Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves

avenida em Coronel Fabriciano no Brasil

A Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves, mais conhecida como Avenida Tancredo Neves, é um logradouro do município brasileiro de Coronel Fabriciano, no interior do estado de Minas Gerais. Começa na ponte sobre o rio Piracicaba, principal ligação entre Timóteo e Fabriciano, e termina na divisa com o município de Ipatinga, onde a via se transforma na Avenida Pedro Linhares Gomes.[1] Com cerca de 7 km de comprimento, corta os bairros Caladinho, Industrial Novo Reno, Universitário, Bom Jesus e Todos os Santos e delimita a divisa entre o Giovannini e os bairros Professores e Centro.[2]

Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves
Coronel Fabriciano, Minas Gerais, Brasil
Avenida Presidente Tancredo de Almeida Neves
Vista da Avenida Tancredo Neves a partir do bairro Bom Jesus
Nome popular Tancredo Neves
Nomes anteriores Trecho da MG-4
Trecho da BR-381
Tipo Avenida
Extensão 7 km
Início Ponte sobre o rio Piracicaba (Coronel Fabriciano–Timóteo)
Cruzamentos Avenida Magalhães Pinto (trevo)
Fim Avenida Pedro Linhares Gomes (Ipatinga)
Lugares que atravessa Todos os Santos, Centro, Professores, Giovannini, Bom Jesus, Universitário, Caladinho e Industrial Novo Reno

Trata-se do antigo trecho da BR-381 que cortava a cidade e concentra um considerável fluxo comercial, tendo cerca de 150 estabelecimentos ao longo de suas margens.[3] Os principais ramos presentes são de peças e acessórios automotivos, concessionárias de veículos, oficinas, empresas de ônibus e lojas de ferragens.[1] Também é uma das poucas vias do município que contam com ciclovia, que começa nas proximidades do Centro de Fabriciano e segue margeando a avenida até a divisa com Ipatinga, onde continua seu percurso.[4]

História editar

 
Avenida Tancredo Neves no Trevo Pastor Pimentel

A origem da via está relacionada à construção de uma estrada pela Usiminas, ligando a ponte sobre o rio Piracicaba a Ipatinga, na década de 1950, com a intenção de estabelecer um trajeto mais rápido entre o antigo Aeroporto da Acesita e a usina de Ipatinga. Posteriormente, essa estrada foi utilizada para a locação da rodovia MG-4,[5] para a qual foi feito um processo de terraplanagem da atual região do Caladinho pela Construtora Barbosa Mello Scarpelli Ltda.[6]

A rodovia foi uma das responsáveis pelo povoamento da região do bairro Caladinho, bem como pela instalação de diversos estabelecimentos comerciais ao longo de seu percurso.[1] A avenida recebeu o nome do ex-presidente Tancredo de Almeida Neves, que em 1947, como deputado estadual, apoiou a comissão pró-emancipação de Coronel Fabriciano liderada por seu amigo de infância Rubem Siqueira Maia. Este, por sua vez, tornou-se primeiro prefeito eleito após a criação do município, ocorrida em 1948.[7] O trecho rodoviário teve sua concessão integrada à BR-381 na década de 1960, quando foi pavimentado e asfaltado[8] e foi construído o Trevo Pastor Pimentel — interseção com a Avenida Magalhães Pinto.[9]

No começo da década de 80, a via teve 70% de sua extensão duplicada pelo Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais (DER-MG), no trajeto entre o viaduto e a divisa com Ipatinga, sendo assim uma continuação da duplicação da Avenida Pedro Linhares Gomes, realizada entre 1977 e 1988 no trecho urbano da rodovia em território ipatinguense.[10] Com o objetivo de reduzir o tráfego de veículos pesados na avenida, que corta uma das regiões mais populosas de Coronel Fabriciano e com considerável presença de escolas, a rodovia foi transferida para fora do perímetro urbano municipal, após a abertura de um anel rodoviário, construído entre 2001 e 2006.[10][11] Em 8 de janeiro de 2010, a prefeitura e o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) assinaram um acordo que concede a municipalização da avenida.[12]

Vista da avenida a partir do bairro Todos os Santos
Ciclovia da Tancredo Neves no bairro Bom Jesus
Trecho da Avenida Tancredo Neves no Caladinho
A avenida perto da divisa com Ipatinga

Ver também editar

Referências

  1. a b c Neto, Mário de Carvalho (2014). Vale do Aço Antes & Depois. Coronel Fabriciano-MG: MCN Comunicação e Editora. p. 14; 35 
  2. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) (16 de novembro de 2011). «Sinopse por setores». Consultado em 21 de outubro de 2014 
  3. Jornal Vale do Aço (23 de março de 2013). «Destino da ponte Fabriciano/Timóteo decidido terça». Consultado em 21 de outubro de 2014. Arquivado do original em 21 de outubro de 2014 
  4. Assessoria de Comunicação (6 de junho de 2011). «Prefeitura realizada ações em comemoração ao Dia do Meio Ambiente». Prefeitura. Consultado em 8 de agosto de 2011. Arquivado do original em 31 de julho de 2013 
  5. Mário Carvalho Neto (30 de janeiro de 2023). «Conheça a curiosa história do viaduto em demolição sobre a Av. Magalhães Pinto». Revista Caminhos Gerais. Consultado em 29 de fevereiro de 2024. Cópia arquivada em 29 de fevereiro de 2024 
  6. Leonardo Gomes (janeiro de 2012). «Grande Guia dos Bairros de Coronel Fabriciano». Revista Nosso Vale (15). 5 páginas. Consultado em 21 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 6 de outubro de 2014 
  7. Genovez, Patrícia Falco; Valadares, Vagner Bravos (outubro de 2013). «A formação territorial de Coronel Fabriciano (sede) e de Ipatinga (distrito) entre as décadas de 1920 e 1960: afinal, quem são os Estabelecidos e os Outsiders?». Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Revista de História Regional: 11–14. doi:10.5212/Rev.Hist.Reg.v.18i2.0005. Consultado em 21 de outubro de 2014. Cópia arquivada em 9 de julho de 2017 
  8. Rotary International. «Rotary Club: atuações na Canaã do estado de Minas». Universidade Federal do Espírito Santo (UFES). p. 26–29. Consultado em 21 de outubro de 2014. Arquivado do original em 13 de outubro de 2014 
  9. Plox (20 de janeiro de 2010). «Vereador quer alterar nome de avenida em Fabriciano». Consultado em 21 de outubro de 2014. Arquivado do original em 21 de outubro de 2014 
  10. a b Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) (dezembro de 2006). «RIMA - Relatório de Impacto Ambiental» (PDF). p. 6; 10. Consultado em 21 de outubro de 2014. Cópia arquivada (PDF) em 13 de outubro de 2014 
  11. Jornal Vale do Aço (23 de março de 2010). «50 Km/h na Tancredo Neves». Consultado em 21 de outubro de 2014. Arquivado do original em 21 de outubro de 2014 
  12. Assessoria de Comunicação (12 de janeiro de 2010). «Avenida Tancredo Neves é municipalizada». Prefeitura. Consultado em 19 de janeiro de 2010. Arquivado do original em 31 de julho de 2013 

Ligações externas editar

 
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