Cirsotrema (nomeados, em inglês, wentletraps -pl.[2][3]; nome derivado do alemão wendeltreppe, cujo significado, traduzido para o português, é "escada em espiral", devido à forma de suas conchas[2][6], e assim também denominadas staircase shells ou ladder shells -pl.[7][8]; em português - PRT -, escalárias -pl.[9]; em castelhano, escalas ou escalarias -pl.)[4] é um gênero de moluscos gastrópodes, marinhos e carnívoros de cnidários, pertencente à família Epitoniidae. Foi classificado por Otto Andreas Lowson Mörch, em 1852; com sua espécie-tipo, Cirsotrema varicosum, descrita no ano de 1822 por Jean-Baptiste de Lamarck.[1][5][10]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaCirsotrema
Ilustração da concha de Cirsotrema pumiceum (Brocchi, 1814)[1] retirada de Dall, W. H. 1902. Illustrations and descriptions of new, unfigured, or imperfectly known shells, chiefly American, in the U. S. National Museum.
Ilustração da concha de Cirsotrema pumiceum (Brocchi, 1814)[1] retirada de Dall, W. H. 1902. Illustrations and descriptions of new, unfigured, or imperfectly known shells, chiefly American, in the U. S. National Museum.
Duas vistas da concha de Cirsotrema varicosum (Lamarck, 1822)[1], encontrada do Japão ao Sudeste Asiático[2][3]; a maior espécie do gênero Cirsotrema, podendo chegar aos 7 centímetros de comprimento.[4]
Duas vistas da concha de Cirsotrema varicosum (Lamarck, 1822)[1], encontrada do Japão ao Sudeste Asiático[2][3]; a maior espécie do gênero Cirsotrema, podendo chegar aos 7 centímetros de comprimento.[4]
Classificação científica
Reino: Animalia
Filo: Mollusca
Classe: Gastropoda
Ordem: Caenogastropoda
Família: Epitoniidae
Berry, 1910 (1812)[1]
Género: Cirsotrema
Mörch, 1852[1]
Espécie-tipo
Cirsotrema varicosum
(Lamarck, 1822)[1][5]
Espécies
ver texto
Duas vistas da concha do holótipo de Cirsotrema intextum Bozzetti, 2007[1], coletada em Madagáscar; espécime da coleção do Museu Nacional de História Natural, em Paris.
Sinónimos
Caloscala Tate, 1885
Cirsotrema (Circuloscala) De Boury, 1886
Cirsotrema (Cirsotrema) Mörch, 1852
Cirsotrema (Coroniscala) de Boury, 1909
Cirsotrema (Tioria) Marwick, 1928
Cirsotremopsis Thiele, 1928
Coroniscala de Boury, 1909
Dannevigena Iredale, 1936
Elegantiscala de Boury, 1911
Laniscala T.-C. Lan, 1976
Scala (Cirsotrema) Mörch, 1852
Scala (Coroniscala) de Boury, 1909
Scala (Elegantiscala) de Boury, 1911
Scala (Mammiscala) de Boury, 1909
Scalaria (Cirsotrema) Mörch, 1852
Tioria Marwick, 1928
(WoRMS)[1]

Descrição da concha editar

Conchas em forma de torre, com espiral alta e coloração de branca a cinzenta ou amarelada, em graus variados, e sem umbílico em sua base. Com abertura de circular a oval, sem canal sifonal e com o relevo de sua concha geralmente bem esculpido de finas estrias espirais, cruzadas por elevações axiais, ou varizes mais altas, formando pequenas cavidades. Opérculo córneo e circular, com finas e poucas voltas espirais e com núcleo quase central.[3][5]

Espécies de Cirsotrema editar

  • Cirsotrema amamiense Nakayama, 2000
  • Cirsotrema amplsum Nakayama, 2000
  • Cirsotrema bennettorum Garcia, 2000
  • Cirsotrema bonum (Melvill, 1906)
  • Cirsotrema browni Poppe, 2008
  • Cirsotrema canephorum (Melvill, 1906)
  • Cirsotrema cloveri L. G. Brown, 2002
  • Cirsotrema ctenodentatum Zelaya & Güller, 2017
  • Cirsotrema dalli Rehder, 1945
  • Cirsotrema edgari (de Boury, 1912)
  • Cirsotrema ernestoilaoi Garcia E., 2001
  • Cirsotrema excelsum Garcia, 2003
  • Cirsotrema fimbriatulum (Masahito, Kuroda & Habe, 1971)
  • Cirsotrema fimbriolatum (Melvill, 1897)
  • Cirsotrema forresti (Dell, 1956)
  • Cirsotrema georgeanum Zelaya & Güller, 2017
  • Cirsotrema herosae Garcia, 2003
  • Cirsotrema hertzae Garcia, 2010
  • Cirsotrema intextum Bozzetti, 2007
  • Cirsotrema krousma Kilburn, 1985
  • Cirsotrema magellanicum (Philippi, 1845)
  • Cirsotrema martyr (Iredale, 1936)
  • Cirsotrema matugisiense (Ozaki, 1958)
  • Cirsotrema mituokai (Ozaki, 1958)
  • Cirsotrema montrouzieri Souverbie, 1872
  • Cirsotrema pilsbryi (McGinty, 1940)
  • Cirsotrema pumiceum (Brocchi, 1814)
  • Cirsotrema richeri Garcia, 2003
  • Cirsotrema rugosum (Kuroda & Ito, 1961)
  • Cirsotrema skoglundae Garcia, 2010
  • Cirsotrema strebeli Zelaya & Güller, 2017
  • Cirsotrema togatum (Hertlein & A. M. Strong, 1951)
  • Cirsotrema trabeculatum (A. Adams, 1861)
  • Cirsotrema translucida (Gatliff, 1906)
  • Cirsotrema turbonilla A. Adams, 1861
  • Cirsotrema validum (Verco, 1906)
  • Cirsotrema varicosum (Lamarck, 1822)
  • Cirsotrema vulpinum (Hinds, 1844)
  • Cirsotrema zelebori (Dunker, 1866)
  • Cirsotrema zografakisi Poppe, Tagaro & L. G. Brown, 2006[1]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b c d e f g h i j «Cirsotrema Mörch, 1852» (em inglês). World Register of Marine Species. 1 páginas. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  2. a b c WYE, Kenneth R. (1989). The Mitchell Beazley Pocket Guide to Shells of the World (em inglês). London: Mitchell Beazley Publishers. p. 43. 192 páginas. ISBN 0-85533-738-9 
  3. a b c ABBOTT, R. Tucker; DANCE, S. Peter (1982). Compendium of Seashells. A color Guide to More than 4.200 of the World's Marine Shells (em inglês). New York: E. P. Dutton. p. 68-70. 412 páginas. ISBN 0-525-93269-0 
  4. a b FERRARIO, Marco (1992). Guia del Coleccionista de Conchas (em espanhol). Barcelona, Espanha: Editorial de Vecchi. p. 114-116. 220 páginas. ISBN 84-315-1972-X 
  5. a b c RIOS, Eliézer (1994). Seashells of Brazil (em inglês) 2ª ed. Rio Grande, RS. Brazil: FURG. p. 99. 492 páginas. ISBN 85-85042-36-2 
  6. «Family Epitoniidae - Wentletraps» (em inglês). Seashells of NSW. 1 páginas. Consultado em 20 de novembro de 2020 
  7. OLIVER, A. P. H.; NICHOLLS, James (1975). The Country Life Guide to Shells of the World (em inglês). England: The Hamlyn Publishing Group. p. 56. 320 páginas. ISBN 0-600-34397-9 
  8. «Wentletrap» (em inglês). Encyclopædia Britannica. 1 páginas. Consultado em 19 de dezembro de 2020 
  9. Ferreira, Franclim F. (2002–2004). «Conchas». FEUP. 1 páginas. Consultado em 7 de dezembro de 2020. Arquivado do original em 7 de outubro de 2020 
  10. «EPITONIIDAE». Conquiliologistas do Brasil: CdB. 1 páginas. Consultado em 20 de novembro de 2020 
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