Jorge Palinhos

Escritor e dramaturgo português

Jorge Miguel Ferrão Palinhos (Leiria, 15 de Agosto de 1977) é um escritor, dramaturgo e professor universitário português.

Jorge Palinhos
Nome completo Jorge Miguel Ferrão Palinhos
Nascimento 15 de Agosto de 1977
Leiria
Alma mater Faculdade de Letras da Universidade do Porto
Ocupação Escritor, dramaturgo e professor universitário

Biografia editar

Nasceu na cidade de Leiria, em 15 de Agosto de 1977.[1] Frequentou a Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde tirou uma licenciatura e um mestrado.[1] Em 2018 concluiu um doutoramento em Estudos Culturais, na Universidade do Minho.[2]

Exerce como escritor e dramaturgo, tendo as suas peças de teatro sido apresentadas em Portugal e no estrangeiro, nomeadamente no Brasil, Espanha, Estados Unidos da América, França, Países Baixos, Bélgica, Alemanha, Suíça e Sérvia.[3] Foram encenadas em grandes espaços culturais a nível nacional e internacional, como o Teatro Nacional de São João, o Teatro Rivoli e o Teatro do Campo Alegre no Porto, e Teatro Meridional em Lisboa, o Teatro Beursschouwburg em Bruxelas, o Teatro Schaubühne em Berlim, o Graham Institute em Chicago, o SESC de São Paulo, La Comédie de Reims, o Centre Dramatique National em Orléans, o Teatro Nanterre-Amandiers, em Paris.[3] Entre as suas peças destacam-se as obras A Razão, que foi galardoada com o Prémio de Teatro Miguel Rovisco,[4] em 2003.[3] e Antes da Meia-Noite, que recebeu o Prémio Manuel Deniz-Jacinto em 2007.[5] Foi igualmente nomeado para o Prémio Luso-Brasileiro de Teatro António José da Silva, em 2011.[3] O seu texto Um Pai foi distinguido pela Associação Eurodram 2024, com recomendação para tradução internacional[6].

Foi dramaturgo residente de Guimarães Capital Europeia da Cultura em 2012.[3] Exerce também a função de dramaturgo junto da companhia belga de teatro Stand-up Tall. Foi editor da Revista Drama[7] da Associação Portuguesa de Argumentistas e Dramaturgos[8]. Foi investigador[9] residente da companhia Visões Úteis.[10] Atualmente é artista residente da mesma[11].

É docente a tempo integral da Escola Superior Artística do Porto e já lecionou na Escola Superior de Teatro e Cinema[3], Escola Superior de Comunicação, Administração e Turismo de Mirandela, Escola Superior de Design do Instituto Politécnico do Cávado e do Ave e Escola Superior de Música e Artes do Espetáculo, ensinando nas áreas das artes performativas e da escrita para o digital.[5] Como investigador, estuda principalmente as ligações entre os conceitos de narrativa, espaço e ferramentas digitais.[5] Também escreve de forma regular para o jornal Público[12] e a revista Bang!.[5]

Obras publicadas editar

  • Auto da Razão, 2003
  • Lunário – Poema Polifónico, 2004
  • Retratinho de Fernão Mendes Pinto, 2009
  • Hippopotamusperperamanimadvertu[13] e LexiconisSensusAcerrimus, 2010 In Almanaque do Dr. Thackery T. Lambshead de Doenças Excêntricas e Desacreditadas, 2010
  • D’Abalada, 2011, publicado na Erregueté - Revista Galega de Teatro.
  • Histórias Sem Jardins, 2013
  • Os Filhos do Fogo, 2013, publicado na Antologia Lisboa no Ano 2000, pela Saída de Emergência
  • Cassandra diz que morreu[14], Húmus, 2014
  • Parking, Companhia das Ilhas, 2014[15]
  • Uma campa é um buraco difícil de tapar, Imprensa da Universidade de Coimbra, 2021[16]
  • Day Time, Húmus
  • 42 Razões para o Massacre, O Livro de João e God Will Cut You Down, in LIVROs Poetria, AMANDA[17], 2022
  • A Ação e o Poder no Drama Contemporâneo, Companhia das Ilhas, 2022[18]

Outras obras [19] editar

  • Antes da Meia-Noite, 2007
  • Dublin Carol, 2007
  • Testa-de-Ferro, 2009
  • Malacorpo, 2009
  • Retratinho de Bruce Lee, 2010
  • Voyeur, 2010
  • Vítima da Crise, 2010
  • Vira-vida, 2010
  • Commedia Buffa, 2010
  • Os Crisântemos Africanos, 2011[20]
  • A Odisseia de Pedro Álvares Cabral, 2011
  • Relicário, 2012
  • O Lado dos Turcos, 2012
  • Cosmos, 2012
  • Já não nos vimos antes, 2012
  • A porta atrás da porta, 2012
  • Everyone expects to grow old, no one expect to get fired, 2012
  • Os Filhos do Fogo, 2013[21]
  • Histórias de Terror para Adormecer, 2014
  • Triatro, 2014
  • A Última Bobina de Beckett, 2014
  • Conta-me como é, 2014
  • Radiodrama, 2014
  • O Museu da Consciência de Elon Musk, 2022
  • Os Cadáveres São Bons para Esconder Minas, 2022[22]

Ligações externas editar

Referências

  1. a b LOPES, Paulo Moreira (27 de Junho de 2014). «Sete perguntas a Jorge Palinhos». Correio do Porto. Consultado em 5 de Novembro de 2022 
  2. «Jorge Palinhos: novo doutor em Estudos Culturais». Centro de Estudos de Comunicação e Sociedade. Universidade do Minho. 2018. Consultado em 5 de Novembro de 2022 
  3. a b c d e f «Jorge Palinhos». Escola Superior de Teatro e de Cinema. Instituto Politécnico de Lisboa. Consultado em 5 de Novembro de 2022 
  4. «TAS apresenta 'A Razão'». Câmara Municipal de Setúbal. 1 de Julho de 2015. Consultado em 5 de Novembro de 2022 
  5. a b c d «Jorge Palinhos». Almedina. Consultado em 5 de Novembro de 2022 
  6. «2024 Selections». EURODRAM (em francês). Consultado em 25 de março de 2024 
  7. Palinhos, Jorge (1 de janeiro de 2012). «Revista Drama 4 - Dramaturgia Contemporânea - Editorial e Coordenação do dossiê temático». Consultado em 9 de novembro de 2022 
  8. «APAD». APAD. Consultado em 9 de novembro de 2022 
  9. Visões Úteis - Viagens Performativas: A "Arte na Paisagem" como trabalho site-specific. [S.l.: s.n.] 
  10. «Jorge Palinhos | Visões Úteis». www.visoesuteis.pt. Consultado em 8 de novembro de 2022 
  11. «Team | Visões Úteis». visoesuteis.pt. Consultado em 25 de março de 2024 
  12. «Jorge Palinhos». PÚBLICO. Consultado em 8 de novembro de 2022 
  13. Candeias, Jorge (29 de dezembro de 2020). «A Lâmpada Mágica: Jorge Palinhos: Hippopotamus Perperam Animadvertu». A Lâmpada Mágica. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  14. Palinhos, Jorge (1 de janeiro de 2014). «Cassandra e o Teatro como um Estaleiro sem fim». Sinais de Cena. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  15. «Parking / Desmaterialização | Companhia das Ilhas». companhiadasilhas.pt. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  16. «BNP - Uma campa é um buraco difícil de tapar e outros textos». bibliografia.bnportugal.gov.pt. Consultado em 3 de novembro de 2022 
  17. «Leituras encenadas "LIVROs XXI" pela Medida Anónima / 7 maio, Sever do Vouga | DGARTES». www.dgartes.gov.pt. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  18. «A Acção e o Poder no Drama Contemporâneo | Companhia das Ilhas». companhiadasilhas.pt. Consultado em 1 de novembro de 2022 
  19. Coimbra, Universidade de; Coimbra, Universidade de. «Centro de Dramaturgia Contemporânea». Centro de Dramaturgia Contemporânea. Consultado em 31 de outubro de 2022 
  20. «Revista BANG! Nº 9 [eBook] - Saída de Emergência». www.saidadeemergencia.com. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  21. «Lisboa no Ano 2000 - Saída de Emergência». www.saidadeemergencia.com. Consultado em 4 de novembro de 2022 
  22. «"OS CADÁVERES SÃO BONS PARA ESCONDER MINAS", pelo Teatrão / 15 setembro a 13 novembro, Almada e Coimbra | DGARTES». www.dgartes.gov.pt. Consultado em 3 de novembro de 2022 
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