Ayda Ignez Arruda
Ayda Ignez Arruda (Lages, 27 de junho de 1936 – Campinas, 13 de outubro de 1983) foi uma matemática brasileira de renome internacional. Foi a primeira pesquisadora a formalizar as idéias de Nicolai A. Vasiliev[1], obtendo como resultado as lógicas paraconsistentes[2].
Ayda Ignez Arruda | |
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Conhecido(a) por | estudo da lógica paraconsistente |
Nascimento | 27 de junho de 1936 Lages, Santa Catarina, Brasil |
Morte | 13 de outubro de 1983 (47 anos) Campinas, São Paulo, Brasil |
Residência | Brasil |
Nacionalidade | Brasileira |
Alma mater | Universidade Católica do Paraná |
Orientador(es)(as) | Newton da Costa |
Instituições | Universidade Federal do Paraná Universidade Estadual de Campinas |
Campo(s) | Matemática |
Tese | Considerações sobre os Sistemas Formais NFn 1966[1] |
Biografia
editarAyda nasceu em Lages, filha de Lourenço Waltrick Arruda e Izabel Pereira do Amarante[2].
Ingressando no curso de Matemática da Faculdade de Filosofia da Universidade Católica do Paraná, formou-se em licenciatura e bacharelado em 1958 e 1959, inciando carreira acadêmica logo em seguida na Universidade Federal do Paraná, como professora de Análise Matemática e Superior[1]. Sob a orientação do professor Newton C. A. da Costa, na Universidade Federal do Paraná, em 1966, defendeu sua tese chamada "Considerações sobre os Sistemas Formais NFn"[2].
Carreira
editarSeu trabalho a manteve em contato com diversos matemáticos brasileiros e do exterior, como Marcel Guillaume, Andrés Raggio e Antonio Monteiro. Em 1968, mudou-se para Campinas, onde assumiu cargo de professora titular da área de lógica e fundamentos da matemática, no Instituto de Matemática, Estatística e Ciência da Computação (IMECC) da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp)[2].
Organizou diversos eventos e simpósios matemáticos e de lógica matemática, como o Simpósio de Lógica Matemática de 1975, na Unicamp, tendo como principal conferencista o matemático polonês Alfred Tarski. Sua pesquisa consiste em sistemas não-clássicos de lógicas paraconsistentes, utilizando ideias de Nicolai A. Vasiliev[1]. Os trabalhos de Ayda são hoje referência para uma geração de matemáticos e especialistas em lógica. Foi professora visitante e palestrante em diversas universidades, tanto do Brasil quanto do exterior[2].
Orientou vários alunos de mestrado e foi membro de bancas organizadoras e comitês julgadores. Participou de diversas bancas julgadoras de doutorado, incluindo as dos professores Antonio Mário Antunes Sette, Itala Maria Loffredo D'Ottaviano e Elias Humberto Alves[1]; foi membro fundador do Centro de Lógica, Epistemologia e História da Ciência da Unicamp e da Sociedade Brasileira de Lógica, da qual foi vice-presidente e presidente[2][1].
Morte
editarEm 16 de abril de 1980, assumiu a direção do IMECC, da Unicamp[1], último cargo que assumiu até sua morte prematura em 13 de outubro de 1983[2].