Brasil Pinheiro Machado
Brasil Pinheiro Machado (Ponta Grossa, 12 de dezembro de 1907 — Curitiba, 18 de outubro de 1997) foi um historiador, professor, magistrado, advogado e político brasileiro.[1]
Brasil Pinheiro Machado | |
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Prefeito de Ponta Grossa | |
Período | 1932 a 1933 |
Antecessor(a) | Othon Mader |
Sucessor(a) | Pedro Scherer Sobrinho |
Deputado Estadual do Paraná | |
Período | 1935 a 1937 |
Interventor Federal do Paraná | |
Período | 25 de fevereiro de 1946 até 6 de outubro de 1946 |
Antecessor(a) | Clotário de Macedo Portugal |
Sucessor(a) | Mário Gomes da Silva |
Deputado Federal pelo Paraná | |
Período | 12 de março de 1948 até 1951 |
Dados pessoais | |
Nascimento | 12 de dezembro de 1907 Ponta Grossa, Paraná |
Morte | 18 de outubro de 1997 (89 anos) Curitiba, Paraná |
Nacionalidade | brasileiro |
Progenitores | Mãe: Maria Eugênia Pinheiro Machado Pai: Brasil Ribas Pinheiro Machado |
Alma mater | Universidade Federal do Rio de Janeiro |
Cônjuge | Susana Pinheiro Machado |
Filhos(as) | Quatro |
Partido | AIB PSD |
Ocupação | Advogado, magistrado, poeta, historiador e político |
Foi interventor federal no Paraná, de 25 de fevereiro a 6 de outubro de 1946.[2]
Vida
editarFilho de Brasil Ribas Pinheiro Machado com Maria Eugênia Pinheiro Machado, na infância estudou em sua cidade natal. Seus primeiros estudos foram no Colégio Becker e Silva.[3] Já na juventude, estudou no Liceu Sagrado Coração de Jesus, na cidade de São Paulo, e o ensino superior, concluiu em 1930, quando bacharelou-se em Direito na Faculdade Nacional de Direito, na capital do país, Rio de Janeiro.[2]
Depois de formado, voltou para Ponta Grossa para atuar em um escritório de advocacia. Em menos de dois anos conquistou tamanho prestigio entre seus conterrâneos, que foi nomeado em 1932, pelo interventor Manoel Ribas, prefeito de Ponta Grossa.[1]
Aderiu ao Integralismo, de Plínio Salgado, tendo sido importante liderança da Ação Integralista Brasileira (AIB) no Paraná, atuando como coordenador do movimento no estado.[4][5]
Era casado com Susana Pinheiro Machado, com quem teve quatro filhos.[2]
Morreu em Curitiba no dia 18 de outubro de 1997.[2]
Realizações
editarEm 1934, disputou uma cadeira para a Assembleia Constituinte do Paraná. Eleito deputado estadual, assumiu em 1935 e tornando-se o relator da nova Carta estadual. Seu mandato durou até 10 de novembro de 1937, quando o golpe do Estado Novo suprimiu todos os órgãos legislativos do país.[2]
Em 1939, transferiu-se definitivamente para a capital, Curitiba, para assumir o cargo de Procurador Geral do Estado do Paraná em 11 de abril. O cargo de procurador, exerceu em duas etapas. Em sua primeira etapa, permaneceu até outubro de 1945, mas foi renomeado para o cargo em 7 de janeiro de 1946, exercendo suas funções até 25 de fevereiro de 1947. Foi neste segundo período que seu nome entrou numa lista quádrupla enviada ao presidente Eurico Gaspar Dutra para o cargo de Interventor Federal do Paraná. Sendo o escolhido, exerceu o cargo de 25 de fevereiro a 6 de outubro de 1946.[6]
Após desgastar-se com a bancada que representava o estado na Câmara Federal (principalmente com o deputado federal Gomy Júnior) e muito em relação às eleições para o governo estadual, gerando uma crise política no seu governo, renunciou o cargo, sendo substituído pelo coronel Mário Gomes da Silva.[6]
Com a criação do Tribunal de Contas do Estado do Paraná, em 1947, foi nomeado conselheiro e juiz da primeira estrutura organizacional do tribunal. Em 1948, licenciou-se para assumir a cadeira de deputado federal pelo PSD, na vaga deixada pela morte do jornalista Acir Guimarães.[1] Ao fim do mandato, retornou, em 1951, para o tribunal de contas onde aposentou-se, em 1966, após o termino do mandato de presidente da instituição, quando foi eleito para o cargo no início do ano de 1965.[6]
Também foi fundador, professor e diretor do Ginásio Regente Feijó, em Ponta Grossa, entre 1931 e 1938, e professor de História e diretor da Faculdade de Filosofia da Universidade Paraná (atual UFPR), além de professor de Filosofia da Universidade Católica do Paraná entre 1939 e 1962.
Foi poeta e historiador, editando obras como: "Quatro poemas" (1928), "Sinopse da história regional do Paraná" (1951) e "História do Paraná" (em coautoria com Cecília Maria Westphalen e Altiva Pilatti, 1967).[1][7]
Em 1999 foi homenageado pela Academia de Letras dos Campos Gerais sendo o patrono da cadeira número 9.[3]
Referências
- ↑ a b c d «Memorial Brasil Pinheiro Machado». Ministério Público do Estado do Paraná. Consultado em 12 de abril de 2020
- ↑ a b c d e «MACHADO, Brasil Pinheiro». Fundação Getúlio Vargas. Consultado em 12 de abril de 2020
- ↑ a b «Cadeira 09 - Brasil Pinheiro Machado - Patrono». Academia de Letras dos Campos Gerais. Consultado em 5 de janeiro de 2022
- ↑ Fellipe Alves, Luiz (2016). «INTEGRALISMO E A AÇÃO EM PARANAGUÁ. 1932 – 1938» (PDF). Curitiba: Universidade Federal do Paraná. ISSN 1808-9690. Consultado em 19 de setembro de 2024
- ↑ Cavallin Pinto, Rui (15 de dezembro de 2020). «Eu também fui integralista». Ministério Público do Estado do Paraná. Consultado em 19 de setembro de 2024
- ↑ a b c «Governantes - Brasil Pinheiro Machado». Casa Civil do Governo do Estado do Paraná. Consultado em 12 de abril de 2020
- ↑ Cordova, Maria Julieta (2016). Bento, Brasil e David: o discurso regional de formação social e histórica paranaense. Curitiba: Editora UFPR. ISBN 9788584800346
Precedido por Clotário de Macedo Portugal |
Interventor federal no Paraná 1946 |
Sucedido por Mário Gomes da Silva |