Forte Aljalali
Forte Aljalali (em árabe: قلعة الجلالي) ou Forte Oriental (em árabe: الشرقية قلعة) é um forte no porto em Velha Mascate, em Omã. Foi erigido pelo Império Português por ordem do rei Filipe I (r. 1581–1598), entre 1586 e 1588, para proteger o porto depois de Mascate ter sido saqueada duas vezes por forças otomanas. Em 1650, caiu às forças omanis. Nas guerras civis entre 1718 e 1747, foi capturado duas vezes por persas convidados a apoiar um dos imames rivais. Depois, sofreu extensa reconstrução.
Forte Aljalali | |
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قلعة الجلالي | |
Forte Aljalali, em 2008 | |
Informações gerais | |
Tipo | castelo, património cultural |
Fim da construção | c. 1586 |
Restauro | 1983 |
Proprietário(a) inicial | Império Português |
Função inicial | Fortaleza militar |
Proprietário(a) atual | Governo de Omã |
Função atual | Museu |
Património de Portugal | |
SIPA | 24609 |
Geografia | |
País | Omã |
Cidade | Mascate |
Coordenadas | 23° 37′ 00″ N, 58° 35′ 53″ L |
Localização em mapa dinâmico |
Por várias vezes, serviu como refugiu ou prisão para membros da família real. Em grande parte do século XX foi usado como a principal prisão de Omã, contudo esta função terminou durante os anos 70. Foi restaurado em 1983 e convertido num museu privado de história cultural de Omã, e seu acesso está reservado apenas a dignitários que visitem o país. As exibições incluem canhões, velhos mosquetes e fechos de mecha, mapas, carpetes e outros artefactos.
Etimologia
editarOs portugueses chamavam à estrutura Forte de São João.[1] A origem do actual nome "Aljalali" é disputada; uma teoria advém do arábico Aljalal, que significa "grande beleza". Uma lenda conta que foi baptizado em honra ao comandante balúchi Mir Jalal Cã, da tribo de Hote, tal como o Forte Almirani foi baptizado em honra ao seu irmão, Mir Mirane, que também era comandante. O forte também é conhecido como Forte Oriental.[2]
Localização
editar"Mascate" significa "âncora".[3] Fiel ao seu nome, a Velha Mascate é um porto natural numa posição estratégica entre o Golfo Pérsico e o Oceano Índico. Encontra-se na costa do Golfo de Omã numa baía com cerca de 700 metros de largura, protegida do lado do mar por uma ilha rochosa.[4][a] O porto está rodeado por montanhas, o que dificulta o acesso por via terrestre. Mascate poderá ter sido descrita pelo geógrafo Ptolomeu no século II, que registou um "porto escondido" na mesma região.[3]
Aljalali localiza-se sobre uma formação rochosa a leste do porto de Mascate. Encontra-se visível e próximo do forte Almirani, que está construído sobre outra formação rochosa a oeste do porto. Mascate era fortemente defendida por estes dois fortes contra ataques marítimos, pelo forte de Mascate mais a ocidente e por outras fortificações erigidas em formações rochosas um pouco por toda a circunferência da baía.[5] Até bem recentemente, era apenas acessível a partir do lado do porto através de um conjunto de escadas talhadas na formação rochosa.[5] A reclamação de terra realizada na costa, entre o forte e a baía, fizeram com que se originasse um espaço para um heliporto, e um caminho-de-ferro funicular torna o forte ainda mais acessível.[6]
História
editarContexto
editarNo início do século XV, Mascate era um pequeno porto utilizado por navios para se abastecerem com água. No início do século XVI começou a tornar-se um importante centro de comércio.[3] Nesta altura, o interior de Omã era controlado por um imame árabe, contudo a costa onde Mascate se situava encontrava-se sob poder do rei persa de Ormuz.[7] Em 1497, o navegador português Vasco da Gama descobriu a rota marítima que contornava o extremo sul da África e, a leste, a rota em direcção à Índia e às ilhas das Especiarias. Os portugueses rapidamente tentaram estabelecer monopólio no comércio das especiarias, da seda e outros produtos. Assim, entraram em conflito com o Sultanato Mameluco do Egito cujo comércio com a Europa, que dependia de rotas pelo Mar Vermelho, se encontrava agora ameaçado. Ormuz era o principal centro das rotas comerciais com os atuais Iraque e Irão, através do Golfo Pérsico.[8] Cientes disso, os portugueses também quiseram tomar o controlo desta rota.[9]
Em 10 de agosto de 1507, uma expedição de seis navios sob o almirante Afonso de Albuquerque partiu da recém-estabelecida base portuguesa em Socotorá em direcção a Ormuz.[10][b] Os portugueses navegaram junto a costa de Omã, destruindo navios e pilhando cidades.[11] Em Curiate, que tomaram depois de um duro combate, os portugueses mutilaram os prisioneiros, mataram os habitantes independentemente do sexo e idade, pilharam e queimaram a cidade. Mascate, em primeira instância, rendeu-se incondicionalmente para evitar o mesmo destino.[12] Mas, as pessoas depressa retiraram a sua declaração depois de chegarem reforços para combater os portugueses. Mais tarde, Albuquerque lançou um ataque bem sucedido à cidade, matando a maior parte dos habitantes e, depois, pilhou e queimou-a.[13]
Os portugueses então continuaram ao longo da costa, e o governador de Soar decidiu transferir a sua lealdade ao rei de Portugal e pagar tributo.[14] Em 26 de setembro, os portugueses chegaram a Ormuz e tomaram a cidade após uma pesada resistência no dia 10 de outubro de 1507.[9] Albuquerque assinou um tratado sob o qual os portugueses ficaram livres de pagar qualquer imposto ou taxa alfandegária, e também teriam permissão para construir um forte e um centro de comércio em Ormuz.[15] Mascate tornar-se-ia então um porto frequentado pelos portugueses. Em 1512, Diogo Fernandes de Beja chegou ali para cobrar tributo. Em 1515 Albuquerque, agora Vice-rei da Índia, visitou o porto. Em 1520, aquando da viagem entre o Mar Vermelho e Ormuz, uma frota de 23 embarcações portuguesas ficou ancorada no porto.[16] Quando a revolta geral contra os portugueses, que controlavam Ormuz, foi despoletada em Novembro de 1521, Mascate foi um dos locais onde os portugueses não foram atacados.[17]
Fortaleza portuguesa
editarEm 1527, os portugueses começaram a construir quartéis, armazéns e uma capela em Mascate, obra aparentemente concluída em 1531.[18] Em 1546, uma força de quatro galeotas otomanas entrou no porto e bombardeou a cidade, sem, contudo, chegar a atracar. Para tornar o local mais seguro, os portugueses enviaram um engenheiro para construir um forte no lado ocidental do porto, onde o forte Almirani se encontra hoje.[19] Os portugueses construíram assim este primeiro forte em Mascate, em 1550.[20] Dois anos depois, em abril de 1552, uma frota otomana de 24 galeões e quatro embarcações de abastecimento comandada por Piri Reis deixou o Suez em direcção a Ormuz, com o objectivo de eliminar a presença portuguesa na região. Uma força de avanço desembarcou em Mascate em julho. Após um cerco de 18 dias, esta caiu perante as forças otomanas e o forte foi destruído. O oficial João de Lisboa, junto com 128 portugueses, foram feitos prisioneiros. A principal frota otomana chegou e toda a força seguiu para Ormuz.[21] Os portugueses voltaram a conquistá-la em 1554, e no mesmo ano resistiram a um ataque otomano.[22]
Aljalali foi erigido depois de os otomanos saquearem Mascate outra vez, em 1582.[23] Em 1587, o Capitão Belchior Calaça[c] foi enviado a Mascate para construir uma fortaleza, que foi baptizada Forte de São João.[19] O topo da formação rochosa sobre a qual o forte assenta foi, em primeiro lugar, nivelado, e as rochas à volta trabalhadas de modo a impossibilitar qualquer tipo de escalada até às paredes do forte.[24] Calaça construiu uma cisterna para armazenar água para seus ocupantes e armou-o com canhões.[19] Ao que tudo indica, foi construído por cima de fundações de um edifício que outrora poderá ter existido ali, sendo que a principal construção dos portugueses foram as posições artilhadas a apontar à baía.[23] Tanto Aljalali como Almirani foram ambos concluídos entre 1586 e 1588.[25]
Os portugueses viram o seu poderio ameaçado na região com a chegada e posterior aumento de mercadores ingleses e holandeses. Em 1622, uma força conjunta entre persas e ingleses tomaram Ormuz.[26] Depois deste evento, os portugueses construíram mais fortes pela costa de Omã, apesar de terem abandonado a maior parte deles em 1633-34, concentrando-se na defesa de Mascate. [20] Depois de 1622, os portugueses começaram a fortalecer o forte Aljalali, aparentemente com a intenção de o tornar no principal forte da região.[25] Contudo, em 1623, o Forte do Almirante (actualmente Almirani) ainda era considerado o mais importante dos dois fortes e, ocasionalmente, era usado como residência pelo governador de Mascate.[27]
Em 1625 os portugueses construíram muros e torres à volta de Mascate para melhorar sua capacidade defensiva. Actualmente, ainda podem ser vistos vestígios destas fortificações.[28] Mascate estava a tornar-se uma esponja das finanças portuguesas, com a exigência de ser necessário uma grande força militar e naval à defender. O comércio não prosperou como se esperava depois de o mercado persa ter encerrado qualquer troca com Mascate até 1630. Por esta altura, holandeses e ingleses dominavam as trocas comerciais no Golfo Pérsico.[29]
Nácer ibne Murxide foi o primeiro imame da dinastia iaruba em Omã, eleito em 1624.[30] Ele foi capaz de unir as tribos da zona com o objectivo conjunto de expulsar os portugueses.[31] Nácer ibne Murxide, depois de iniciar a sua campanha, expulsou os portugueses de todas as bases em Omã, exceto Mascate. Mais tarde, em dezembro de 1649, o seu primo, Sultão ibne Ceife, conquistou a cidade[32] e cerca de 600 portugueses escaparam por mar, enquanto outros fugiram para dentro do forte Almirani; renderam-se em 23 de janeiro de 1650 após terem sido submetidos a um cerco.[25][d] A perda de Mascate por parte por portugueses marcou o início da expansão marítima de Omã, na qual as possessões portuguesas na Índia e no leste africano rapidamente ficaram ameaçadas.[26]
Invasões persas
editarDepois da morte, em 1718, do quinto imame iaruba de Omã, Sultão ibne Saíde II, uma luta começou entre vários pretendentes à posição.[31] O forte Aljalali foi danificado durante esta guerra civil.[33] O país ficou dividido entre Ceife ibne Sultão II e o seu primo Balárabe ibne Himiar. Vendo seu poder desvanecer, Ceife pediu ajuda a Nader Xá da Pérsia.[34] Em 1788, a força que detinha os dois fortes do porto de Mascate rendeu-se perante as forças persas,[33] que reembarcaram à Pérsia após saquearem o local.[35] Alguns anos mais tarde Ceife, que havia sido deposto, voltou a pedir ajuda, e uma expedição persa chegou a Julfar, por volta de outubro de 1742.[36] Os persas realizaram uma expedição mal-sucedida para capturar Mascate, tendo sido derrotados pelo estratagema do novo imame Sultão ibne Murxide.[37] Mais tarde, em 1743, os persas voltaram, desta vez acompanhados por Ceife. Eles tomaram Mascate, mas os fortes Aljalali e Almirani continuaram a resistir e Ceife considerava uma rendição deles. Os historiadores de Omã dizem que o comandante persa, Mirza Taqui, convidou Ceife para um banquete no seu navio. Ceife ficou embriagado pelo vinho e o selo pessoal foi-lhe roubado, sendo usado para forjar um pedido para que os comandantes dos fortes se rendessem, um acto que se revelou bem-sucedido.[38]
História posterior
editarAmade ibne Saíde Albuçaídi, o primeiro sultão da dinastia Abuçaíde, cercou Mascate e capturou os fortes em 1749. Mandou renovar os fortes, particularmente Aljalali; sua função mudou, passando de uma posição de defesa passiva do porto para uma base a partir da qual tropas poderiam ser despachadas. Nas décadas seguintes, o edifício principal no centro do forte e as torres redondas foram adicionadas à estrutura.[33] No início de 1781, dois filhos de Amade ibne Saíde, Sultão ibne Amade e Ceife, tomaram o controlo dos fortes. Quando o governador de Mascate tentou recuperar o controlo dos fortes, Sultão e Ceife começaram a bombardear a cidade. Os dois irmãos ganharam o apoio do poderoso Xeique Sacar, que marchou na capital em abril de 1781. O pai deles concordou com uma amnistia, permitindo que os filhos rebeldes continuassem a controlá-los; mais tarde mudou de ideias e capturou Almirani, tendo eles continuado a resistir em Aljalali durante vários meses.[39]
Sultão e Ceife, então, capturaram o seu irmão Saíde ibne Amade e aprisionaram-no em Aljalali.[39] O imame (pai deles) viajou até Mascate e chegou à cidade em janeiro de 1782. Ordenou o comandante de Almirani a disparar os canhões contra Aljalali quando os seus navios faziam o mesmo a leste do forte. Enquanto este bombardeamento decorria, Saíde ibne Amade subornou o guarda da sua cela e fugiu. Isolados e sem um refém, os dois irmãos renderam-se.[40] O imame levou Ceife e manteve-o sob vigilância para impedir que se revoltasse de novo.[41] Saíde ibne Amade reinou entre 1783 e 1789. Durante o seu reinado o seu filho foi aprisionado no forte Aljalali, durante algum tempo, pelo governador de Mascate, até que outros filhos libertaram o irmão.[40]
O forte é mencionado várias vezes na história de Omã durante o século XIX. Enquanto o Sultão ibne Amade estava longe do seu país, durante uma peregrinação a Meca no início de 1803, o seu sobrinho Badre ibne Ceife orquestrou uma tentativa para controlar o forte Aljalali. A história conta que ele estava a ser transportado, dentro de uma caixa, para dentro do forte, contudo foi detectado por um comerciante hindu; ele escapou e refugiou-se no Catar.[42] Em junho de 1849 o governador de Soar celebrou um tratado com os britânicos para suprimir o tráfico de escravos. Isto despoletou uma revolta nas camadas religiosas, na qual o governador foi morto e o seu pai, Hamade, tomou o lugar de liderança. O sultão de Omã, então a residir em Zanzibar, orquestrou uma operação à captura de Hamade e mandou-o à prisão em Aljalali. Hamade morreu no dia 23 de abril de 1850, tendo sido envenenado ou morrido à fome.[43] Em 1895 uma série de tribos saquearam Mascate. O sultão Faiçal ibne Turqui refugiou-se em Aljalali até seu irmão, que controlava o forte Almirani, ter tomado novamente o controlo da cidade.[33]
Durante grande parte do século XX o forte Aljalali foi a principal prisão de Omã, detendo cerca de 200 prisioneiros. Alguns destes foram pessoas do interior de Omã, capturadas durante a Guerra de Jabal Acdar (1954–1959), ou provavelmente depois da guerra terminar. Outros prisioneiros foram feitos durante a Rebelião Dofar (1962–1976).[1] Foi a mais notória das prisões de Omã, que eram conhecidas pela falta de condições básicas.[44] O Coronel David Smiley, comandante das forças armadas do sultão em Mascate, referiu-se à prisão como "um fundo do inferno".[28] Em 1963, quarenta e quatro prisioneiros escaparam graças a um plano bem elaborado, contudo a grande maioria foi rapidamente capturada, em parte devido à sua condição física débil. Em 1969, um guarda ajudou dois membros da família real a escaparem, mas foram apanhados alguns dias depois. Em 1970, a prisão foi encerrada.[1]
Estrutura e exibições
editarO forte Aljalali passou por um processo de restauração em 1983.[45] Actualmente pouco resta do período português, havendo ainda algumas inscrições em língua portuguesa. Depois da restauração, o forte foi convertido num museu sobre a história cultural de Omã.[5] Encontra-se aberto a entidades importantes, como a chefes-de-estado em visita, mas não está aberto ao público.O forte tem um papel especial em eventos especiais envolvendo a monarquia, eventos de navegação no porto de Mascate, fogos de artifício e outros eventos culturais.[46]
O forte é composto por duas torres com uma parede que as une, tendo esta várias aberturas por onde canhões podem ser instalados. [2] O interior do forte está agora repleto de fontes e piscinas, árvores e jardins. O resultado tem sido descrito como uma "Disneificação". [6] No centro do forte existe um pátio com várias árvores. À volta dele estão vários quartos, recintos e torres acessíveis através de um complexo sistema de escadarias que anteriormente puderam ter tido um propósito defensivo. Portas massivas com pontas de ferro protegem certas secções do forte.[5]
Entre tudo o que é exibido no forte encontram-se canhões nas posições defensivas, cordas e equipamentos incendiários, velhos mosquetes e fechos de mecha. Existem mapas e outras ilustrações de tempos históricos, incluindo uma placa que ilustra ventos e correntes na baía de Mascate. Um quarto, com um tecto decorado com madeira de palmeiras, alberga várias relíquias histórias de Omã. Uma torre central quadrada é o edifício onde se encontram as principais exposições do museu, que inclui carpetes, tapeçaria, jóias, armas, utensílios caseiros do dia-a-dia e suportes de incenso.[5] Um salão de refeições encontra-se situado ao lado do pátio para ser usado pelos visitantes VIP. Um velho utensílio para fazer brisa encontra-se preservado no local, outrora operado manualmente mas actualmente mecanizado.[5]
Notas
editar
- [a] ^ A cidade moderna de Mascate situa-se a cerca de 4 quilómetros a oeste do porto de Velha Mascate e do porto vizinho de Matara, e a zona metropolitana de Mascate estende-se em direcção a oeste ao longo da costa.[47]
- [b] ^ As fontes portuguesas contam diferentes histórias sobre as ordens dadas a Albuquerque. Algumas dizem que ele teve ordens para tomar Adém e realizar um bloqueio do Mar Vermelho, em vez de tomar Ormuz. Contudo, ele poderá ter tido permissão para agir da maneira que entendesse ser melhor e mais eficaz, sendo que o objectivo último seria sempre o de interromper as rotas comerciais ali existentes.[10]
- [c] ^ Samuel Barrett Miles refere-se ao Capitão que construiu o forte como "Melchior Calaça".[24] Outras fontes dizem "Belchior Calaça".[19]
Referências
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