado pela correção, lealdade e competência com que inteligentemente se manifestou no cargo de ajudante da Fortaleza.
- Abril. A 13, deixou o comando da 2ª Bateria e da Fortaleza de Brum, reassumindo o cargo de ajudante. A 14, foi louvado pelos bons serviços prestados durante o tempo em que comandou a bateria e a Fortaleza de Brum, e pelo critério, inteligência e zêlo manifestados sempre no cumprimento de seus deveres.
- Agosto. A 26, foi louvado por ter se prestado com toda correção na qualidade de ajudante de ordens do Comando da 1ª Brigada que formou, a 25.
- 1904
- Julho. A oito, obteve 45 dias para tratamento de saúde, por estar sofrendo de febre palustre.
- Agosto. A 26, foi julgado curado, na inspeção de saúde a que foi submetido.
- Setembro. A 30, foi excluído do 5º Batalhão de Artilharia e da 2ª bateria, ficando porém, addido até seguir a reunir-se com o seu corpo, por ter sido transferido para o 2º Batalhão de Engenharia. **Outubro. A primeiro, foi incluído no 2º Batalhão de Engenharia e na 4ª Companhia e considerado não apresentado. A 31, foi desligado de addido ao 5º Batalhão de Artilharia por ter embarcado a **Novembro. Por aviso, de sete, foi mandado servir no 6º Regimento de Artilharia de Campanha, sendo incluído no seu estado efetivo e no da 2ª Bateria.[5]. A 16, apresentou-se ao Regimento.
- Dezembro. A 29, foi louvado pelo zêlo e interesse que tem patenteado.
- 1905
- Fevereiro. Por aviso, de 18, foi transferido do 2º Batalhão de Engenharia para o 6º Regimento de Artilharia, pelo que se achando nele addido, desde oito de novembro último, foi incluído no estado efetivo do mesmo e no da 3ª Bateria.
- Março. A 25, foi louvado pela actividade e zêlo que revelou no cumprimento de seus deveres, por ter muito concorrido como subalterno de uma bateria do Regimento para que este mobilizasse rapidamente em cumprimento de uma ordem do Comando do Districto.
- Maio. A 18, foi pelo Comando do Distrito louvado pela actividade que manifestou no desempenho de suas funções e bôa orientação dada as mesmas. A 23, assumiu o comando interino da 2ª Bateria.
- Junho. A dois, foi pelo Comando do Regimento louvado pelo interesse, critério e justiça, comprovados durante o seu commando.
- Julho. A 28, deixou o comando interino da 2ª Bateria, sendo louvado pelos bons serviços prestados. A 29, foi público ter-lhe sido, a 30 de Setembro de 1904, concedido Medalha de Bronze pelos bons serviços prestados durante mais de dez anos.
- Setembro. A nove, assumiu interinamente o comando da 2ª Bateria.
- Novembro. A 17, foi louvado pela galhardia com que se apresentou na Parada Militar, de 15, em homenagem ao aniversário da fundação da República.
- Dezembro. A 20, apresentou certificado de registro civil de nascimento de seus filhos legítimos Sebastião Lima Cardim, nascido em Pernambuco a 15 de Agosto de 1902 e Althair nascida em Curityba a 11 de Fevereiro de 1904.
- 1906
- Março. A 13, foi pelo Comando do Distrito ao deixar o cargo, louvado pelo bom desempenho de sua funções. A 29, declarou-se ter sido, abar, digo averbado no Estado Maior do Exército a uma declaração de herdeiro. A 31, foi em nome do comandante elogiado pela actividade, zêlo e competência que manifestou no exercício de suas funções.
- Abril. A seis, foi transferido para o 1º Batalhão de Artilharia de Posição, sendo excluído do estado efetivo do Regimento e da 2ª Bateria, e elogiado pela eficaz coadjuvação que prestou como comandante interino da bateria, revelando o maior interesse e zêlo em todas as comissões que lhe foram confiadas. A 23, apresentou-se e foi incluído no estado efetivo do Batalhão e no da 4ª Bateria, sendo nomeado ajudante interino do Batalhão e Fortaleza de Santa Cruz.
- Maio. A 21, foi excluído do estado efetivo do Batalhão e da 4ª Bateria, por ter sido, por Aviso, de 17, transferido para o 5º Regimento de Artilharia de Campanha, ficando por isso, dispensado de suas funções de ajudante. O comandante nessa ocasião agradeceu-lhe os serviços que prestou ao batalhão durante o tempo que nele serviu. A 22, apresentou-se sendo incluído no estado effectivo no Regimento e no da 2ª Bateria, a 23. A 20, foi por ordem do Ministério da Guerra louvado pelo eficaz auxílio que prestou ao Regimento, contribuindo assim para o seu bom nome.
- Setembro. A 12, seguiu com a sua bateria para Santa Cruz em exercício de guerra.
- Outubro. A oito, regressou com a bateria. Por aviso, de 18, foi em nome do Presidente da República elogiado pelo garbo e correcção com que se apresentou nas formaturas de 3 e 7 de Setembro último.
- Novembro. Por aviso do Ministério da Guerra, de 20, foi por ordem do Presidente da República, elogiado pelo modo correcto e luzido com que desempenhou o seu cargo, especialmente nos dias 4 e 5 do citado mês de Novembro nos Campos de Santa Cruz.
- 1907
- Agosto. A sete, seguiu para Santa Cruz como comandante da Artilharia de Montanha, para tomar parte nas manobras da 4ª Divisão.
- Setembro. A 16, regressou com a força. Por aviso do Ministério da Guerra, de 19, foi em nome do Presidente da República louvado pelo zêlo, interesse e devotamento que mais uma vez evidenciou no desempenho das funcções de comandante da Divisão de Artilharia de Montanha, nas manobras do corrente ano no Curato de Santa Cruz.
- Novembro. A seis, foi mandado contar-lhe pelo dobro, para reforma, de acordo com o aviso do Ministério da Guerra de 5 de Fevereiro último, o período de 7 de Março de 1893 a 13 de Março de 1894.
- 1908
- Maio. Por Decreto, de 14, foi-lhe concedida a Medalha Militar de Prata, por contar mais de 20 anos de bons serviços militares.
- Junho. A nove, foram lhe entregar a Medalha Militar de Prata e respectivo diploma.
- Julho. A 18, designado para comandar uma Divisão de Artilharia que, a 19, seguiu para o Curato de Santa Cruz, onde acompanhou para fazer exercícios, digo experiências com um telómetro e uma luneta de bateria de invenção do Capitão Mario Netto [6], a requisição da Direção Geral de Artilharia. A 25, regressou com a divisão tendo, o comandante do Regimento declarado em ordem do dia ser-lhe agradável agradecer ao distinto official pelo bom desempenho com que se houve na incumbência, revelando por sua dedicação, zêlo, disciplina e prompta execução dos serviços que lhe foram confiados e inteira competência para bem cumprir os mistéres de sua proficiência.
- Agosto. A 8, foi em nome do General Comandante do Distrito que deixou este cargo, louvado pela útil coadjuvação, lealdade e disciplina, demonstradas no período d'aquele comando. Por Decreto, de 27, foi promovido ao posto de Capitão pelo princípio de antiguidade. A 31, excluído do estado efetivo do 1º Regimento, ficando porém, addido.
- 1909
- Janeiro. Por portaria do Ministério da Guerra, de 15, foi nomeado Chefe de Grupo da [7]. A 27, apresentou-se e sendo designado para servir no 3º Grupo, assumiu o exercício de seu cargo.
- Junho. A oito, foi mandado averbar em seus assentamentos ter assistido, a 15 de Março, a solene inauguração da Fábrica. A 11, em virtude do Aviso, de 27 de Maio último foi elogiado pela ordem do dia do Exército, em nome do Ministro da Guerra, pelo proveitoso concurso e efficaz auxílio que lhe prestou, como pelas inequívocas provas da mais inteligente, desinteressada e competente coadjuvação em que o mesmo Ministro encontrou em sua pessôa.
- Outubro. A 22, foi louvado pela efficaz e intelligente concurso que tem prestado, com zêlo e dedicação, visto ter concorrido para a confecção e remessa do 1º lote de pólvora.
- 1910
- Janeiro. A primeiro foi transferido para o 4º Grupo, sendo elogiado pela coadjuvação que prestou como Chefe do 3º Grupo , sempre com muita bôa vontade, zêlo exemplar, intelligência e dedicação. Fevereiro. A 15, foi louvado pelo inteligente e cabal desempenho das suas funções de Chefe de Grupo, por ocasião de ser, comandado, digo comemorado o 1º aniversário da inauguração da [8].
- Maio. Por aviso, de dois, foi elogiado em Boletim do Exército,[9] pelo esforço e dedicação manifestados nos trabalhos para a fixação do typo nacional da pólvora para a bala "S", ou do fuzil Modelo 1908[10], Mauser, a qual se denominou pólvora dra. 73. Por Aviso, de 12, foi-lhe concedido permissão para ir a Pernambuco, podendo demorar-se 30 dias.
- Junho. A primeiro, apresentou-se e entrou no exercício das suas funções.
- Julho. Por decreto, de sete, foi incluído no Quadro Suplementar da respectiva arma.
- Novembro. Por Aviso, de sete,[11], foi mandado servir por conveniência do serviço, por 90 dias, a disposição do Inspector da XI Região Militar. A 17, seguia a seu destino, sendo louvado pela sua dedicação, competência e zêlo, muito concorrendo para o bom andamento e crédito da Fábrica [8]. A 21, ficou addido ao 2º Regimento de Artilharia Montada e a 7ª Bateria da qual assumiu o comando.
- 1911
- Janeiro. A 10, foi louvado pelo zêlo, inteligência, e competência que sempre revelou no comando da 7ª Bateria. A 18, foi louvado em nome do Inspector da Região, pelo fiel desempenho que deu as ordens daquella Inspecção e pela presteza e desenvolvimento com que sabe cumprir os seus deveres militares, o sendo também na mesma data em nome do comandante da 2ª Brigada Estratégica, pelas constantes provas de lealdade e dedicação no cumprimento do dever que impõe o arduo dever de defender a Pátria. A 26. foi elogiado em nome do comandante da 2ª Brigada Estratégica pela prestimosa coadjuvação que prestou aquelle comandante, exercendo com a mais bôa vontade a sua actividade no sentido de que aquella unidade se desempenhasse da missão que lhe foi confiada.
- Fevereiro. A 8, foi desligado do número de addidos ao Regimento e dispensado do comando da 7ª Bateria, por ter de seguir para a 10ª Inspecção. O comandante do Regimento, ao desligá-lo assim se expressou: "Ao despedir-me de tão destinado official, este comando agradece-lhe o efficaz auxílio prestado durante o tempo que esteve addido a este Regimento e louva-o pela sua intelligencia e dedicação ao serviço". A 13, apresentou-se a Directoria da Fábrica [12] e reassumiu a Chefia do 4º Grupo.
- Março. A 14, foi transferido para o 1º Grupo. Por decreto, de 17,[13] foi transferido do Quadro Suplementar para a 6ª Bateria do 2º Batalhão de Artilharia de Posição.
- Abril. Tendo sido a seu pedido exonerado, foi a 25, desligado para recolher-se ao seu corpo. O Director da Fábrica declarou sentir ver este estabelecimento privado dos seus serviços prestados desde a sua inauguração e ao mesmo tempo cumprir com satisfação o dever de louvá-lo e agradecer-lhe pela intelligencia, bôa vontade e zêlo exemplar com que sempre se houve, se tornando credor dos mais sinceros elogios, não só aquelles predicados, que já muito o recomendam, como muita lealdade de que sempre deu inequívocas provas.
- Maio. A 14, apresentou-se ao Batalhão assumindo o comando de sua bateria. A 20, destacou para a Fortaleza da Lage.
- Julho. A 29, o comandante ao deixar o comando do Batalhão, louvou-o pela forma exemplar dada ao comando de seu Bateria, cuja instrucção e disciplina revelam a competência e nítida comprehensão dos deveres e responsabilidades que cabem ao official conscio de sua alta incisão, agradecendo-lhe o concurso de suas luzes e esforços para que o Batalhão chegasse a attingir o Grão de instrucção, disciplina e ordem que se orgulha de enaltecer.
- Setembro. A seis, recolheu-se do destacamento da Fortaleza da Lage, sendo louvado pelo interesse, zêlo, franca e leal cooperação e efficaz dedicação ao serviço, contribuindo para o bom desempenho de seu cargo, digo comando. A 14, foi louvado pelo valioso concurso que com dedicação, intelligencia e solicitude prestou a administração, por isso que tem cooperado efficazmente para o feliz êxito do comando.«
- Novembro. A 27, o comandante do Batalhão ao deixar este cargo, agradeceu-lhe o esforço empregado em bem da instrucção e disciplina cooperando efficazmente para que o seu comando não encontrasse embaraços em sua acção, tornando-se, por isso, merecedor dos maiores louvoures.
- 1912
- Março. A 30, o comandante do Batalhão ao deixar o cargo agradeceu-lhe e louvou-o pelo zêlo, interesse e leal coadjuvação que prestou-lhe no desempenho dos deveres inherentes a seu cargo.
- Abril. A dez, foi nomeado comandante das Baterias de Fogo da Fortaleza de São João. A 27, foi elogiado de ordem do Inspector da Região, pelo zêlo, intelligencia e pelo modo disciplinador e disciplinado com que sempre se portou, concorrendo desse modo para que no Batalhão e Fortaleza de São João, sejam mantidas a instrucção, acceio, disciplina e ordem notados na visita de inspecção que fez no dia 17.
- Maio. A 20, o comandante do Batalhão ao deixar o cargo, louvou-o e agradeceu-lhe pelo bom desempenho e fiel coadjuração prestada no comando de sua bateria e no das baterias da Fortaleza.
- Julho. A 30, apresentou certidão do registro civil, do nascimento na cidade de Piquete, Estado de São Paulo, de suas filhas Maria da Glória Cardim a 17 de Agosto de 1909 e Senhorinha Cardim, a 05 de outubro de 1911, nesta Capital.
- Outubro. A primeiro foi dispensado do comando das baterias da Fortaleza, sendo louvado pelo bom desempenho dado as suas funções de comandante que ora deixa, a que era de esperar atesta a sua competência.
- 1913
- Abril. A 25, destacou para a Fortaleza da Lage.
- Maio. A 17, foi mandado mencionar em seus assentamentos o certificado passado pelo comando do Cruzador Torpedeiro "Tymbira"[14] em que este declara que o então 2º Tenente de Artilharia Antônio Henrique Cardim, esteve embarcado no Torpedeiro "Silva Jardim" [15] desde Pernambuco de onde saiu, a 13, de Fevereiro de 1894, chegando a Maceió, a 15, e saindo deste Porto, a 19, chegou a Bahia, a 21, data em que o referido comandante deixou o comando do "Silva Jardim" [16]. Declarou mais que cumpria dizer que durante a sua permanência a bordo, pelo valioso concurso prestado, tornou-se merecedor de francos elogios.
- Setembro. Do livro de Declaração de Herdeiros do Batalhão consta ser filho legítimo do Bacharel em Direito Manoel Henrique Cardim e de Dona Senhorinha do Valle Cardim, falecidos. A 27 de Julho de 1895 casou-se civilmente com Dona Rosenda Lima Cardim, nascida em 26 de Fevereiro de 1879, filha de Francisco José Gonçalves da Silva e Dona Joaquina Arantes Lima, ambos vivos. Deste consórcio houve os seguintes filhos; Odette, nascida em 4 de Maio de 1896, Japy nascido em 18 de Abril de 1897, Sebastião nascido em 15 de Agosto de 1902; Maria de Lourdes, nascida em 14 de Abril de 1908 (2011, viva aos 103 anos, reside em Niterói/RJ), Maria da Glória nascida em 17 de Agosto de 1909; Senhorinha, nascida em 5 de Outubro de 1911. Finalmente declarou que sua esposa em seus filhos não percebem pensão alguma dos cofres federais ou estaduais.
Novembro. A seis, recolheu-se do destacamento da Fortaleza da Lage, sendo, a sete, elogiado por ter se tornado digno dos agradecimentos daquele comando, pelos serviços prestados naquela praça de guerra.
- 1914
- Junho. A 27, apresentou certidão do registro civil da Capital Federal do nascimento de seu filho legítimo, Antônio, na Fortaleza de São João, a 22 de Junho de 1914.
- Novembro, A 20, o Inspector da Região, ao deixar este cargo elogiou-o pela infastigavel dedicação, lealdade e zelo no fiel desempenho de suas funções.
- Dezembro. A 29, foi nomeado comandante das baterias da Fortaleza.
- 1915
- Março. A oito, de acordo com a remodelação do Exército, ficou addido ao Estado-Maior do Batalhão. A 22, o comandante do Batalhão ao deixar este cargo agradeceu-lhe a coadjuração que lhe prestou com muita boa vontade e felicitou-o pela lealdade, probidade e honra que sempre encontrou em si durante o seu comando. A 29, foi dispensado do comando das baterias da Fortaleza.
- Novembro. A 10, apresentou certidão do registro civil da Capital Federal, do nascimento de sua filha legítima Maria de Lourdes, a 14 de Abril de 1908.
- 1916
- Janeiro. A 24, apresentou certidão do registro civil da Capital Federal do nascimento de sua filho legítimo Zenon, na Fortaleza de São João, a 20 de Janeiro de 1916.
- Fevereiro. Por despacho, de 27, o Ministro da Guerra mandou mencionar em seus assentamentos o período de 26 de Setembro a 2 de Dezembro de 1893, em que serviu embarcado na Canhoneira "Lamego"[17], então em operação de Guerra fóra da barra do Rio de Janeiro. A 19, o comandante da 3ª Divisão do Exército e 5ª Região Militar, ao deixar este cargo o elogiou pela infatigavel dedicação, disciplina e zelo no cumprimento de seus deveres.
- Maio. Por decreto, de 17, foi transferido do comando da 6ª Bateria para o de ajudante do Batalhão. A 27, por ter o comandante do batalhão, deixado este cargo, foi louvado pela dedicação, zelo e inteligência com que desempenhou as funções de seu cargo.
- Julho. A 17, foi considerado doente no quartel e, a 24, obteve 20 dias para tratamento de saúde. **Agosto. A 18, apresentou-se por ter concluído a licença para tratamento de saúde, reassumindo as funções de ajudante. Do livro de herdeiros do Batalhão consta que, posteriormente a declaração feita a 20 de Setembro de 1913, nasceram mais os seguintes filhos: Antônio, a 22 de Junho de 1914 e Zenon a 20 de Janeiro de 1916.
- Dezembro. A quatro, o senhor comandante da 5ª Região Militar, declarou ser-lhe grato, registrou os seus sentimentos de reconhecimento e de apreço e seus louvores pela aprimorada educação physica e moral do batalhão, posta em foco desde o início da instrucção anual até o termo final nas manobras. A 30, passou a responder pela fiscalização do Batalhão e da Fortaleza.
- 1917
- Janeiro. A dois, deixou de responder pela fiscalização. Por decreto, de três, foi transferido do cargo de ajudante para o de comandante da 6ª Bateria do Batalhão, pelo que foi excluído do Estado-Maior, continuando, porém , addido ao mesmo por estar sua bateria sem efetivo. A oito, assumiu interinamente o comando da 3ª Bateria. A 18, foi dispensado do comando da 3ª Bateria e assumiu o da 2ª. Por despacho, de nove, o Ministro da Guerra, mandou averbar em seus assentamentos as seguintes alterações constantes de um atestado passado pelo Major de Engenharia João Vespúcio de Abreu e Silva, a saber: "2º Tenente de Artilharia Antônio Henrique Cardim, serviu no contingente do Exército destacado a bordo do paquete "São Salvador" armado em guerra, tendo nele embarcado a 21 de Fevereiro de 1894 no Porto de São Salvador na Bahia. Em primeiro do Março partiu a bordo do mesmo navio, fazendo parte da esquadra legal, do Porto da Bahia para o do Rio de Janeiro, entrando neste último a 13 do mesmo mez (mês), tudo do ano de 1894. Continuou o mesmo official em serviço no referido navio até apresentar-se a seu respectivo regimento".
- Maio. Por decreto, de dois, foi transferido da 6ª Bateria para o cargo de ajudante, pelo que passou de addido a effectivo ao Estado-Maior.
- Julho. Do livro de declaração de herdeiros do batalhão a página 9, consta o seguinte: "Declaro para os efeitos de montepio que minha filha Althair, nascida em 11 de Fevereiro de 1904, faleceu em 31 de Dezembro de 1905, alteração esta que agora faço sciente por ter deixado de mencionar na declaração que achava-se registrada a página 2 verso do livro de declarações de família. Fortaleza de São João, 30 de Julho de 1917". Ainda a 30, foi louvado pelo interesse demonstrado na economia de fardamento e outros artigos a seu cargo. Com a criação do 1º Distrito de Artilharia de Costa e dissolução, a 31, do 2º Batalhão de Artilharia de Posição, foi público na mesma data, ter sido por decreto, de 20, nomeado assistente do comando do Setor de Leste do referido Distrito.
- Agosto. A primeiro entrou no exercício de seu cargo.
- Dezembro. A 21, foi público ter o Senhor Ministro da Guerra exonerado-o, por Aviso nº 983, de 20, do cargo de assistente do Sector, conforme requereu. A 28, ficou addido, por ordem do Senhor General Comandante do Districto.
- 1918
- Janeiro. Por decreto, de dois, foi classificado como ajudante do 3º Grupo de Artilharia de Costa, sendo, a 14, desligado de addido por motivo da sua classificação. Tendo sido por decreto, de dois, classificado naquele Grupo como ajudante, foi incluído, em cinco, do mesmo mez (mês), no estado efetivo do Grupo e no Estado-Maior, ficando considerado não apresentado. Apresentou-se, em 14, ainda de Janeiro, assumindo as funções de seu cargo e o comando do Estado Menor. Em 17, assumiu interinamente os comandos do Grupo e da Fortaleza de São João, funções estas que deixou, em 23, tudo do mês acima aludido, reassumindo as de ajudante e de comandante do Estado Menor. Por decreto, de oito de Fevereiro, foi promovido por merecimento ao posto de Major, pelo que foi excluído do estado efetivo do Grupo e do Estado Maior, ficando porém, addido aguardando classificação, em 11 do mesmo mês, data em que o comando do Grupo felicitou-o pela sua merecida promoção. Nesta mesma data baixou extraordinariamente ao Hospital Central do Exército. Por decreto, de 20, foi classificado no 6º Grupo do 7º Regimento de Artilharia Montada, 7º RAM, deixando de ser desligado deste Grupo por se achar em tratamento no Hospital Central do Exército, tendo tido alta deste estabelecimento em 15 de Março, data em que foi desligado de addido. A 26, ainda em Fevereiro, foi público ter sido por decreto, de vinte, classificado no 7º Regimento, pelo que foi incluído no estado efetivo deste corpo e do 6º Grupo, ficando considerado não apresentado.
- Abril. A três, apresentou-se e assumiu interinamente a fiscalização do Regimento. A 24, foi desligado de addido do Estado Maior e incluído no respectivo grupo, por já se haver organizado o mesmo, o qual se achava adido ao Estado Maior deste Regimento e foi público ter-lhe sido concedido a Medalha Militar de Ouro por contar mais de 30 anos de bons serviços prestados, de acordo com os decretos 4238 e 44009 de 15 de Novembro de 1901 e 16 de Maio de 1902. A 24, foi público ter sido desligado de adido ao Estado Maior do Regimento, visto se achar investido das funções que lhe compete a de fiscal deste Regimento.
- Setembro. A três, assumiu o comando deste Regimento e, a 16, deixou esse comando, assumindo o de Fiscal.
- Novembro. A 18, assumiu o comando do Regimento e deixou a fiscalização. A 25, deixou o comando do Regimento e assumiu a fiscalização.
- Dezembro. A sete, deixou a fiscalização e assumiu o comando do 6º Grupo. A 30, seguiu para a sede da Região em serviço de justiça.
- 1919
- Janeiro. A três, apresentou-se vindo da Capital do Estado, onde se achava em justiça. A 19, assumiu a fiscalização do Regimento deixando por este motivo o comando do Grupo.
- Fevereiro. A 12, deixou a fiscalização do Regimento e assumiu o comando do 6º Grupo, na mesma data foi pelo senhor Major Aurélio de Amorim, ao deixar o comando do Regimento, cargo que vinha exercendo interinamente desde 19 do mês findo, agradecido pelo auxílio eficaz que prestou durante esse período, dando provas de dedicação ao serviço. A 14 conforme consta do Boletim Regional número 35, de 11 do corrente, o senhor Ministro, em Aviso, de sete do corrente, mandou abonar-lhe quanto ao corrente ano, a diária correspondente aos dias em que funcionou em serviço fora da sede de seu corpo, em dias do mês de Janeiro corrido. A 19, foi público em Boletim Regimental número 44, haver lhe sido entregue a patente do respectivo posto.
- Março. A 18, ficou adido ao Estado Maior do Regimento, por motivo da sua transferência deste Regimento, para o 4º Grupo do 2º Regimento da mesma arma, visto achar-se funcionando como Presidente de um Conselho de Guerra. A sete, foi designado, digo, desligado de adido ao regimento por ter terminado o Conselho de Guerra do qual era Presidente. Na mesma data o senhor Coronel Comandante do Regimento louvou e agradeceu os serviços que prestou como comandante do 6º Grupo. A 18, foi público ter sido por decreto, de 12, tudo do corrente, transferido do 6º Grupo do 7º Regimento, da mesma arma, sendo por isso incluído, digo, de Artilharia Montada para o 2º Regimento da mesma arma, sendo por isso incluído no seu estado efetivo e no do 4º Grupo, ficando considerado não apresentado.
- Abril. A 12, apresentou-se ao regimento e assumiu a fiscalização do mesmo.
- Maio. A 30, foi elogiado pelo critério, lealdade, ilustração, capacidade de comando e de direção, qualidades reveladas até nos menores detalhes e que constituem o merecimento militar em alto grão e muito o recomendam a consideração das altas autoridades do Exército. A 17 de Junho entrou no gozo das férias regulamentadas, deixando por isso na mesma data, a fiscalização do regimento.
- Julho. A 16, apresentou-se ao Regimento por ter terminado as férias em que se achava em gozo. Na mesma data assumiu o comando do Regimento e foi louvado pelo auxílio prestado à ação do comando do corpo, pela esmerada educação revelada na camaradagem existente, competência profissional, manifestada nos diversos ramos da instrucção. Ainda a 16, passou a servir no 3º Regimento da Cavalaria Montada, originado do 2º da mesma arma, do qual assumiu o comando. A 21, foi público, conforme se vê do Boletim Regional, ter sido por decreto, de 16, tudo do corrente, classificado no 6º Grupo do 3º Regimento.
- Agosto. A 11, deixou o comando do regimento e na mesma data assumiu a sua fiscalização. **Setembro. A 12, deixou a fiscalização e assumiu o comando do 6º Grupo. Na mesma data foi louvado pelo modo correcto por que se houve como fiscal, auxiliando o comando do regimento, com toda lealdade na solução de várias questões de administração e pelo zeloso cumprimento de suas funções.
- Outubro. A primeiro foi excluído do estado efetivo do regimento e do 6º Grupo, por ter sido transferido, por decreto, de 24 do corrente, e publicado em "Diário Oficial", de 26 do mesmo mês, para o Q.L.A.. Na mesma data foi louvado pelo excelente desempenho que deu as suas funções neste regimento. (assinado) João José de Lima, Coronel. Ainda em 1919 - Outubro. A dois, assumiu o cargo de Chefe desta Circunsoripção (circunscrição) de Recrutamento, para o qual foi nomeado pelo Aviso do Ilmo. Ministro da Guerra, de 24 de Setembro.
- Novembro. A dez, o Ilmo. Coronel comandante da 3ª Brigada de Infantaria e Guarnição de Curityba, ao passar o comando da mesma Brigada, agradeceu-lhe e louvou-o pelo zelo, dedicação e inteligência com que se houve no exercício de suas funções.[19], em 31 de Dezembro de 1919. (assinado) Reynaldino Antônio de Quadros, primeiro Tenente, auxiliar.
- 1920
- Junho. A 17, foram lhe concedidas as férias regulamentares.
- Julho. A 16, apresentou-se por conclusão de férias. A 28, foi público que, conforme consta do Boletim do Exército, de dez do corrente mês, conta pelo dobro o período de 14 de Janeiro a 11 de Fevereiro de 1918, por serviços prestados na defesa do litoral do Brasil.
- Novembro. A 16, foi nomeado árbitro durante as manobras do corrente ano.
- 1921
- Fevereiro. A dez, foi público que por Aviso número 08 de 8 de Janeiro findo, publicado em Boletim do Exército, de 20, do mesmo mês, ter direito a contar pelo dobro, com as vantagens de terço de campanha, além do período de 14 de Janeiro a 11 de Fevereiro de 1918, conforme o Aviso número 515, de 30 de Junho último, os seguintes períodos; de 30 de Outubro a 21 de Dezembro de 1917, em que foi assistente do comandante do Setor de Oeste do 1º D.A.C. e o de 22 de Dezembro de 1817 a 13 de Janeiro, durante o qual esteve adido ao mesmo Sector.
- Junho. A sete, foi público que, por Decreto de 28 de Maio findo, foi transferido do quadro de suplementar para o ordinário, sendo classificado no II Grupo do 7º R. A. (sem efetivo). A 24, apresentou-se ao Quartel General em virtude de sua transferência.
- Julho. A primeiro foi público ter sido sorteado para funcionar como Presidente do Conselho de Justiça Militar da 9ª C.J.M de Julho a Dezembro do corrente ano. A dois, apresentou-se ao Quartel General. A 18, apresentou-se ainda ao Quartel General por ter de seguir para Antonina [20] para inspecionar a Junta de Alistamento Militar d'aquelle município. A 23, apresentou-se por ter regressado daquela inspeção.
- Setembro. A 15, apresentou-se ao Quartel General, por ter de seguir para Blumenau, a serviço da Justiça.
- Outubro. A primeiro foi público ter-se apresentado por ter regressado de Blumenau, onde fôra a serviço da Justiça.
- Novembro. A dez, foi público ter sido por Decreto, de três do corrente, ter sido graduado no posto de Tenente Coronel.
- Dezembro. A 12, foi público que por Decreto, de sete do corrente, foi promovido a effectividade do posto de Tenente Coronel.
- 1922
- Janeiro. A quatro, apresentou-se ao Quartel General, por ter entrado no gozo de férias. A cinco, foi público que, por Decreto, de 28 do mês de Dezembro último, foi classificado no 2º Grupo de Artilharia a Cavalo.
- Fevereiro. A três, apresentou-se ao Quartel General por ter terminado as férias. a 13, foi exonerado do cargo de Chefe deste Circunscrição por ter de se recolher à sua unidade, na 3ª Região Militar e de acordo com a constante do Boletim do Exército, de 5 de Novembro último. Do Boletim, de 14, do Comando da 2ª Circunscrição Militar consta o seguinte: "Desligando deste Quartel General, o Senhor Tenente Coronel Antônio Henrique Cardim, que por efetivo de sua promoção exonerou-se do cargo de Chefe de Serviço de Recrutamento desta Circunscripção para reunir-se à sua unidade, resolve este comando elogia-lo pelos bons serviços que, do longo tempo a esta parte vinha prestando no exercício do referido cargo, com dedicação e probidade profissional, de par com a educação civil e militar que tanto o distingue no seio da classe a que pertence." Ainda a 14, apresentou-se ao Quartel General, por ter deixado o cargo de Chefe desta Circunscripção de Recrutamento. (Assinado) Oitava Circunscripção de Recrutamento em Curityba, 15 de Fevereiro de 1922.
[21]. Em 1922, Janeiro, a 11, foi incluído nos estados efetivo e maior do Grupo, por ter sido classificado nesta unidade como Comandante, conforme publicou o Diário Oficial número 308 de 30 de Dezembro do ano findo e Decreto de 28 do alludido mês, ficando considerado não apresentado.
- Fevereiro. No mesmo destino.
- Março. A 22, apresentou-se com procedência do Estado do Paraná, assumindo na mesma data o Comando do Grupo. Tomou parte nas grandes manobras realizadas nos Campos Nacional de Saycan (Saicã/RS), de 23 à 31 do corrente mês.
- Abril. A três, chegou ao Quartel de regresso das grandes manobras. A 27, deixou o comando do Grupo e da Guarnição por ter de seguir para Curityba, para depor em um processo. Maio. A quatro, seguiu com destino a Curityba. Quartel em Alegrete, 5 de Maio de 1922.
→ 2ª Circunscripção (circunscrição) Militar
- Maio. A dez, ficou adido a este Quartel General, por ter vindo a esta Capital à requisição da Justiça Federal.
- Junho. A 15, foi público ter sido julgado precisar de seis meses para o seu tratamento, na inspeção de saúde por que passou a 14, tudo do corrente.
- Julho. A 17, foi público ter o Senhor Ministro da Guerra dado o seguinte despacho no seu requerimento em que pedia 6 meses de licença: "Atender nos termos pedido." **Agosto. A 11, apresentou-se a este Quartel General, por ter terminado o serviço de justiça em que se achava perante o Juiz Federal na Secção do Paraná; entrando na mesma data no gozo de 6 mezes de licença que obteve, acordo com o Artigo 17 da Lei nº 14.663 de 1º de Fevereiro de 1921.
- Novembro'. A 20, foi público ter sido por Decreto, de 14 do corrente, transferido do 2º Grupo de Artilharia a Cavalo para o 1º Grupo de Artilharia da Costa.
- Dezembro. A 1º, apresentou-se a este Quartel General, por ter desistido do resto da licença em cujo gozo se achava, e para se reunir à sua nova unidade, pelo que foi desligado de adido ao referido Quartel General. (assinado) Quartel General em Curityba, 1º de Dezembro de 1922.
→ Primeiro Grupo de Artilharia da Costa
- 1922
- Novembro. A 20, foi incluído no estado efetivo e maior do Grupo, por ter sido por Decreto, de 14, transferido do 2º Grupo de Artilharia a Cavalo para esta unidade, ficando considerado não apresentado.
- Dezembro. A 12, apresentou-se assumindo o comando do Grupo e Fortaleza.
- 1923
- Abril. A 20, foi público ter o Boletim do 1º Districto de Artilharia de Costa, número 75, de seis do corrente, o Senhor General Comandante tornou patente a sua optima (ótima) impressão que teve ao percorrer todas as dependências da Fortaleza onde se fazia sentir o espírito, limpeza e o mesmo minucioso cuidado que distingue e caracterizam a tradicional e velha Fortaleza, sobressaindo o caminho que a instrucção tem merecido, motivo pelo qual o louvou.
- Maio. Ao Boletim do 1º Districto de Artilharia da Costa, de 16, o Senhor General de Brigada Bonifácio Gomes da Costa [22], ao ser exonerado deste comando disse: "Cumpro o grato dever de aqui, consignar os meus sinceros agradecimentos pela efficaz coadjuvação prestada durante o seu comando, zelo, lealdade e inteligente interesse sempre manifestados nas espheras de sua attribuições."
- Setembro. A 26, foi público que, tendo dirigido ao Comandante da Região, em ofício pedindo Conselho de Justificação, em virtude de ter sido pelo Jornal "A Pátria", denunciado de irregularidades e faltas passadas na unidade sob seu comando, deu aquela autoridade o seguinte despacho: "Julgando sem nenhum fundamento e, portanto, improcedente as acusações assacadas pela imprensa, no Jornal "A Pátria", deixo de attender o pedido que este official faz, de ser submetido ao Conselho da Justificação, em vista do artigo 3º do Decreto número 4.651 de 17 de Janeiro do corrente ano, que criou o citado Conselho e declaro continuar o referido official a merecer deste Comando o justo e elevado conceito de que é merecedor."
- Outubro. A 14,[23], telegrama enviado ao Presidente da República: "Fortaleza de Santa Cruz - Tenho a honra de participar que foi, hoje, inaugurado, na galeria dos Chefes de Estado, no salão de honra desta fortaleza, o retrato de V. Ex., em cerimonia íntima, com a presença da officialidade e geral satisfação. Respeitosas saudações. Tenente-Coronel Antônio Henrique Cardim, commandante."
- 1924
- Setembro. A 23, foi louvado e agradecido pelo Senhor Comandante do Sector de Leste em seu Boletim, de 22, pela brilhante e patriótica comenta que manteve e pela attitude da Fortaleza que comanda, cuja lealdade e firmesa contribuíram para garantir ao Governo a tranqüilidade indispensável para sua acção contra os perturbadores da ordem, na repressão ao movimento iniciado em São Paulo.
- Outubro. A 18, o Senhor General Alfredo Ribeiro da Costa, ao deixar o Comando da 1ª Região Militar, elogiou-o pelas apreciáveis e jamais desmentidas provas de dedicações reveladas no comando de sua unidade. A 25, foi público ter sido por Decreto, de 22, promovido, por antiguidade, ao posto de Coronel, deixando de passar o comando, desta unidade, ao seu substituto legal por haver recebido ordem superior para nella permanecer. A 27, foi público que no requerimento em que pediu contagem pelo dobro, para efeito de reforma, do período de 8 de Junho de 1894 a 31 de Janeiro de 1895, quando serviu no Paraná, por ocasião da Revolta, o Senhor Ministro da Guerra, deu o seguinte despacho: Deferido.
- Novembro. A 20, o Senhor Coronel Comandante do Sector Leste, em virtude da acção desta Fortaleza sob seu comando, contra o Encouraçado São Paulo, em 14 do corrente, assim expressou-se: "Cumpro o agradável dever de louvar e agradecer ao Coronel Antônio Henrique Cardim, comandante do 1º Grupo de Artilharia de Costa e Fortaleza de Santa Cruz, a cooperação leal, franca e dedicada que prestou a esse comando de Sector, concorrendo e não medindo esforços para a perfeita execução da ordens deste Comando e das altas autoridades militares. A acção da Fortaleza de Santa Cruz sob o comando do Coronel Antônio Henrique Cardim, contra o couraçado São Paulo, constitue um acto de extraordinário arrojo e audácia que bem define o alto patriotismo, a figura militar, a envergadura moral e a coragem do seu bravo Comandante." A 29, foi público ter sido por Decreto, de cinco, classificado no Quadro Suplementar.
- Dezembro. A primeiro, foi público, de ordem do Senhor Ministro da Guerra, dever passar o Comando do 1º Grupo de Artilharia de Costa e Fortaleza de Santa Cruz ao seu substituto legal, ficando adido ao Departamento da Guerra. A cinco, foi público o seguinte, transcripto do Boletim do Sector de Leste número 280: "Ao Senhor Coronel Antônio Henrique Cardim que deixa o comando do Primeiro Grupo de Artilharia da Costa e Fortaleza de Santa Cruz, louvo e muito agradeço os serviços que com muita dedicação e grande lealdade prestou-me no comando d'aquella unidade. Official muito conhecido no Exército pelo seu valor pessoal e por suas excellentes qualidades de caracter, tive ensejo durante o seu comando de evidenciar em ocasiões sérias e críticas como foi da recente sublevação do Couraçado "São Paulo" e da Torpedeira "Goyas" magníficas qualidades militares e sobre modo o recomendam á consideração e a estima dos seus chefes e constituem um exemplo vivo para os seus camaradas. Manifestou-se um chefe capaz em circunstância difficil de elevar e levantar o moral da tropa cujo comando lhe for confiado." - Nicoláu Antônio da Silva
Carta: CAMARADAS!
editarNo dia 4 do corrente cerca de 10 horas, fomos surprehendidos com a notícia da sublevação do encourado “São Paulo”, ancorado no porto desta Capital.
Em virtude desse triste acontecimento nos coube nesse dia a inauguração do obuz nº 7 e assim precipitando a auctorisação solicitada anteriormente as auctoridades competentes para inauguração da Bateria.
A inauguração desse obuz foi feita em um momento bem apaixonado para a Nação Brasileira, que contristada, viu um de seus mais possantes vasos de guerra, adquirido e mantido com tantos sacrifícios, voltado contra si ameaçando com o poder de seus grossos canhões, os nossos foros de civilisação na presumpção ingênua, de que (ante) uma simples manifestação platonica, toda a nossa organização civil e militar se amedrontasse e sem resistência, covardemente (se entregasse) a vontade de meia dúzia de amotinados.
Indivíduos sem escrúpulo e sem patriotismo sem ligação e sem ideias que não vaccilaram em enxovalhar o nome Brasileiro, em águas do Prata, no triste e vergonhoso epilogo de uma aventura que será registrada como a maior das degra(da)ções que temos soffrido.
Essa inauguração assim feita ficará assignalada como um contraste da triste mentalidade que parece estar dominando uma parcella mínima, mas ousada, da nossa mocidade militar e attestará por outro lado a insigne glória de dado o primeiro tiro de guerra do “Vigia”, como um brado decisivo a favor da ordem legal, e em defesa e garantia da nossa existência de povo livre.
Como sempre acontece aos mashorqueiros no Brasil, e elles desta vez ainda foram para sua empreitada com a mesma leviandade com que se tramaram nas esquinas das ruas e com as informações que lhes foram prestadas por interessados na perturbação da ordem, ou por desocupados e eternos descontentes, para depois de verificado o fracasso dos seus intuitos, entre, outros nos atirarem as seguinte exclamação: - Fomos trahidos as fortalezas eram nossas!
Se eram sinceros na sua ingenuidade, dura deve lhes ter sido a decepção, pois todos os elementos de terra em um verdadeiro e harmônico esforço lhes, hostilisaram. E assim fasendo cumpriram uma ordem chegada atrasada e que só a boa vontade das guarnições lhe poude em parte assegurar a execução.
Quando alcançamos o nosso forte, já o “São Paulo” vinha transpondo a barra sob os fogos da Fortaleza de Santa Cruz.
Quem como nos, serviu sob o commando do Snr. Cel. Antonio Henrique Cardim, actual Commandante da Fortaleza de Santa Cruz, não podia se surprehender do protesto decisivo e immediato daquella Fortaleza que, em condições muito inferiores, desafiara os fogos do poderoso inimigo. Ligados, por um sentimento natural tudo fizemos para secundar a acção daquelle commando, estavamos inteiramente senhores da nossa situação as ordens foram decisivas e immediatas, verificada e estimulada com a nossa presença, e assim nos foi possível dar o primeiro e único tiro a uma distância já de 8600 metros em que se achava em fuga, o poderoso vaso de guerra. Para nos artilheiros, ficou bem assignalado o valor do Forte do Vigia, alias já sufficiente e eloquentemente consagrado na defeza dos Dardanellos.
Passada a aventura e com os votos que fasemos para o completo domínio dos bandos aventureiros, que ainda nas campinas do Sul, se esforçam pelo desprestígio do Brasil, é com grande satisfacção que nominalmente elogio cada um dos elementos desta unidade pelo zelo, lealdade, enthusiasmo e presteza com que cumpriram as ordens de acção.
Cumpre destacar pela sua incontestável capacidade de trabalho, actividade e interesse na execução das ordens, o Snr. 1º tenente Armando Machado de Vasconcellos ajudante da Bateria que no momento attendeu com rapidez a todo o serviço dos paioes.
O Snr. 1º tenente Ney Miro Mendes de Moraes pela calma com que orientou os trabalhos de sua secção e a precisão com que aprehendeu os dados do tiro directo.
O Snr. 1º tenente Adalberto Monteiro de Andrade pela calma com que effectuou os trabalhos de previsão nos paioes.
O Snr. 1º tenente Dr. Abelardo Calmon de Oliveira pelos serviços extrordinários que prestou fazendo com intelligencia e zelo o de official de ligação junto ao Sector Oeste.
O Snr. 1º tenente Oscar Pereira de Sá pela iniciativa na recepção e transporte de munição para o Forte, pela capacidade de trabalho que incessantemente durante 48 horas desenvolveu, e ainda pela bôa distribuição dada aos reservistas que se apresentaram para a defeza do Quartel da Paz.
Primeiro sargento Jorge das Neves por ter revelado capacidade de trabalho, (final 1ª folha)
calma e bom humor.
Segundo sargento José Alvares Garrido pela intelligencia, calma e actividade.
Terceiro sargento João Machado de Freitas pela calma e segurança com que mostrou conhecer a sua peça.
Terceiro sargento Mamede Luiz da Silva pela calma e intelligencia evidenciada no serviço telemetrico.
Cabo José da Costa Almeida e os soldados José Raymundo Salgado dos Santos e Manoel Correa da Silva, pelos bons serviços prestados no carregamento da peça.
Ao Snr. 1º mechanico electricista Clemente Colens, tornou-se digno de destaque pelo interesse e boa vontade com que attendeu a todas as exigencias do serviço, bem como pela resistência physica revelada durante as 48 horas de acção e de previsão em que esteve no Forte.
Ao auxiliar de electricista Heitor de Oliveira por ter revelado grande compenetração dos seus deveres, apresentando-se immediatamente para o serviço sem pretextar a convalescença que vinha gozando.
Ao cabo reformado Osiris Barroso que promptamente se apresentou com 32 reservistas do exército, para cooperar na defeza do Forte, agradeço e louvo a sua acção patriotica cuja efficiencia foi grande no policiamento do morro e proximidades do Forte, bem como nos diversos serviços de abastecimento.
Ass. (Autor não identificado)
PS: Rascunho no papel de linho, liso, onde lê-se a marca d'água Golondrina Bond.
Bibliografia
editar- Pg. 2. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 05/04/1894
- Pg. 2. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 9 de setembro de 1894
- Pg. 4. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 07/06/1895
- Pg. 5. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 15 de dezembro de 1895
- Pg. 4. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 31/05/1900
- Pg. 3. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 24 de setembro de 1900
- Pg. 2. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 18 de dezembro de 1900
- Pg. 5. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 17 de maio de 1904
- Pg. 5. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 24 de julho de 1904
- Pg. 14. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 4 de outubro de 1904
- Pg. 5. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 22 de maio de 1906
- Pg. 10. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 17/05/1908
- Pg. 19. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 23/01/1909
- Pg. 4. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 28/01/1909
- Pg. 21. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 11 de maio de 1910
- Pg. 11. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 22 de maio de 1910
- Pg. 25. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 15/11/1910
- Pg. 19. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 18 de março de 1911
- Pg. 16. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 27 de dezembro de 1911
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- Pg. 21. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 25 de junho de 1913
- Pg. 2. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 3 de janeiro de 1918
- Pg. 41. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 9 de outubro de 1918
- Pg. 33. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 9 de março de 1919
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- Pg. 3. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 12/12/1921
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Referências
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- ↑ Fábrica de Pólvora sem fumaça
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- ↑ (Pg. 21. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 11/05/1910)
- ↑ fuzil Modelo 1908
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- ↑ Fábrica de Pólvora Sem Fumaça
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- ↑ Pg. 43. Seção 1. Diário Oficial da União (DOU) de 14/10/1923
- ↑ Fonte: NGB
Ligações externas
editarNavios de Guerra Brasileiros[ligação inativa]