Discussão:Luta armada contra a ditadura militar brasileira

Tópico sem título editar

A seção que fala das organizações que lutaram contra a ditadura militar estava com o título impreciso e tendencioso. O conteúdo ainda precisa ser melhorado. Há organizações como o grupo dos 11 que por exemplo existiu antes do golpe e que está fora do contexto. É necessário também separar quem abraçou a luta armada e quem a evitou como o PCB que aparece na lista, mas que pregava a luta de massas.

189.32.184.131 (discussão) 01h25min de 12 de abril de 2015 (UTC)Responder

Verdadeiras razões editar

Na época, o mundo vivia uma dualidade entre EUA e URSS, esta última fomentava a instauração de regimes totalitários comunistas, lutando com países alinhados aos norte-americanos, entre os quais o Brasil.

A chama "luta armada de esquerda" não visava apenas o confronto com o regime militar, apoiado pelos EUA, mas sim a implantação de um regime nas bases comunistas do bloco soviético, a exemplo do que ocorreu, e ainda ocorre, em Cuba. JCMA (discussão) 18h19min de 2 de novembro de 2018 (UTC)Responder

Saudações JCMA, há um consenso acadêmico sobre a "ameaça comunista" no Brasil ter sido somente uma série de propagandas e conspirações anticomunistas do IPES, IBAD e da imprensa aliada às elites civis e militares. Com o golpe, surge a luta armada de esquerda como uma forma de resistência porém reprimida de forma desigual. Você pode conferir no livro 1964: história do regime militar brasileiro. Eu geralmente peço para que sempre sejam citadas as fontes ao fazer afirmações e marcações de parcialidades, porém este mesmo livro que eu citei fala sobre o Revisionismo histórico que ocorre atualmente por parte dos militares. Vamos lembrar que a a wikipédia não é um fórum de discussões. No entanto eu concordo com a marcação de parcial por outros motivos, pretendo analisá-lo melhor. Obrigado Crash Overclock (discussão) 19h30min de 2 de novembro de 2018 (UTC)Responder
A coisa não é assim, preto no branco. Mas devo concordar que o artigo está ruim. É um monstro de Frankenstein, cheio de informações desconexas e conflitantes, dando peso ora para as narrativas dos guerrilheiros, ora para as narrativas dos militares, além de mencionar iniciativas que não tem relação nenhuma coma a luta armada, como o impacto da Revolução Russa no Brasil e a Intentona Comunista de 1935. Esse é um artigo no qual pretendo trabalhar em breve, o problema é que não vou poder fazer isso até o início de dezembro, pelo menos. Mas já adianto de antemão o que deverá ser feito: uma contextualização do impacto da Revolução Cubana na esquerda brasileira, do golpe de 1964 e da radicalização das esquerdas, discorrer sobre o desenvolvimento da luta armada, de suas organizações, as concepções políticas que as guiavam, suas principais ações, a repressão aos grupos guerrilheiros, e por fim, o legado político da luta armada no Brasil. E é claro, isso deve ser feito levando em consideração fontes historiográficas sérias e estudos acadêmicos embasados, e de preferência ignorando fontes produzidas por atores envolvidos no conflito - ou seja, relatos memoriais de guerrilheiros e militares devem ser descartados logo de cara. O Estranho no Ninho (discussão) 21h13min de 2 de novembro de 2018 (UTC)Responder

Revisão editar

Como podem perceber, realizei uma revisão completa no artigo. Apesar de achar que ainda falta acrescentar algumas coisas, como algumas informações sobre a composição social das organizações armadas, e, especialmente, uma seção discutindo o legado político da luta armada no Brasil, creio que os leitores finalmente tem agora um texto minimamente decente, contextualizado, imparcial e coerente. Entretanto, peço opiniões por parte dos interessados. Gostaria de saber se faltou citar ou explicar alguma coisa no texto. Talvez a introdução pudesse ser melhorada e eu aceitaria uma ajuda para "azular" o artigo. Chamo aqui os usuários Joalpe e Young Brujah, que parecem ter interesse no tema, para opinar. O Estranho no Ninho (discussão) 22h17min de 18 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Outra coisa, também acho que o título do artigo pode ser movido para, simplesmente, "Luta armada no Brasil". Somente organizações de esquerda empreenderam a luta armada aqui, e não houve nenhuma luta armada de libertação nacional na história do país que possa ser confundida com aquela que é tratada no artigo. O Estranho no Ninho (discussão) 22h20min de 18 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
Nem preciso dizer que ficou maravilhoso. Parabéns! Érico (disc.) 22h23min de 18 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
O título "Luta armada no Brasil" vai ficar muito vago se não constar uma época pois existiram muitas lutas armadas no Brasil, contra os franceses no Rio de Janeiro os holandeses no Nordeste etc. DARIO SEVERI (discussão) 23h05min de 18 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
DARIO SEVERI, o termo "luta armada" usualmente só é utilizado para designar lutas de libertação nacional ou resistência armada a regimes autoritários. E não é possível haver confusão com esses episódios que você mencionou. Ninguém chama as invasões holandesas no Brasil ou a Insurreição Pernambucana de "luta armada contra os holandeses", pelo menos não na historiografia tradicional. O Estranho no Ninho (discussão) 23h23min de 18 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
Olá Estranhononinho, eu ainda acredito que pode haver confussão, houve diversas resistências armadas no Brasil, se não me engano uma em 1932 iniciada em São Paulo, outras no Rio de Janeiro, outra logo depois da queda do Império e outra posterior ... obviamente como você por ser brasileiro conhece melhor a história do Brasil mas penso que deveria ser adicionado algo mais detalhado e não somente "Luta armada no Brasil". DARIO SEVERI (discussão) 23h39min de 18 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Redação da introdução editar

Salve, vigilantes. Proponho a seguinte reescrita da introdução, visando padronização e concisão:

A luta armada no Brasil foi uma série de movimentos promovidos por diversos grupos de esquerda, especialmente entre 1968 e 1972, durante a ditadura militar. Embora tenha assumido um caráter de resistência ao regime, não tinha como objetivo o retorno à ordem democrática anterior ao golpe militar, mas sim a realização de uma revolução socialista no Brasil, inspirando-se na Revolução Chinesa e na Revolução Cubana. Apesar de algumas iniciativas realizadas entre 1965 e 1967, aprofundou-se após a proclamação do Ato Institucional nº 5 (AI-5) em 1968. Com o fechamento total do regime, diversas organizações se convenceram de que somente o recurso às armas poderia derrubar a ditadura militar. Neste cenário, lançaram-se à luta armada dezenas de organizações, das quais destacaram-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Embora almejassem iniciar a guerrilha rural, as organizações revolucionárias se notabilizaram por suas ações urbanas: vistas como atos de propaganda armada da revolução, estas ações — que incluíam assaltos a agências bancárias e a carros pagadores, roubos de armamentos do Exército e, posteriormente, o sequestro de embaixadores e diplomatas para trocá-los por presos políticos — serviam para arrecadar fundos para desencadear a guerrilha no campo e sustentar a infraestrutura clandestina destas organizações.

A guerrilha urbana, qualificada como terrorismo pelo governo e pela grande imprensa, inicialmente surpreendeu o aparelho repressivo do Estado, que, no entanto, não tardou em aperfeiçoar-se e profissionalizar-se no combate às guerrilhas. Para isso, os altos comandos militares iniciaram a construção de uma estrutura policial e burocrática calcada na espionagem, na coleta de informações, em operações policiais voltadas à captura e ao interrogatório dos opositores políticos do regime e no uso sistemático da tortura.

A despeito de seu sucesso inicial, as organizações revolucionárias foram caminhando para um crescente isolamento social, que piorou muito após a escalada repressiva. As ações armadas nas cidades duraram pouco tempo. De todas as organizações envolvidas na luta armada, apenas o PCdoB conseguiu promover efetivamente a guerrilha rural. O desmantelamento da guerrilha do Araguaia em 1974 marcou a desarticulação total da luta armada no Brasil, ao custo de centenas de mortos, exilados e desaparecidos pela ditadura.

Aqui como esta no momento:

Durante a ditadura militar, diversos grupos de esquerda promoveram a luta armada no Brasil, especialmente entre 1968 e 1972. Embora tenha assumido um caráter de resistência ao regime, a luta armada tinha como objetivo não o retorno à ordem democrática anterior ao golpe militar, mas sim a realização de uma revolução socialista no Brasil, inspirada nos modelos chinês e cubano. Apesar de algumas iniciativas realizadas entre 1965 e 1967, a luta armada se aprofundou após a proclamação do Ato Institucional nº 5 (AI-5) em 1968. Com o fechamento total do regime, diversas organizações se convenceram de que somente o recurso às armas poderia derrubar a ditadura militar. Neste cenário, dezenas de organizações se lançaram à luta armada. Entre elas, destacaram-se a Ação Libertadora Nacional (ALN), o Comando de Libertação Nacional (COLINA), o Movimento Revolucionário 8 de Outubro (MR-8), o Partido Comunista do Brasil (PCdoB), a Vanguarda Popular Revolucionária (VPR) e a Vanguarda Armada Revolucionária Palmares (VAR-Palmares).

Embora almejassem iniciar a guerrilha rural, as organizações revolucionárias se notabilizaram por suas ações nas cidades, que eram vistas como atos de propaganda armada da revolução e serviam para arrecadar fundos para desencadear a guerrilha no campo e sustentar a infraestrutura clandestina das organizações. Essas ações incluíam assaltos a agências bancárias e carros pagadores e roubos de armamentos do Exército. Posteriormente as organizações também passaram a realizar sequestros de embaixadores e diplomatas, que eram trocados por presos políticos.

A guerrilha urbana, qualificada como terrorismo pelo governo e pela grande imprensa, inicialmente surpreendeu o aparelho repressivo do Estado, que, no entanto, não tardou em aperfeiçoar-se e profissionalizar-se no combate às guerrilhas. Nesse sentido, os altos comandos militares iniciaram a construção de uma estrutura policial e burocrática calcada na espionagem, coleta de informações e operações policiais voltada para a captura e interrogatório dos opositores políticos do regime, e incluindo, entre seus métodos, o uso sistemático da tortura.

A despeito de seu sucesso inicial, as organizações revolucionárias foram caminhando para um crescente isolamento social, que piorou muito após a escalada repressiva. As ações armadas nas cidades duraram pouco tempo, e de todas as organizações envolvidas na luta armada, apenas o PCdoB conseguiu promover efetivamente a guerrilha rural. O desmantelamento da guerrilha do Araguaia em 1974 marcou a desarticulação total da luta armada no Brasil, ao custo de centenas de mortos, exilados e desaparecidos pela ditadura.

Abraço. Caio! (discussão) 17h22min de 20 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Caio!, não me oponho à mudança. Só acho que fica um pouco estranho o "A luta armada no Brasil foi uma série de movimentos promovidos por diversos grupos de esquerda...". Mas não consigo pensar em algo muito melhor, também. Talvez: "A luta armada no Brasil envolveu uma série de ações promovidas por diversos grupos de esquerda..."? O Estranho no Ninho (discussão) 18h18min de 20 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
@Estranhononinho: que tal "A luta armada no Brasil foi uma série de ações promovidas por diversos grupos de esquerda"? Assim evitamos o "envolveu" e seus derivados -- "refere-se", "diz respeito", "designa" etc. (cf. en:WP:REFERS), Caio! (discussão) 23h59min de 20 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
@Estranhononinho: prezado, como não se opôs, fiz a edição 54350629]. Podemos ir melhorando no próprio artigo. Grande abraço. Caio! (discussão) 13h46min de 22 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Reunificando editar

O texto seguinte foi movido de: Usuário Discussão:Caio!

Olá Caio, agradeço suas edições no artigo Luta armada de esquerda no Brasil, porém, estou reunificando algumas seções que tu acabou separando no artigo. Se for parar pra reparar, essas seções em questão foram escritas e organizadas de modo a não serem tão fragmentadas. Sds, O Estranho no Ninho (discussão) 01h40min de 22 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Salve, Estranho. Sem problemas! Contudo, peço que reconsidere: a ideia das subseções não é fragmentar o verbete, mas permitir que o conteúdo seja mais facilmente encontrado a partir do índice.[1] É um verbete longo, com seções longas: se não subdividi-lo, o acesso à informação fica mais díficil. Textos acadêmicos como este não devem ser lidos do começo ao fim: são textos de pesquisa e consulta, para as quais é imprescindível que facilitemos o trabalho do leitor. Em tempo: quero deixar claro que, apesar de estar criticando, respeito muito o trabalho que realizou neste verbete (mas não só nele!). Grande abraço! Caio! (discussão) 13h28min de 22 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
Caro Caio!, divergências editoriais no projeto são comuns e até mesmo saudáveis. Fico feliz que esteja interessado em colaborar de alguma forma na construção desse verbete e entendo o seu ponto perfeitamente. Porém, nosso livro de estilo recomenda que o "abuso de subtítulos deve ser evitado, pois faz o artigo parecer desordenado e mais extenso do que realmente é". Algumas das subdivisões que criou eu achei interessantes e muito bem vindas. No entanto, não acho que fica bacana um artigo com muitas subdivisões, não só pelas razões apontadas nas recomendações do livro de estilo, mas também porque ocorre que o artigo pode ter muitas subseções com pouco texto. Especialmente a sessão "Desenvolvimento da luta armada" eu escrevi pensando naquela estrutura que está posta, e por mais que suas subseções falem de vários assuntos, tem uma lógica interna ali, que pode ser percebida na leitura do texto. Quando houve a subdivisão, ocorreu exatamente o que descrevi: muitas subseções com pouco texto cada. Além do sumário ter ficado gigante, causando o efeito de que o artigo parece ser mais longo do que realmente é. O Estranho no Ninho (discussão) 19h50min de 22 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
@Estranhononinho: Salve, Estranho. Bem, minha proposta era de tornar explícita a lógica interna que, agora, esta implícita. Concordemos, então, que discordamos. Grande abraço. \o Caio! (discussão) 13h18min de 25 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Referências

  1. Um exemplo: na seção "Lutas de massa, fechamento do regime e imersão geral na luta armada" fala-se do (1) desejo do regime de se institucionalização e seu posterior endurecimento; (2) da reação de três grupos sociais a este endurecimento (estudantil, operário e político); (3) da "imersão geral" dos movimentos de esquerda na luta armada; e (4) das ações realizadas por estes movimentos. Tive de ler a seção para saber do que se tratava, pois "Lutas de massa, fechamento do regime e imersão geral na luta armada" resume de maneira geral (tratam-se destes três tópicos nesta seção), mas não os distingue a fundo para o leitor: quais lutas foram empreendidas? Quais as consequências do fechamento do regime? Por que "lutas de massa" e "imersão geral na luta armada"? Não são o mesmo assunto? Esta tudo lá, mas deve-se procurar para achar.

Contra essa imagem principal nos parágrafos introdutórios editar

Eu ia editar isso por conta própria, mas achei bom externar antes. O cartaz de "Terroristas Procurados" é panfletário e deve ser colocado numa seção sobre a propaganda do regime militar contra a luta armada. Caso contrário, compromete vários princípios de imparcialidade desta enciclopédia - mesmo que o texto vá em outra direção, mas a primeira impressão é a que fica, sobretudo quando a impressão é imagética: vem antes do texto. Para entenderem, basta cogitar o oposto: um cartaz produzido por algum dos diversos grupos da luta armada contra a ditadura militar - o que, aliás, seria mais correto, já que o verbete é sobre a luta armada, não sobre o prisma dos militares ou do regime a respeito dela. Além de ser panfletário, o cartaz em si tem um erro crasso, infelizmente muito comum neste país de debates com alta defasagem intelectual em temas sensíveis (embora fosse proposital para os interesses ideológicos da ditadura militar): confunde absurdamente as práticas e o conceito de terrorismo com as práticas e conceito de luta armada/guerrilha/revolução, abismalmente diferentes. Auréola (dis) 00h58min de 26 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder

Auréola, como falei pra ti na minha página de discussão, essa impressão causada de modo algum foi proposital. Eu não havia pensado desse modo e acreditava que, com a legenda, a imagem estava suficientemente contextualizada. Concordo com a tua colocação e movi a imagem para a seção mais adequada. Mas fica a dúvida sobre qual imagem colocar na introdução, então. Pensei naquela dos prisioneiros políticos trocados pelo embaixador americano, muito embora alguns deles não tivessem envolvimento com a luta armada. Por isso fico na dúvida. Se quiseres pode subir alguma imagem que ache significativa pra colocar ali, também. O Estranho no Ninho (discussão) 02h04min de 26 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
Obrigado por considerar. Sim, peço que aguarde mais um pouco, pois ainda preciso terminar minhas edições no Educação na ditadura militar brasileira. Depois venho para este. Também tenho meus escritos pessoais para continuar, que me tomam tempo (inclusive uma novela que se passa nos primeiros anos da ditadura, cujo protagonista é um jovem da luta armada). Auréola (dis) 06h53min de 26 de fevereiro de 2019 (UTC)Responder
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