Jean Sylvain Bailly

político francês

Jean Sylvain Bailly (Paris, 15 de setembro de 1736 — Paris, 12 de novembro de 1793) foi um astrônomo e político francês.

Jean Sylvain Bailly
Jean Sylvain Bailly
Nascimento 15 de setembro de 1736
Paris
Morte 12 de novembro de 1793 (57 anos)
Paris
Residência Paris
Nacionalidade Francês
Cidadania França
Alma mater
Ocupação astrônomo, político, matemático, escritor, prefeito
Campo(s) Astronomia, política
Causa da morte decapitação
Assinatura

Membro da Academia francesa, calculou a órbita do cometa Halley. Em 1766 publicou Ensaio sobre a teoria dos satélites e em 1771 escreveu a dissertação Sobre as desigualdades na luz dos satélites de Júpiter. Com a Revolução francesa, interrompeu seus estudos.

Eleito deputado, é posteriormente escolhido presidente do Terceiro Estado e prefeito de Paris.

Carreira editar

Após a fracassada tentativa de fuga da família real, Bailly tentou conter a multidão republicana que pedia a destituição de Luís XVI. Na manhã de 17 de julho de 1791, a tensão crescia à medida que aumentavam as suspeitas de traição por parte do rei. Cidadãos suspeitos de criticar o governo ou a Guarda Nacional eram interrogados e detidos.[1]:174–190 Bailly, ao saber de uma concentração no Champ de Mars, onde cidadãos se reuniam para assinar petições pela destituição do Rei, impôs a lei marcial e ordenou que a Guarda Nacional dispersasse a reuião. Seguiu-se uma repressão violenta, com muitos mortos, e Bailly, juntamente com Lafayette, foi responsabilizado por aquilo que ficaria conhecido como o Massacre do Campo de Marte, fato considerado pelos revolucionários como um exemplo de opressão pelo governo.[1]:174–190,213 Assim, tendo-se tornado extremamente impopular, Bailly renunciou às suas funções políticas em 12 de novembro e foi substituído, quatro dias depois, por Jerôme Pétion. Bailly mudou-se para Nantes onde compôs sua obra Mémoires d'un Témoin, em 3 volumes, publicada entre 1821 e 1822, contendo uma narrativa incompleta dos eventos extraordinários de sua vida pública.

 
Bailly sendo levado à execução

Em julho de 1793, Bailly deixou Nantes para encontrar seu amigo Pierre Simon Laplace, em Melun, onde acabou por ser reconhecido e preso. Em 14 de outubro, foi pressionado a testemunhar contra Maria Antonieta, mas recusou-se. Em 10 de novembro de 1793, ele próprio foi levado perante o Tribunal Revolucionário, em Paris, e após um julgamento sumário, foi condenado à morte. Em 12 de novembro de 1793, foi guilhotinado no Campo de Marte, lugar escolhido como símbolo de sua traição ao povo. A pequena bandeira vermelha que ele havia usado para dar a ordem de atirar na multidão foi amarrada ao carrinho que o levou à guilhotina e queimada diante dele antes de sua execução[2] Foi a rememoração desse evento, após 10 de agosto de 1793, juntamente com a perseguição de Marat, que levou Bailly ao patíbulo.[1] :213 Sob uma chuva gelada, diz-se que suportou com altivez os insultos da multidão. Quando um popular gritou "Tu tremes, Bailly?", ele respondeu: "Só de frio".

Referências

  1. a b c Andress, David (2000). Massacre at the Champ de Mars: popular dissent and political culture in the French Revolution. Rochester: Royal Historical Society: Boydell Press 
  2. W. R. Aykroyd (12 de maio de 2014). Three Philosophers: Lavoisier, Priestley and Cavendish. [S.l.]: Elsevier Science. p. 159. ISBN 978-1-4831-9445-5 
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