Cerura vinula

espécie de inseto

Cerura vinula é uma espécie de lepidóptero pertencente à família Notodontidae. Foi descrita pela primeira vez em 1758 por Lineu na 10.ª edição do Systema Naturae.

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCerura vinula
Cerura vinula adulta
Cerura vinula adulta
Lagarta da C. vinula em postura defensiva
Lagarta da C. vinula em postura defensiva
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Arthropoda
Classe: Insecta
Ordem: Lepidoptera
Família: Notodontidae
Gênero: Cerura
Espécie: C. vinula
Nome binomial
Cerura vinula
Linnaeus, 1758
Sinónimos
  • Phalaena vinula Linnaeus, 1758
  • Phalaena diuramajor Retzius, 1783
  • Dicranura vinula Linnaeus, 1758

Subespécies editar

São reconhecidas cinco subespécies:[1]

  • Cerura vinula benderi (Lattin, Becker & Roesler, 1974)
  • Cerura vinula estonica (Huene, 1905)
  • Cerura vinula irakana (Heydemann, Schulte & Remane, 1963)
  • Cerura vinula phantoma (Dalman, 1823)
  • Cerura vinula vinula (Linnaeus, 1758)

Descrição editar

 
Visão dorsal

Tem uma envergadura de 58 a 75 milímetros,[2][3] com os machos sendo ligeiramente menores do que as fêmeas. A cabeça, tórax e o abdômen são muito peludos, em uma coloração cinzenta com listras pretas em seu abdômen. As antenas são bipectinadas, as quais são um pouco menores nas fêmeas. As asas dianteiras são brancas ou cinza-amareladas, atravessadas por várias linhas escuras onduladas e nervuras alaranjadas. As asas traseiras são esbranquiçadas nos machos, e nas fêmeas são pretas e quase transparentes.[4]

As larvas crescem em média até 80 milímetros. No estágio final apresentam uma cor verde clara brilhante, e têm um padrão dorsal em marrom escuro ou arroxeado, com um contorno branco ou amarelado.[4] As larvas jovens são completamente negras. O abdômen termina em dois apêndices com flagelos vermelhos extensíveis.[5] O casulo tem um tom marrom avermelhado, protegido por uma camada dura de cortiça conectada à planta hospedeira.[4]

Distribuição e habitat editar

Esta espécie vive na região paleoártica e habita toda a Europa, através da Ásia temperada até a China, e também na África do Norte.[6] É encontrada em grande parte em bosques densos e úmidos, onde há abrangência de salgueiros e choupos, que constituem o alimento das larvas.[7]

Comportamento editar

 
O casulo, com pedaços de cortiça

O período de voo se estende de abril a agosto dependendo da altitude,[4] sendo uma espécie univoltina.[7] Das plantas hospedeiras, são incluídos os salgueiros e os choupos, principalmente o choupo-tremedor (Populus tremula).[2][8]

Ovos esféricos, marrons e com cerca de 1,5 milímetros são depositados pelas fêmeas no lado superior das folhas que se alimentam.[5][4] As pupas sobrevivem o inverno dentro do casulo reforçado.

As larvas, quando são ameaçadas, tomam uma forma defensiva, levantando a cabeça e abanando as suas duas caudas.[2] Caso esse aviso seja em vão, elas também podem espirrar ácido fórmico no agressor.[7]

Referências

  1. «Cerura vinula». BioLib.cz (em inglês e checo). Consultado em 15 de março de 2023 
  2. a b c «Puss Moth». UKmoths (em inglês). Consultado em 14 de março de 2023 
  3. «Cerura Vinula (Insecta: Lepidoptera: Notodontidae)». Naturhistoriska riksmuseet (em sueco) 
  4. a b c d e South, Richard (1907). The Moths of the British Isles. Col: 1 (em inglês). London & NY: Frederick Warne & Co. pp. 62–64 
  5. a b Ogden, Steve. «The Puss moth and caterpillar». Wildlife Insight (em inglês) 
  6. «Cerura (Cerura) vinula (Linnaeus, 1758)». Fauna Europaea. Consultado em 15 de março de 2023 
  7. a b c «Cerura vinula». Onlus Niscemi (em italiano). Arquivado do original em 12 de junho de 2013 
  8. Robinson, Gaden S.; Ackery, Phillip R.; Kitching, Ian J.; Beccaloni, George W.; Hernández, Luis M. (2010). «HOSTS - A Database of the World's Lepidopteran Plants». Natural History Museum (em inglês). Consultado em 15 de março de 2023 

Ligações externas editar

 
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