A Classe Habsburg foi uma classe de navios couraçados pré-dreadnought operados pela Marinha Austro-Húngara, composta pelo SMS Habsburg, SMS Árpád e SMS Babenberg. Suas construções começaram na virada para o século XX nos estaleiros da Stabilimento Tecnico Triestino em Trieste; os batimentos das quilhas do Habsburg e Árpád ocorreram em 1899, enquanto do Babenberg foi em 1901. Eles foram os primeiros couraçados comissionados para a Áustria-Hungria e suas construções marcaram o início de um grande programa de expansão e modernização naval.

Classe Habsburg

O SMS Babenberg, a terceira embarcação da classe
Visão geral  Áustria-Hungria
Operador(es) Marinha Austro-Húngara
Construtor(es) Stabilimento Tecnico Triestino
Custo Kr 18 milhões por navio
Sucessora Classe Erzherzog Karl
Período de construção 1899–1904
Em serviço 1900–1916
Construídos 3
Características gerais
Tipo Couraçado pré-dreadnought
Deslocamento 8 965 t (carregado)
Comprimento 114,6 m
Boca 19,8 m
Calado 7,5 m
Propulsão 2 hélices
2 motores de tripla-expansão
16 caldeiras
Velocidade 19,6 nós (36,3 km/h)
Autonomia 3 600 milhas náuticas a 10 nós
(6 670km a 19 km/h)
Armamento 3 canhões de 240 mm
12 canhões de 150 mm
10 canhões de 66 mm
8 canhões de 47 mm
2 tubos de torpedo de 450 mm
Blindagem Cinturão: 180 a 220 mm
Convés: 40 mm
Torres de artilharia: 210 mm
Casamatas: 88 a 137 mm
Torre de comando: 100 a 200 mm
Tripulação 638

Os couraçados da Classe Habsburg tinham um comprimento de 114 metros, boca de dezenove metros, calado de pouco mais de sete metros e um deslocamento carregado que podia chegar a quase nove mil toneladas. Seus sistemas de propulsão eram compostos por dezesseis caldeiras a carvão que alimentavam dois motores de tripla-expansão com quatro cilindros, que por sua vez giravam duas hélices até uma velocidade máxima de dezenove nós (36 quilômetros por hora). Os navios eram armados com uma bateria principal formada por três canhões de 240 milímetros.

Os navios tiveram serviço limitado durante a Primeira Guerra Mundial. Eles deram suporte em agosto de 1914 para a fuga dos cruzadores alemães SMS Goeben e SMS Breslau da Itália para o Império Otomano, enquanto em maio de 1915 participaram do Bombardeio de Ancona. Foram descomissionados em 1916, passando a atuar como um navios de defesa costeira. Os três foram brevemente colocados de volta no serviço em 1918 como um navios de treinamento. Com a derrota da Áustria-Hungria, as embarcações foram entregues ao Reino Unido e desmontadas em 1921.

Antecedentes

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O almirante Hermann von Spaun foi nomeado o Comandante da Marinha Austro-Húngara em 1897 e logo percebeu que as doutrinas da Jeune École não realizariam os objetivos navais austro-húngaros da época. Consequentemente, ele propôs um novo plano de expansão naval que incluiria um grande número de couraçados, cruzadores, contratorpedeiros e barcos torpedeiros. Os já existentes navios de defesa de costa da Classe Monarch seriam considerados os primeiros couraçados, porém os restantes precisariam ser projetados e construídos segundo o padrão de outras frotas.[1]

Spaun teve o apoio do arquiduque Francisco Fernando, o herdeiro presuntivo do trono, que também enxergou a necessidade de construir navios de guerra modernos. O Ministério das Relações Exteriores também acreditava que uma marinha forte seria essencial para defender os interesses do país no exterior, especialmente depois de navios modernos dos Estados Unidos terem destruído esquadras espanholas na Guerra Hispano-Americana. A Áustria-Hungria tinha grandes interesses comerciais no Levante e o número de portos acessados por navios mercantes austro-húngaros estavam crescendo. O orçamento necessário para a construção das embarcações foi aprovado em 1898.[1]

Projeto

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Características

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Diagrama dos navios da Classe Habsburg

Os navios da Classe Habsburg foram projetados pelo arquiteto naval Siegfried Popper.[2] Eles tinham 113,1 metros de comprimento da linha de flutuação e 114,6 metros de comprimento de fora a fora.[3] Tinham uma boca de 19,8 metros, calado de 7,5 metros[4] e borda livre de aproximadamente 5,8 metros na proa e por volta de 5,5 metros na popa.[5] O deslocamento carregado chegava em 8 965 toneladas e suas tripulações eram formadas por 638 oficiais e marinheiros.[4] Os couraçados tinham um convés principal nivelado e pranchado com madeira, enquanto os conveses superiores eram cobertos por linóleo e corticina.[6]

Os cascos de todos os navios foram construídos com esqueletos internos transversais e longitudinais de aço, sobre os quais as placas externas foram rebitadas. O casco incorporava um fundo duplo que cobria aproximadamente 63% por cento de seu comprimento total. Uma série de anteparas a prova d'água se estendiam desde a quilha até o convés superior; havia ao todo 174 compartimentos a prova d'água em cada embarcação.[7] Os couraçados tinham uma altura metacêntrica que ficava entre 82 centímetros e 1,02 metro. Quilhas de sentina também foram instaladas nas laterais.[8]

As embarcações eram impulsionadas por dois conjuntos de motores de tripla-expansão com quatro cilindros, que eram alimentados por um total de dezesseis caldeiras do tipo Belleville, que giravam duas hélices. O maquinário do SMS Habsburg era capaz de gerar 15 063 cavalos-vapor (11 232 quilowatts) de potência, o que fazia com que o navio chegasse a uma velocidade máxima de 19,62 nós (36,34 quilômetros por hora). O sistema do SMS Árpád era levemente menos eficiente, produzindo 14 307 cavalos-vapor (10 669 quilowatts), porém conseguiu chegar a uma velocidade de 19,65 nós (36,39 quilômetros por hora) durante seus testes marítimos. O SMS Babenberg era o mais potente dos três, produzindo dezesseis mil cavalos-vapor (11,2 mil quilowatts) e chegando a uma velocidade máxima de 19,85 nós (36,76 quilômetros por hora).[3]

Armamentos

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Os navios da Classe Habsburg tinham uma bateria principal composta por três canhões L/40 de 240 milímetros montados em duas torres de artilharia, uma dupla instalada na frente da superestrutura e uma simples instalada atrás.[3] As armas do Habsburg e do Árpád foram produzidas pela Krupp na Alemanha, sendo do tipo K/97, enquanto aquelas do Babenberg foram fabricadas pela Škoda-Werken na Boêmia e eram do tipo K/01. As torres de artilharia podiam abaixar até cinco graus negativos e elevar até vinte graus, enquanto o arco de tiro era de 130 graus para cada lado. Cada arma necessitava de vinte tripulantes para ser operada. Na elevação máxima, elas eram capazes de disparar um projétil de 229 quilogramas a uma distância de 15,8 quilômetros. Os canhões do Habsburg e Árpád podiam disparar com uma cadência de tiro de dois disparos por minuto, enquanto a cadência de tiro do Babenberg era de dois a três disparos por minuto, os dois primeiros com uma velocidade de saída de 705 metros por segundo e o terceiro com 725.[9]

Sua bateria secundária consistia em doze canhões alemães SK L/40 de 150 milímetros montados em casamatas. Eles eram dispostos em um arranjo incomum, com seis canhões em cada lado da embarcação, divididos em dois conveses.[3] Elas podiam abaixar até sete graus negativos e subir até vinte, o que permitia o disparo de um projétil de quarenta quilogramas a 13,7 quilômetros de distância, possuindo uma velocidade de saída que ficava entre 725 e oitocentos metros por segundo. Seu arco de tiro era de 150 graus em cada lado e tinham uma cadência de tiro que ficava entre quatro e cinco disparos por minutos. Cada canhão era completamente operado manualmente.[10] Havia outras armas menores, incluindo dez canhões L/45 de 66 milímetros, seis canhões L/44 de disparo rápido de 47 milímetros e dois canhões L/33 de disparo rápido de 47 milímetros. Todas estas eram instaladas em torres simples no convés e na superestrutura e em casamatas na proa e popa.[3] Também havia dois tubos de torpedo Whitehead de 450 milímetros.[5]

Blindagem

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Os couraçados eram protegidos com um aço cromo-níquel endurecido.[5] O cinturão de blindagem tinha 220 milímetro de espessura na parte central dos navios, onde os depósitos de munição, sala de máquinas e outros espaços importantes ficavam localizados. O cinturão se afinava para 180 milímetros de espessura nas extremidades na seção central.[3] Depois das barbetas, o casco era protegido com placas de cinquenta milímetros que seguiam até a proa e popa. Todo o cinturão, incluindo as partes mais finas na frente e atrás das barbetas, iam até 1,3 metro abaixo da linha d'água e 1,06 metro acima. O cinturão era alargado na proa para cobrir o rostro. A proteção lateral era complementada por uma blindagem de cem milímetros acima do cinturão; esta seção seguia até o convés principal.[5] O convés era blindado com quarenta milímetros de espessura.[3]

As torres de artilharia da bateria principal eram protegidas por placas de blindagem de 210 milímetros de espessura na frente e nas laterais. As barbetas que mantinham as torres no lugar e protegiam as estações de trabalho e outras partes vitais da seção eram blindadas com 183 milímetros de espessura. As casamatas dos canhões de 150 milímetros eram protegias com 137 milímetros de blindagem no lado externo e 88 milímetros no lado dentro, que era menos vulnerável. A torre de comando dianteira tinha laterais de duzentos milímetros de espessura e também continha um tubo de comunicações que possuía uma proteção de 150 milímetros. Por outro lado, a torre de comando traseira era bem menos protegida, com suas laterais tendo cem milímetros de espessura e seu tubo de comunicação tendo apenas cinquenta milímetros de espessura.[5]

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Os navios da Classe Habsburg foram os primeiros couraçados da Áustria-Hungria e suas construções marcaram o início de um programa de expansão naval.[11] Eles foram construídos pela Stabilimento Tecnico Triestino em Trieste. O batimento de quilha do Habsburg ocorreu em 13 de março de 1899, seguido pelo batimento do Árpád em 10 de junho. O primeiro foi lançado ao mar em 9 de setembro de 1900, com os trabalhos de equipagem começando logo em seguida. As obras do Babenberg começaram pouco depois em 19 de janeiro de 1901, com o lançamento do Árpad acontecendo em 11 de setembro do mesmo ano. O Babenberg foi lançado ao mar em 4 de outubro de 1902 e o Habsburg foi comissionado na frota em 31 de dezembro. Os comissionamentos do Árpád e Babenberg ocorreram, respectivamente, em 15 de junho de 1903 e 15 de abril de 1904.[3][12]

Navio Construtor Homônimo Batimento Lançamento Comissionamento Destino
Habsburg Stabilimento Tecnico Triestino Casa de Habsburgo 13 de março de 1899 9 de setembro de 1900 31 de dezembro de 1902 Desmontados em 1921
Árpád Arpades 10 de junho de 1899 11 de setembro de 1901 15 de junho de 1903
Babenberg Casa de Babemberga 19 de janeiro de 1901 4 de outubro de 1902 15 de abril de 1904

História

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Tempos de paz

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O Habsburg em 1901

O Habsburg e o Árpád participaram dos primeiros exercícios de frota da Marinha Austro-Húngara em meados de 1903, com o Babenberg juntando-se ao seus irmãos no ano seguinte para o segundo exercício. Durante estas manobras, os três membros da Classe Habsburg enfrentaram os três navios de defesa de costa da Classe Monarch em uma simulação de combate; esta foi a primeira vez na história naval austro-húngara que duas esquadras homogêneas de embarcações de guerra modernas operaram dentro da marinha.[13] Os couraçados da Classe Habsburg formaram a 1ª Divisão, enquanto os navios da Classe Monarch formaram a 2ª Divisão.[14] As embarcações também atuaram no Mar Mediterrâneo, com o Habsburg e os membros da Classe Monarch realizando um cruzeiro de treinamento pela região em janeiro de 1903. O Árpád juntou-se ao grupo em um cruzeiro semelhante no ano seguinte.[13] Os couraçados da Classe Erzherzog Karl entraram em serviço entre 1906 e 1907 e os três navios da Classe Habsburg foram transferidos para a 2ª Divisão, com a Classe Monarch passando a formar a 3ª Divisão.[15]

Primeira Guerra

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Os couraçados da Classe Habsburg estavam designados para a 3ª Divisão da 1ª Esquadra de Batalha da Marinha Austro-Húngara quando a Primeira Guerra Mundial começou em julho de 1914, com o Habsburg atuando como a capitânia da divisão sob o comando do capitão Miklós Horthy.[16] Eles foram depois transferidos para a 4ª Divisão depois da entrada em serviço dos novos couraçados da Classe Tegetthoff. Por volta da mesma época, em agosto de 1914, as três embarcações foram mobilizadas junto com o restante da frota austro-húngara com o objetivo de apoiar a fuga dos cruzadores alemães SMS Goeben e SMS Breslau. Estes estavam servindo no Mediterrâneo quando a guerra começou e estavam tentando sair de Messina e escapar para o Império Otomano, ao mesmo tempo fugindo de navios britânicos. A Marinha Austro-Húngara deixou sua base em Pola assim que os alemães partiram de Messina e ela avançou até Brindisi, no sul da Itália, para cobrir os cruzadores, depois retornando em segurança para Pola.[17]

A Itália declarou guerra contra a Áustria-Hungria em 23 de maio de 1915 e a Marinha Austro-Húngara realizou logo no dia seguinte um grande bombardeio contra Ancona e regiões próximas.[4] O almirante Anton Haus, o Comandante da Marinha, liderou o ataque pessoalmente a bordo do Habsburg, mesmo a embarcação na época já estando muito obsoleta, pois ele não queria arriscar liderar os modernos couraçados da Classe Tegetthoff na dianteira da ação.[18] Os três navios da Classe Habsburg fizeram parte da força principal do ataque, junto com os couraçados das classes Tegetthoff e Erzherzog Karl e o SMS Erzherzog Franz Ferdinand da Classe Radetzky. A força atacou diversas instalações portuárias e militares na cidade de Ancona e não enfrentaram resistência. Toda a operação foi um sucesso e a força retornou em segurança para Pola ao final do dia.[19]

Pouco depois do bombardeio, em meados de 1916, os três navios da Classe Habsburg foram descomissionados e usados como navios de defesa costeira pelos dois anos seguintes.[20] Suas tripulações foram transferidas para u-boots e para a força aérea.[4] Os três brevemente retornaram para o serviço ativo em 1918 como navios de treinamento.[21] Entretanto, a Áustria-Hungria foi derrotada na guerra em novembro do mesmo ano e, sob os termos do Tratado de Saint-Germain-en-Laye de setembro de 1919, o Habsburg, Árpád e Babenberg foram entregues ao Reino Unido como prêmios de guerra, porém acabaram sendo vendidos e desmontados na Itália em 1921.[20]

Referências

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  1. a b Noppen 2012, p. 9
  2. Noppen 2012, pp. 5, 10
  3. a b c d e f g h Gardiner, Chesneau & Kolesnik 1979, p. 272
  4. a b c d Hore 2006, p. 91
  5. a b c d e Naval Institute Proceedings 1901, p. 152
  6. Naval Institute Proceedings 1901, p. 151
  7. Phelps 1901, p. 25
  8. Phelps 1901, p. 26
  9. «Austria-Hungary 24 cm/40 (9.4") K94, K97 and K/01». NavWeaps. Consultado em 31 de julho de 2020 
  10. «Germany 15 cm/40 (5.9") SK L/40». NavWeaps. Consultado em 31 de julho de 2020 
  11. Henderson 2014, cap. 2
  12. Sieche 1985, p. 333
  13. a b Sondhaus 1994, p. 158
  14. Blatchford 1904, p. 437
  15. Littell & Littell 1909, p. 140
  16. Tucker 2005, p. 560
  17. Halpern 1995, p. 54
  18. Sondhaus 1994, p. 274
  19. Noppen 2012, p. 28
  20. a b Sieche 1985, p. 330
  21. Lakatos, Alex. «Habsburg Class Battleships». Battleships-Cruisers.co.uk. Consultado em 16 de julho de 2020 

Bibliografia

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  • Blatchford, Robert (1904). «Sundries: A Socialist editor on conscription». H. Colburn. The United Service Magazine. 150 
  • Gardiner, Robert; Chesneau, Roger; Kolesnik, Eugene M. (1979). Conway's All the World's Fighting Ships: 1860–1905. Londres: Conway Maritime Press. ISBN 978-0-85177-133-5 
  • Halpern, Paul G. (1995). A Naval History of World War I. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-1-55750-352-7 
  • Henderson, Jon K. (2014). Crisis in the Mediterranean: Naval Competition and Great Power Politics, 1904–1914. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-1-61251-476-5 
  • Hore, Peter (2006). Battleships. Londres: Lorenz Books. ISBN 978-0-7548-1407-8 
  • Littell, Charles W.; Littell, Robert S. (1909). The Living Age. 262 
  • Naval Institute Proceedings. 27. Annapolis: United States Naval Institute. 1901 
  • Noppen, Ryan (2012). Austro-Hungarian Battleships 1914–18. Oxford: Osprey Publishing. ISBN 978-1-84908-688-2 
  • Phelps, Harry (1901). «Notes on ships and torpedo boats, Section 2». Annapolis: Office of Naval Intelligence, Government Printing Office. Notes on the Year's Naval Progress (20) 
  • Sieche, Erwin F. (1985). «Austria-Hungary». In: Gardiner, Robert; Gray, Randal. Conway's All the World's Fighting Ships: 1906–1921. Annapolis: Naval Institute Press. ISBN 978-0-87021-907-8 
  • Tucker, Spencer C. (2005). World War I: Encyclopedia. I. Santa Barbara: ABC-CLIO. ISBN 978-1-8510-9-4202 

Ligações externas

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