Hebanthe erianthos

Hebanthe erianthos (com muitos sinônimos, incluindo Iresine erianthos e Pfaffia paniculata), [1] conhecido como suma, picão-de-tropeiro, solidonia ou ginseng brasileiro, é uma espécie de planta da família Amaranthaceae.[2]

Como ler uma infocaixa de taxonomiaHebanthe erianthos

Classificação científica
Superdomínio: Biota
Reino: Plantae
Sub-reino: Viridiplantae
Infrarreino: Streptophyta
Superdivisão: Embryophyta
Divisão: Tracheophyta
Subdivisão: Euphyllophyta
Ordem: Caryophyllales
Família: Amaranthaceae
Subfamília: Gomphrenoideae
Género: Hebanthe
Espécie: Hebanthe erianthos

O epíteto específico também é escrito " eriantha", embora o basiônimo seja Iresine erianthos. [3]

A raiz desta trepadeira encontrada na América do Sul é usada tradicionalmente como remédio e tônico. Apelidado de "para tudo" no Brasil, é um fitoterápico tradicional. [4] Os povos indígenas da região amazônica têm usado a raiz suma por gerações para uma ampla variedade de propósitos de saúde, inclusive como tônico geral; como tônico energético, rejuvenescedor e sexual; um agente calmante; para tratar úlceras; e como uma panaceia por pelo menos 300 anos. [5]

A raiz contém fitoquímicos, incluindo saponinas (pfaffosídeos), [6] ácido pfáffico, beta-ecdisterona, glicosídeos e nortriterpenos. [5]

Taxonomia editar

A espécie foi descrita em 2000 por Troels Myndel Pedersen e Troels Myndel Pedersen. [7] Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [2]

  • Iresine erianthos (Poir.) Pedersen
  • Gomphrena eriantha (Poir.) Moq.
  • Gomphrena paniculata glabrata Seub.
  • Hebanthe paniculata Mart.
  • Pfaffia paniculata (Mart.) Kuntze
  • Pfaffia eriantha (Poir.) Kuntze

Forma de vida editar

É uma espécie terrícola, arbustiva e subarbustiva. [2]

Descrição editar

A planta forma subarbustos ou arbustos, escandentes, 0,90–1,80 metros de de altura, glabros a esparsamente estrigosos, híspidos ou pilosos. Ela tem folhas ovais, oval-elípticas, oval-lanceoladas, elíptico-lanceoladas, 2–15 × 0,8– 5,8 cm, pecíolos indumentados, 0,3–1,5 centímetros de comprimento, ápice agudo a acuminado, base aguda a arredondada, face adaxial glabrescente, tricomas simples, face abaxial indumentada com tricomas esparsos.[2]

Tem florescência com paracládios ramificados. Ela tem flores esbranquiçadas, com 2–3,5 milímetros de comprimento, pedúnculos indumentados; bráctea oval, indumentada na base e lateralmente, 1–1,7 milímetros de comprimento, bractéolas suborbiculares, indumentadas dorsalmente, 1– 1,5 milímetros de comprimento; tépalas externas ovais, ápice agudo, 3-nérveas, indumentadas dorsalmente, 2–3 milímetros de comprimento, tépalas internas ovais, 3-nérveas, indumentadas dorsalmente, 1,5–2 milímetros de comprimento; prolongamentos do tubo estaminal com filamentos laterais subtriangulares, mais curtos ou ainda, mais raramente, quase do mesmo tamanho do filamento central anterífero, anteras oblongas, 0,5–0,8 milímetros de comprimento, ovário ovoide ou globoso , 0,8–1,5 milímetros de comprimento, estigma capitado-bilobado ou capitado-emarginado. [2]

Caule[2]
indumento do caule presente
posição escandente
tipo de tricoma simples
Folha[2]
formato das folhas oval/elíptica
presença de indumento no pecíolo indumento presente
Flor[2]
cor da flor esbranquiçado

Conservação editar

A espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [8]

Distribuição editar

A espécie é encontrada nos estados brasileiros de Acre, Amazonas, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Roraima, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.[2] A espécie é encontrada nos domínios fitogeográficos de Floresta Amazônica, Caatinga, Cerrado, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal, em regiões com vegetação de campo limpo, floresta de inundação, floresta ombrófila pluvial, mata de araucária, savana amazônica e vegetação sobre afloramentos rochosos.[2]

Notas editar

Contém texto em CC-BY-SA 4.0 de L.R. Senna Hebanthe in Flora e Funga do Brasil. [2]

Referências

  1. "Hebanthe erianthos (Poir.) Pedersen". Plants of the World Online. Royal Botanic Gardens, Kew. Retrieved 2022-04-10.
  2. a b c d e f g h i j k «Hebanthe erianthos (Poir.) Pedersen». floradobrasil2020.jbrj.gov.br. Consultado em 18 de abril de 2022 
  3. «Hebanthe erianthe (Poir.) Pedersen». The International Plant Names Index. Consultado em 10 de abril de 2022 
  4. Vieira, Roberto F. (1999) Conservation of medicinal and aromatic plants in Brazil. p. 152–159.
  5. a b Leslie Taylor (2005). «The Healing Power of Rainforest Herbs». Tropical Plants Database 
  6. "Triterpenoids from Brazilian Ginseng, Pfaffia paniculata" Jing Li, Atul N. Jadhav, Ikhlas A. Khan Tropical Plant Database Arquivado em maio 9, 2007, no Wayback Machine
  7. «Hebanthe erianthos». www.gbif.org (em inglês). Consultado em 18 de abril de 2022 
  8. «IEMA - Espécies Ameaçadas». iema.es.gov.br. Consultado em 12 de abril de 2022 

Ligações externas editar

Veja também editar

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