Lepospondyli é uma subclasse extinta de anfíbios que habitou a região que atualmente é a Europa e a América do Norte durante o Mississippiano e a metade do Permiano, quando tais continentes se localizavam próximos a Linha do Equador. Eram caracterizados por possuírem um corpo alongado e pequeno, membros pequenos, ao ponto de uma ordem não apresentarem, e suas vértebras centrais tinham o formato de uma ampulheta. Seus fósseis geralmente são encontrados em rochas sedimentares (arenito), calcárias ou carboníferas em estuários, rios e lagos.[3][4]

Lepospondyli
Intervalo temporal:
Carbonífero[1]Permiano[2]
350–255 Ma
Diplocaulus
Classificação científica e
Domínio: Eukaryota
Reino: Animalia
Filo: Chordata
Clado: Reptiliomorpha
Subclasse: Lepospondyli
Zittel, 1888
Subgrupos
Wikispecies
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Evolução editar

Existem muitas divergências a respeito de seu ciclo evolutivo, entretanto a teoria mais aceita a respeito de seu surgimento é que tenha evoluído a partir de um ancestral comum a todos os tetrápodes, considerando que possuem um pescoço que separa a cabeça dos ombros, algo que não ocorre em não-tetrápodes, como os peixes.[3]

Existem duas teorias a respeito de seus descendentes, sendo que a primeira diz que os anfíbios modernos, ou apenas alguns grupos, surgiram a partir da Lepospondyli, porém essa teoria é contraditória pelo fato destes terem surgido apenas no Triássico, alguns milhões de anos após sua extinção. A outra, mais aceita, é que os anfíbios modernos surgiram a partir da Temnospondyli, um grupo a parte deste. Essa teoria é corroborada pelos seus modos reprodutivos, já que se sugere que estes animais apresentavam metamorfose, tal como os anfíbios, diferente da Lepospondyli, que aparentemente tinha desenvolvimento direto. E é tido como consenso entre os pesquisadores que a subclasse está mais próxima dos amniotas do que esses animais, devido a esse fato e a análises cladísticas.[3]

Evolução dos tetrápodes
Tetrapoda
Temnospondyli

Lissamphibia

Reptiliomorpha

Lepospondyli

Amniota

Ordens editar

Atualmente, cinco ordens são tidas como pertencentes a subclasse:[4]

Referências

  1. Andrews, S.M.; Carroll, R.L. (1991). «The Order Adelospondyli: Carboniferous lepospondyl amphibians». Transactions of the Royal Society of Edinburgh: Earth Sciences. 82 (3): 239–275. doi:10.1017/s0263593300005332 
  2. Anderson, J. S.; Kissel, R. A. (2002). «Lepospondyl diversity in the Early Permian and Late Pennsylvanian». Journal of Vertebrate Paleontology. 22 (3): 32A 
  3. a b c O’Gogain, Aodhán (2017). «Fossil Focus: The ecology and evolution of the Lepospondyli» (em inglês). Palaeontology[online]. Consultado em 11 de julho de 2019 
  4. a b «Lepospondyli: Overview» (em inglês). Palaeos. Consultado em 11 de julho de 2019