Karl Christian Friedrich Krause
Karl Christian Friedrich Krause | |
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Nascimento | 6 de maio de 1781 Eisenberg |
Morte | 27 de setembro de 1832 (51 anos) Munique |
Cidadania | Alemanha |
Alma mater | Universidade de Jena |
Ocupação | filósofo, professor universitário, escritor |
Empregador | Universidade de Göttingen, Universidade de Jena, Universidade Humboldt de Berlim |
Religião | deísmo |
Causa da morte | acidente vascular cerebral |
Karl Christian Friedrich Krause (Eisenberg, 6 de maio de 1781 - Munique, 27 de setembro de 1832) foi um filósofo alemão.[1]
Foi professor em Jena (1802), Göttingen (1823) e Munique (1831). A filosofia de Krause pretendia ser uma continuação autêntica do pensamento de Kant, contra o que ele considerava as falsas interpretações de Fichte, Schelling e Hegel. Para Krause, Deus, conhecido intuitivamente pela consciência, não é uma personalidade mas uma essência que contém o próprio universo. Mas isso não significa que Krause aceitasse a designação de panteísmo pois não identifica Deus com o universo, mas antes considera o mundo como mundo-em-Deus. Essa visão de um Deus imanente, presente no universo, mas também transcendente, superior a tudo, foi chamada por Krause de "panenteísmo", termo criado por ele.
O homem e o universo formam um todo orgânico feito à imagem de Deus e a vida do todo se desenvolveria segundo uma lei perfeita. Para Krause, haveria na humanidade a unidade do Espírito e da Natureza. A humanidade compõe-se de seres que se influenciam reciprocamente e estão vinculados a Deus. Os períodos históricos seriam etapas sucessivas da ascensão a Deus, que culminaria com uma humanidade racional. Essa concepção aplica-se sobretudo à ética e à filosofia do direito.
Krause rejeita a teoria absolutista do Estado e ressalta a importância das associações que considera de finalidade universal: a família e a nação. O ideal da humanidade não seria que um Estado dominasse os demais, mas que se constituísse uma federação das associações universais, sem prejuízo para suas peculiaridades. Através do processo federativo chegar-se-ia gradualmente ao ideal de uma humanidade unida, cujos membros poderiam participar da razão suprema e do bem.
Krause desenvolveu esse conceito de "união da humanidade" (Menschheitsbund) a partir das idéias da maçonaria. Entre suas obras, pode-se destacar:[2]
- (1803) Fundamento do direito natural;[3]
- (1804) Esboço dos sistemas da filosofia;[4]
- (1810) Sistema da doutrina moral.[5]
O pensamento de Krause (o krausismo) teve sua maior difusão na Espanha, devido especialmente aos trabalhos de Sanz del Río.
Referências
- ↑ «Karl Christian Friedrich Krause - Oxford Reference» (em inglês). doi:10.1093/oi/authority.20110803100043538. Consultado em 11 de junho de 2018
- ↑ «Hathi Trust Digital | Library Catalog Search Results - "Krause, Karl Christian Friedrich, 1781-1832."». catalog.hathitrust.org (em inglês). Consultado em 11 de junho de 2018
- ↑ Krause, Karl Christian Friedrich (1803). Grundlage des Naturrechts oder philosophischer Grundriss des Ideals des Rechts (em alemão). Jena ; Leipzig: bey Christian Ernst Gabler
- ↑ Krause, Karl Christian Friedrich (1828). Vorlesungen über das System der Philosophie. (em alemão). Göttingen: [s.n.]
- ↑ Krause, Karl Christian Friedrich (1810). System der sittenlehre. Bd.I. Leipzig: C.H. Reclam