José Soriano
José Eusebio Soriano Barco (Chiclayo 19 de abril de 1917 - Buenos Aires, 22 de março de 2011) foi um futebolista peruano.
O River campeão de 1945. Soriano, de preto, é o goleiro. | ||
Informações pessoais | ||
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Nome completo | José Eusebio Soriano Barco | |
Data de nascimento | 19 de abril de 1917 | |
Local de nascimento | Chiclayo, Peru | |
Data da morte | 22 de março de 2011 (93 anos) | |
Local da morte | Buenos Aires, Argentina | |
Informações profissionais | ||
Posição | Goleiro | |
Clubes profissionais | ||
Anos | Clubes | Jogos e gol(o)s |
1940-1942 1942-1943 1944-1946 1947 |
Alfonso Ugarte de Chiclín Banfield River Plate Atlanta |
393 (0) |
Seleção nacional | ||
Peru |
Fora o futebol, chegou a praticar basquetebol, aproveitando-se de sua estatura de 1,90 m. Mas, antes de tornar-se jogador profissional, trabalhava no cultivo de cana-de-açúcar, até receber convite do clube Alfonso Ugarte de Chiclín.[1] Tratava-se de uma equipe fora da primeira divisão peruana, mas ainda assim Soriano foi convocado pela Seleção Peruana para o Campeonato Sul-Americano de Futebol de 1942.[1] Já havia atraído a atenção da Argentina, onde foi convidado a se juntar ao elenco do Independiente após os Diablos Rojos o terem visto depois de uma excursão pelo Peru.[1]
Só foi ao país vizinho após o Sul-Americano, mas para jogar no pequeno Banfield. No Taladro, chamou a atenção do River Plate,[2] que o contratou por 100 mil pesos.[1] Apesar do que seria uma breve passagem pelos millonarios, várias coisas o marcaram: nos campos, a educação com que tratava colegas e adversários, fazendo questão de cumprimentar a todos os oponentes antes das partidas, o que por vezes até retardava o início, mas que lhe renderia a afetuosa alcunha de "Cavalheiro do Esporte";[1] além disso, também o pioneirismo em jogar um pouco afastado do seu arco a fim de bloquear os ângulos dos adversários,[2] sendo grande inspiração para o jovem Amadeo Carrizo, que fora seu reserva e popularizaria tal forma de jogar entre os goleiros.[1]
Soriano ficou marcado também por atituldes fora dos gramados, mas que teriam grande influência neles: involuntariamente, ao reunir em sua casa os capitães de todos os times da primeira e segunda divisão argentinas,[1] acabaria por influenciar na formação do sindicato dos jogadores,[2] cujas pretensões não-atendidas por melhorias das condições da categoria resultariam em uma greve em 1948.[1] O peruano já não estava no River neste ano: por conta de sua influência no sindicato, foi demitido do River (onde havia faturado o campeonato argentino de 1945, em meio ao grande elenco riverplatense da época, conhecido como La Máquina[2]) ainda em 1946.[1]
Foi jogar ao lado do colega riverplatense Adolfo Pedernera no pequeno Atlanta, que planejava formar uma grande equipe. A tentativa não deu certo e o clube de Villa Crespo terminaria rebaixado.[1] Soriano resolveu se aposentar ali, ainda com 29 anos, recusando ofertas do Eldorado colombiano na época - para onde, por sinal, muitos dos jogadores grevistas foram atraídos.
A qualidade de Soriano nas metas fez com que ele fosse seriamente cogitado pela Seleção Argentina caso se naturalizasse, mas, fiel à sua pátria, declinou o convite.[2] Continuou a morar em Buenos Aires [2] até falecer, aos 93 anos.[1]