Grande Guerra Patriótica
A Grande Guerra Patriótica, (em russo: Великая Отечественная война, transl. Вели́кая Оте́чественная война́, Velikaya Otechestvennaya voyna[1]) é o termo utilizado na Rússia e outras ex-repúblicas soviéticas (exceto pelos Países Bálticos, Geórgia, Azerbaijão e Ucrânia) para descrever o conflito e o esforço de guerra do país contra a Alemanha Nazista e seus aliados (Bulgária, Hungria, Itália, Romênia, Eslováquia, Finlândia, Croácia) ocorrida entre 1941 e 1945 na Segunda Guerra Mundial.[2]

O nome "A Grande Guerra Patriótica" foi usada na União Soviética após discurso de rádio de Stalin para a nação soviética no dia 03 julho de 1941.[3]
Em 1914-1915 o nome da "Grande Guerra Patriótica" foi usado às vezes em publicações informais para a Primeira Guerra Mundial. A frase foi usada pela primeira vez para a guerra entre a União Soviética e Alemanha nos artigos do jornal "Pravda", em 23 e 24 de junho de 1941.
História Editar
A Operação Barbarossa teve início em 22 de junho de 1941 quando três grupos de exércitos, totalizando mais de 191 divisões da Alemanha e de seus aliados, atravessaram as fronteiras da então União Soviética.
O Grupo de Exércitos Norte comandado por Wilhelm Ritter von Leeb tinha como objetivo ocupar as bases navais do mar Báltico e tomar Leningrado (atual São Petersburgo, segunda maior cidade e berço da revolução comunista). O Grupo de Exércitos Centro, comandando por Von Bock, visava avançar pela estrada de ferro de Varsóvia a Moscou ocupando as cidades de Minsk, Smolensk, Viazma e Moscou (maior cidade e capital soviética). O Grupo de Exércitos Sul, comandado por Gerd von Rundstedt, tinha a meta de ocupar toda a Ucrânia (o "celeiro" da nação, pela grande produção de cereais). O avanço das tropas do Eixo foi fixado no seu avanço máximo em torno da linha que ia de Arkhangelsk ao norte a Astrakhan ao sul.
O Exército Vermelho (assim chamado desde os tempos da guerra civil), apesar dos avisos vindos de várias fontes, foi apanhado de surpresa, fato este que possibilitou o fácil e rápido avanço das forças invasoras. Passando a surpresa inicial e sob a liderança de Josef Stalin, o Exército Vermelho conseguiu resistir - no entanto, sofreu numerosas perdas humanas e materiais, tendo um terço do território na Europa (a mais rica e populosa) caído na mão do inimigo. Calcula-se que perto de cinco milhões de soldados do Exército Vermelho tenham sido mortos, capturados ou feridos nos primeiros seis meses da guerra.
Apesar das significativas vitórias dos exércitos do Eixo nas batalhas de Minsk, Smolensk, Viazma e Kiev, entre outras, a tenacidade da resistência dos soldados soviéticos, acrescentada pela mobilização do povo soviético diante do inimigo, fez com que a máquina de guerra nazista não alcançasse seus principais objetivos, que eram destruir o exército soviético e conquistar as principais cidades do país: Leningrado e Moscou.
Referências
- ↑ em azeri: Бөјүк Вәтән мүһарибәси; em bielorrusso: Вялікая Айчынная вайна; em estoniano: Suur Isamaasõda; em armênio/arménio: Մեծ Հայրենական պատերազմ; em georgiano: დიდი სამამულო ომი; em cazaque: Ұлы Отан соғысы; em quirguiz: Улуу Ата Мекендик согуш; em lituano: Didysis Tėvynės karas; em letão: Lielais Tēvijas karš; em moldavo: Мареле Рэзбой пентру апэраря Патрией; em tajique: Ҷанги Бузурги Ватанӣ; em turcomeno: Бейик Ватанчылык уршы; em tártaro: Бөек Ватан сугышы, em ucraniano: Велика Вітчизняна війна, Velyka Vitchyznyana viyna; em usbeque: Улуғ Ватан уруши
- ↑ Zbigniew Brzezinski (2010). "Second Chance: Three Presidents and the Crisis of American Superpower. Estados Unidos: "Basic Books. p. 240. ISBN 978-5-7133-1379-1
- ↑ «O discurso do rádio do Presidente Da Comissão Nacional De Defesa J. V. STALIN, 3 de julho de 1941»